RECADOS, ALTO SALÁRIO, LEGITIMIDADE..HOUVE DE TUDO NO RETORNO DE UMA DUPLA À CÂMARA
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Na
estreia do novo mandato, João Ramalho abriu o discurso elogiando os pares e
justificando como funciona a roda na política. Ele afirmou que a sociedade de
encarar como uma "situação normal" no meio da política. Como exemplo,
ele citou casos parecidos com o ex-governador Marcelo Déda e tantos outros
deputados na Câmara Federal quando recebem um "chamamento do líder
político. "Nós não viemos em definitivo quem dirá é o acordo entre nós e
os que foram licenciados. Se algum vereador quiser voltar na próxima
semana" , não fará nenhuma objeção pois obedece ao líder político.
João tratou do processo de transição da antiga
para atual gestão e elencou os problemas encontrados na pasta e em todos os
setores interligados à Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo. O vereador
democrata citou exemplos de má gestão na construção das unidades de saúde no
interior e da praça da juventude. Por fim, mandou um recado para a oposição
afirmando que durante sua legislatura não fazia apenas críticas, tampouco
ilações, mas apresentava os problemas com documento em mãos.
Recados - Com a palavra, o vereador Léo de
Fonsinho/PCdoB parabenizou o retorno, mas não deixou por menos de relembrar uma
frase bíblica dito em plenário pelo colega evangélico Edson Didiu/PSB: "Os
covardes que fiquem! Quando a gente foi eleito pelo povo, nós viemos para cá
representá-los e quando daqui nós saímos devemos ao povo o porquê de estarmos
saindo daqui". Léo afirmou que espera que os novos secretários realmente
trabalhem e mostrem capacidade pois "pegar uma secretaria com tantos desafios
e que o próprio secretário colocou, o que será da nossa população. Dii vai
precisar de muita gente capacitada lá dentro".
João
Ramalho pediu um aparte e disse que os funcionários da secretaria eram
inseguros ao longo dos 7, 8 anos pois
nunca tiveram apoio tampouco capacitação para a área que foram designados.
Segundo João, a equipe não tinha função ao contrário do que encontramos hoje,
Logo, o novo secretário não encontrará dificuldade.
Não
se dando por vencido, mandou um recado direto para o secretário de Esporte,
Binho. Parece que há uma rixa entre eles em rede social. Segundo Léo, o novo
secretário não está apto para a pasta. "Caso ele queira saber um pouco
mais sobre esporte, estou à disposição!". Em defesa do governo, o vereador
Rivan Francisco disse que a prefeitura tem dado apoio a vários eventos voltados
para cultura e esporte ocorridos nesses últimos meses. Léo concluiu que não
deixará de elogiar o governo quando houver projetos importantes para o povo e
espera que João Ramalho seja também efusivo agora quando houver uma cobrança
como no caso da quebra de uma tradição como a Corrida da Santa Cruz. A última
edição em maio não houve.
Tempo - O próximo inscrito foi o vereador da
Rede, Rivan Francisco. Ele disse que o retorno da dupla foi apenas "uma
renovação administrativa para poder dar continuidade ao trabalho". O
vereador acredita que haverá mais harmonia na casa. Citando também a Bíblia,
`tudo tem seu tempo. A tempo para tudo`. Respondendo a uma parte do eleitorado
revoltado com o retorno, Rivan disse: "Eu não estou aqui por acaso. O povo
me escolheu! E nós devemos respeitar" e a Léo disse que o governo não
passará o bastão de líder do governo das mãos de Gilson Rosário para João
Ramalho. Concluindo, Rivan relatou várias ações desenvolvidas ao longo do
último trimestre incluindo o pagamento do funcionalismo em dia.
