CÂMARA APROVA PL DE REAJUSTE PARA O SERVIDOR MUNICIPAL

Outros temas - Numa noite longa, o colegiado
aproveitou para tratar de outros assuntos incluindo a denúncia do líder do
governo, Gilson Rosário/PMN de que o colega Edson Didiu recebia indevidamente
haja vista o trabalho como diretor de transportes da prefeitura. Em resposta,
Didiu demonstrou sua indignação afirmando que nunca fora funcionário
comissionado. Ele também disse há algum tempo que trabalhava gratuitamente
ajudando a pasta. E mais: se o atual prefeito paga o salário usando a mesma
prerrogativa então também estaria incorrendo no mesmo erro.
O vereador do PSB
aproveitou a deixa para dizer que não está ali para fazer uma oposição
irresponsável e sim colaborar para que o atual governo "faça o melhor pelo
povo". Edson alertou para que qualquer
falsa acusação não comprometa o decoro parlamentar.
Nenhum circo pegou fogo - Quem acreditava que a
sessão daquela noite iria pegar fogo já que o vereador Léo havia dito na sessão
anterior que as respostas ao grupo da situação seriam dadas olho no olho, não
foi bem assim que aconteceu.

Respondendo à crítica
sobre a ausência, o vereador do PC do B disse que apresentação e aprovação de
um projeto de lei são situações diferentes. "Os vereadores que têm muito
tempo nesta casa devem saber o que ´apresentação e aprovação do projeto. A pauta
deve ser colocada até o meio-dia e naquele dia nenhum projeto havia
chegado a esta casa".
Ele aproveitou também
para argumentar contra o discurso do rival Gileno Alves/PSDB de que política
não se ganha ali dentro, mas sim fora dela. "Lugar de vereador não é aqui
dentro é lá fora? Ora vereador, então vá ser médico, dentista. Você não sabe
qual é o papel verdadeiro do vereador. Fazemos um trabalho social. Queria muito
que um vereador que perdesse pagasse ou descontasse na folha quando não
justificar a ausência", respondeu Léo.
E não deixando barato,
Léo afirmou que até o próprio Gileno também foi a um curso em Paulo Afonso e
recebeu de diárias de 1.800 reais como
ele vem afirmando que os demais recebem a cada viagem da oposição.
Réplica - Respondendo à crítica não só de Léo
mas também de Raimundinho da Kombi/PSB que ficou irritado ao ouvir de Gileno
que este atribuía às viagens do grupo da oposição à venda de apoio ao atual
presidente da Câmara, Gileno disse que em outros mandatos ele viajou num ano em
média três vezes ao passo que os atuais vereadores têm viajado quatro vezes num
espaço de tempo menor. Gileno disse que é legal, mas a prática é imoral.
Na tréplica, Léo
afirmou "quase todos os vereadores viajaram, apenas Gilson não viajou. Se
é um direito e está dentro da lei, se o presidente quiser estarei nas próximas
viagens. Nenhum vereador aqui iria fazer um curso de capacitação tirando do próprio
salario. Ninguém é bobo para dizer que não faz assistencialismo. Temos de ver o
irmão do outro lado que esta precisando ,mas temos obrigação de fiscalizar o
Executivo. Essa é a nossa função, quem vai deixar de fazer? Qual vereador não
levou para o médico?" , concluiu o vereador do PC do B.
Ausência da advogada da Casa - Outro ponto
levantado na última sessão foi a ausência constante da advogada da Casa. O
vereador Jaci de Silvino foi quem fez a denúncia. Léo defendeu afirmando que
ela está lá para defender os interesses da Câmara e não favores pessoais.
"Se ela não está presente, que a faça cumprir", disse.
Com um gancho, o
vereador indagou sobre a falta da realização da Corrida Santa Cruz. A ausência
do evento não é justificável uma vez que
governo "tem condições de fazer uma festa, mas não tem condições de
manter a tradição esportiva". Léo elogiou o evento musical promovido pela
prefeitura no Dia do Trabalhador (01)e criticou a escolha do novo secretário de
Esporte, Cultura e Juventude que "não entende de nada de esporte".
Para Léo, tem condições de fazer uma festa, mas não tem condições de manter a
tradição esportiva.
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Justificando a
crítica, o vereador Jaci de Silvino afirmou que a mesma medida que é aplicada a
um professor quando falta (exemplo de Léo dado na sessão), que seja dada quando
a advogada faltar. "Por que não desconta
quando ela falta?".
Falando em ausências,
o líder da oposição, Pedro de Jesus/PDT fez uma extensa reflexão sobre seu
trabalho na câmara, mas não deixou de cobrar novamente do prefeito que também
avise a Casa quando se ausentar por mais de cinco dias do município seja para resolver
problema pessoal, seja para viagem oficial. E mais: cobrou o reajuste do
professor, o pagamento da regência de classe e a transparência.
Considerações - Ao final da sessão, o
presidente da Câmara, Alexandre Dias, aproveitou o momento das considerações
finais para afirmar que o valor de R$ 1.800 tão propagado para pagamento de
diárias é destinado a pagar transporte, refeição e o curso; não é livre. Alexandre
ressaltou que os vereadores estão sem reajuste salarial há muito tempo e que
foi contra a proposta de aumento por que acarretaria aumento para o
secretariado, prefeito e vice, onerando assim o erário. Contudo, deixou claro
que a Casa legislativa pode rever a proposta de aumento de salário dos
vereadores.
Sobre o caso da
advogada, Alexandre afirmou que a Câmara contrata uma empresa jurídica e ela
presta serviços nos dias que ela achar conveniente pois não está no contrato
que ela deve comparecer todos os dias à Câmara.
Já Gilson Rosário (foto à dir) afirmou que a Carta enviada pelo grupo oposicionista explicando a ausência do
G-5 durante a visita do Sindserv não tinha valor jurídico pois não havia
nenhuma assinatura. Ainda sobre o caso da advogada, Gilson ponderou que o fato
de ela não atender a pedido de vereador demonstra que a assessoria jurídica
peca nesse sentido. "E, esta casa
tirou o direito do povo com relação à assessoria". Quando ele era
presidente, o ex-presidente César Elias e até o pai do atual presidente "o
povo tinha direito à assessoria desta casa. Quando o jurídico era contratado,
todos os vereadores tinham direito". E a respeito da falta de
transparência, Gilson citou que o TCE relatou que a transparência está
deficiente até nas câmaras legislativas como a de Poço Verde.
Em resposta, Alexandre
disse que a gente entendeu que a maioria dos casos são pessoas como separação
de casais e muitas vezes cria um relacionamento ruim com o vereador que apoiou.
"tem casos que se ela puder, ela faz. Sobre o portal, o nosso está como a
maioria dos municípios. Poço Verde só está faltando é a folha de
pagamento". Compras e diárias estão on-line.
Com a aprovação de
reajuste salarial para o servidor, a lei segue para sanção do Executivo, cuja
assinatura está marcada para manhã desta quinta-feira (11) na prefeitura
municipal.
CÂMARA APROVA PL DE REAJUSTE PARA O SERVIDOR MUNICIPAL
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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22:58
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