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A ABERTURA DO 6o ANO NA LAGOA DO JUNCO NÃO É ILEGAL, DIZ DIRETORA

A diretora da Escola Municipal Valdemar Martins de Castro, Andrea Gois, utilizou o espaço da Tribuna Livre, na Câmara legislativa, na última segunda-feira (24), para falar sobre uma denúncia dos vereadores Léo de Fonsinho/PCdoB e Pedro de Jesus/PDT de que a unidade escolar da Lagoa do Junco iniciou o 6o ano sem autorização do Conselho Municipal da Educação.


Com a palavra, Andrea ressaltou que toda unidade escolar tem como obrigação anual atualizar o Projeto Político Pedagógico/PPP para dar suporte aos encaminhamentos da escola. Com base nesse documento, ele explanou para os vereadores todos os pontos que norteiam a educação no povoado Lagoa do Junco. De quebra, confirmou que na região  tem sim resquícios de uma comunidade quilombola.

Andrea pontuou que todos os povoados têm uma quadra de esporte, uma praça ao contrário da Lagoa do Junco que as únicas melhorias no ambiente escolar vieram da luta dela junto ao Ministério Público para tornar a unidade uma das escolas com melhor infraestrutura nos últimos anos. Reportando à dupla de vereadores, Andrea quis saber porque eles não foram à unidade antes de dizer na tribuna que a escola está agindo de forma ilegal. A luta para dar início ao ensino fundamental II no único grande povoado que ainda não tem inserido não é de hoje. 

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Contra, não - Após a explanação, o vereador Léo de Fonsinho quis saber se houve uma organização prévia para não haver perdas para a unidade do povoado Lagoa do Mandacaru ou a Queimada Cumprida. Léo defendeu que não era contra a iniciativa da direção da escola do Junco, pois a preocupação  maior era perder alunos para o Estado. Ele indagou sobre a informação de que os alunos do novo 6o ano estavam tendo cinco aulas ininterruptas de Matemática pois o professor não poderia voltar em outro dia. Respondendo porque a dupla não foi visitar a escola, ele citou um problema pessoal, no qual Andrea Gois também não agiu para resolver o problema da remoção. Léo cutucou Andrea para que agisse realmente como delegada e defendesse o interesse dos professores. O vereador do PC do B relembrou o problema de 28 crianças da Lajes que são transportadas num ônibus escolar com capacidade para 16 delas.

Em resposta, Andrea disse que em nenhum momento retirou aluno de uma escola para outra. O que houve? Alunos da própria unidade da Lagoa do Junco não foram transferidos para a Queimada Cumprida. Daí, formando a nova turma. Sobre a novela da remoção, Andrea disse não só ao prefeito, mas também ao secretário de Educação, Eliel Santana, foram alertados que a remoção do professor Léo era ilegal. Ela não foi às redes sociais tampouco à rádio falar a respeito porque isso não era coerente já que a denúncia não foi formalizada ao sindicato.
 
Autorização - O líder da oposição, Pedro de Jesus/PDT (foto)  usou a palavra para elogiar o trabalho de Andrea Gois na comunidade escolar e na Lagoa do Junco. No entanto, quis que ela compreendesse que sua crítica na sessão anterior foi de encontro à melhoria do ensino porém de forma legal. Ele sugeriu ainda à secretaria municipal de Educação que fosse parceira para que os alunos tivessem aula de matemática em dois dias e não num único dia. Reconheceu que a implantação do 6o ano está sendo encaminhada na legalidade apesar de não ter nenhuma informação acerca da autorização do CME.

Andrea respondeu  na forma de convite aos vereadores para que visitassem a escola e vissem que o horário de cinco aulas está dando certo pois eles sempre foram educados do 1o ao quinto ano estudarem com o mesmo professor. E enquanto não for formado o 7o ano, esse tipo de horário continuará na matéria em específico pois a lei não diz que "ela tem de ser retalhada". Andrea disse que não é apenas a Lagoa do Junco que está estreando com o 6o ano, outra unidade também iniciou sua primeira turma do Fundamental II. Ela rebateu para os vereadores como então eles explicariam a situação da escola da Lagoa do Mandacaru que desde 2011 aguarda a autorização para o 6o ano;  e como hoje eles conseguem transferir alunos do 9o ano para o ensino médio. E cutucando o presidente da Comissão da Educação, Léo de Fonsinho, Andrea sugeriu que ele fiscalizasse mais as unidades como a da Lagoa do Mandacaru e do Tabuleirinho que fizeram de maneira diferenciada das demais escolas o trabalho de reposição das aulas referente à greve. Segundo Gois, passavam atividade para casa no sábado letivo ao invés de cumprir a carga horária na escola.

O que tem de diferente? - Em resposta ao vereador Edson Didiu/PSB que indagou a razão pela qual a escola da Queimada Cumprida não tinha a mesma infraestrutura da colega da Lagoa do Junco, Andrea respondeu que isso é resultado de gestão e parceria numa comunidade tão carente e esquecida pelos gestores. "A escola vai se manter com alunos de lá. Não estamos retirando alunos de outras comunidades." Andrea reconhece que muitos adolescentes vão preferir ir para outra escola porque o desejo de conhecer outros colegas e de viajar do povoado de origem para outro é grande. A luta será constante.

Representando o outro lado da moeda, o líder do governo, Gilson Rosário/PMN elogiou o trabalho de Andrea Gois na comunidade Lagoa do Junco, mas ressaltou que a preocupação de manter o aluno numa escola é grande pois muitos pais preferem que o filho fique numa unidade próxima. E mais, a tendência é de perdas na sala de aula pois atualmente a taxa de natalidade vem caindo.

Andrea concluiu sua passagem na Câmara pedindo para que os vereadores continuassem fiscalizando sem haver separação política, que o grupo focasse nos valores morais que cada um carrega não perdendo a identidade que é o mais importante para lutar pelos interesses do povo.

A ABERTURA DO 6o ANO NA LAGOA DO JUNCO NÃO É ILEGAL, DIZ DIRETORA Reviewed by Jorge Schalgter Leal on 22:39 Rating: 5

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