Alto salário na Câmara - O líder do governo,
Gilson Rosário/PMN, pediu perdão à sociedade por ter ajudado a aprovar na
última sessão da Câmara municipal aumento para o funcionário comissionado e com
direito até 100% de gratificação. "Na lei anterior era 30%, foi para 100%
sobre seu respectivo salário". Quem usa de bom senso e boa fé, a gente não
coloca um projeto como esse". Gilson disse que a Mesa Diretora cometeu um
equívoco ao aprovar um aumento tão expressivo e que o Executivo deve vetar.
"Enquanto
foi dado 9,7% ao servidor, um funcionário desta Casa que ganha mais de dois
mil reais pode ter aumento de até 100%", concluiu.
Pedidos - A vereadora Délia Félix/PP aproveitou
o ensejo para elogiar retorno da dupla
Rivan e João Ramalho, pois quando esteve na Câmara sempre cobrou. De antemão,
pediu para que eles entendessem a atual posição dos vereadores da oposição. E
mais: que "ajudassem ao prefeito alimentar o Portal da Transparência, pois
está entrando muitos recursos". E mais: dessem apoio na reabertura da Casa
de Apoio e o transporte dos estudantes universitários em Aracaju. Délia cobrou
do líder do governo que também cumprisse
a promessa até hoje esquecida. "Vamos também fazer com Eficiência uma
saúde melhor em prol do nosso povo. Devemos copiar o que é bom", concluiu
desejando sucesso ao ex-colegas Dii e Gileno. "Vamos aguardar aqui da
administração eficiente a vinda dos secretários", como o vereador João
Ramalho tanto cobrou.
O papel de cada um - O coro de elogios ao
retorno da dupla de vereadores Rivan e João também veio do líder da oposição,
Pedro de Jesus/PDT. Ele afirmou que "a vinda vai engrandecer o discurso na
Casa, não desmerecendo os vereadores Dii
e Gileno". Pedro disse que a oposição tem cobrado de forma respeitosa ao
poder Executivo mas para o bem de Poço Verde.
"Quem
é agente político tem de seguir as peças fundamentais administrativas da lei que é a lei para
seguir os nossos trabalhos desde a constituição federal, a constituição
estadual e pela independência , a lei orgânica. Nós vimos cobrando dentro
dessas regras. E aí citou a falta de pagamento dos 5% de regência de classe,
cujo percentual poderia subir para 20%". Pedro espera que o atual prefeito
não repita o que o prefeito Thiago Dória fez na antiga gestão: tornar público
despesas e receitas do município. Uma nota zero em transparência não cairia bem
para um governo que prega a eficiência.
Lembrando
a audiência pública realizada na manhã daquela quinta-feira, Pedro disse que o
palestrante afirmara: o município recebe mensalmente 3,276 milhões reais.
"A Casa legislativa é maior e mais importante porque representa o povo. O
prefeito não representa o povo. Ele trabalha para o povo". Esse discurso
volta e meia é citado em plenário para reafirmar que os vereadores são muito
mais importantes que o prefeito.
A legitimidade do retorno dos vereadores -
Contrariando o pensamento do colega Léo de Fonsinho, Pedro ressaltou que a
volta dos vereadores Rivan e João à Casa legislativa é de forma legal
porque o sistema que permite ser assim.
"Todos que estão aqui são legitimados. O vereador que está aqui, suplente
que está assumindo essa vim representante do povo. Está aqui porque teve voto .
Não desqualifico porque o sistema brasileiro permite por legenda. Então, não
tem a questão por que eu tive mais, o outro teve menos. Na verdade é o
sistema...e a gora vai ter uma reforma política ...e caia a legenda de quem
tenha mais ou menos voto (...) e se é dessa forma temos que seguir", disse
o líder do oposição.
Pagar, pode? - No entanto, Pedro recomendou que
o presidente Alexandre Dias analise juridicamente se o legislativo pode
realmente pagar a quatorze vereadores (é que os vereadores licenciados Dii de
Nilo e Gileno Alves preferiram receber pela Câmara). "É importante rever
para o senhor se investir da lei buscar informações no TCE para depois o senhor
não tomar prejuízo na sua vida política futura". E não parou por aí.
"Se diz que o país está em crise. (...) nós hoje temos treze secretarias
...mais quatro adjuntos. Poço Verde tem dificuldade financeira? Eu acho que não
deveria pensar em mandar atualização do piso para cá. Não deveria estar sem
pagar a regência de classe porque não tem condição de ter crise se tem treze
secretários. Se paga quase 105 mil reais mensal só para secretários e
adjuntos...é preciso ter os pés no chão!", concluiu.
Consideraçõs finais - Nas considerações finais,
João Ramalho disse que tem muito a aprender com o trabalho de eloquência com
que a atual oposição tem usado. Citando a dupla Pedro e Délia que entrava mudo
e saia calado, hoje vê com positividade os discursos. Sobre a transparência,
Ramalho disse que houve uma reunião com todos os secretários para mostrar que
não é a intenção do prefeito tirar zero. "Estamos atentos e vamos trazer
todas as respostas". A Pedro, recomendou saber quanto é a folha dos
professores e a conta de um milhão de duzentos mil reais que deixaram sem pagar
a Deso. Encerrando a fala mandou um recado ao colega Léo "num mundo de
hipócritas, os sinceros são sempre os mal na fita!".
O
vereador Rivan elogiou "a desenvoltura e a aptidão" da colega Délia
Félix que outrora não demonstrou. Por conta dos tempo curto, Rivan focou apenas
na transparência afirmando que o atual governo foi a Emgetis para reativar o
site da prefeitura que há quatro anos estava fora do ar. Foi repaginado e em
março deste ano, a prefeitura recebeu do TCE afirmando que a partir daquela
data teria 30 dias para atingir pelo menos 50% de informações no portal.
"Nós vamos continuar zero, não! São coisas que demandam tempo e na próxima
semana o item "transparência" já estará disponível.
Damares
Cavalcante/PMN aproveitou para dizer que a Casa de Apoio será reativada
provavelmente na rua de Bahia, em Aracaju, para receber a todos independente do
grupo político. Já Léo aproveitou seu tempo para deixar claro que o trabalho da
oposição está surtindo efeito. E se for verdade, levantará uma plaquinha de
"dois dias com Casa de Apoio"; e usando do mesmo sarcasmo do colega
Ramalho: "aqui se faz, aqui se paga! Quem viver, verá".
Gilson
Rosário disse a Léo que sangue não terá na Câmara pois desde a época que ele e
João Ramalho faziam um debate fervoroso, a dupla não tinha mágoa alguma a
respeito do que fora dito em plenário depois da sessão.
Pedro
usou o aparte final para dizer que enquanto presidente não foi líder de Thiago
Dória. Já Alexandre Dias encerrou a sessão afirmando que essa casa quer ver
acontecer realmente a politica de fato. A politica administrativa, de respeito,
não a politica partidária, de ódio". E sobre o fato de Gilson Rosário
(presidente da comissão que avaliou o projeto) ter se arrependido de ter
aprovado o projeto de lei de aumento ao funcionário da Casa, Alexandre disse
que a Casa também não foi atendida com o requerimento solicitando a lista de
funcionários da prefeitura para saber quem são os fantasmas.
Alexandre
disse que o funcionário tem direito a receber gratificação e quer saber quem
são os funcionários da prefeitura que também recebem pelo Executivo. "Nós
só estamos querendo dar direito ao funcionário da Câmara como se faz na
prefeitura. O pessoal daqui não está dizendo que eu vou dar gratificação de
100%, não está dizendo que eu vou dar a todos.. que eu posso dar! A lei foi
vetada. Ela vai voltar. Nós vamos votar e se for aprovada, nós vamos sancionar.
Se
eu vou dar gratificação de 10%, de 20% a um, a dois, a três ai depende de
mim, do merecimento do funcionário. Eu vou sancionar a lei se for votada. Vamos
estar igualando com o funcionário da prefeitura", concluiu a sessão.
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Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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