H.PYLORI - MUITOS TÊM ESSA BACTÉRIA PERIGOSA E PRECISAM TOMAR CUIDADO

COMO SE PEGA?
O modo de contágio do H.pylori ainda
não é plenamente conhecido. Sabemos que a transmissão pode ocorrer de uma
pessoa contaminada para uma pessoa sadia através do contato com vômitos ou
fezes, este último geralmente sob a forma de águas ou alimentos contaminados.
A água contaminada, principalmente nos países em desenvolvimento,
costuma servir como uma fonte de bactérias. O
H.pylori consegue permanecer viável na água por vários dias. Quando
um membro da família se infecta com o Helicobacter
pylori, o risco de transmissão para os filhos e conjunge é altíssimo.
Esta transmissão é comum mesmo em casas com boas condições de higiene, o que
coloca em dúvida se a transmissão ocorre sempre pela via fecal/oral. A
transmissão através da saliva ainda não está comprovada. O H.pylori pode ser encontrado na boca,
principalmente nas placas dentárias, porém, sua concentração parece ser baixa
demais para haver transmissão.
DOENÇAS CAUSADAS PELO HELICOBACTER
PYLORI

Resumindo, a presença do Helicobacter
pylori causa lesão no estômago e no duodeno, estando, assim,
associado a um maior risco de:
– Gastrite.
– Duodenite (inflamação do duodeno).
– Úlcera do duodeno.
– Úlcera do estômago.
– Câncer do estômago.
– Linfoma do estômago
SINTOMAS DO H.PYLORI
A grande maioria dos pacientes contaminados pelo H.pylori não apresenta nenhum tipo de
sintoma ou complicação. Há cepas da bactéria mais agressivas e há cepas mais
indolentes, o que explica, em parte, a ocorrência de sintomas apenas em poucas
pessoas contaminadas. É importante salientar que o Helicobacter pylori em si não causa sintomas. Os pacientes
contaminados com H.pylori que
apresentam queixas o fazem pela presença de gastrite ou úlceras pépticas
provocadas pela bactéria. Nestes casos, os sintomas mais comuns são:
– Dor ou desconforto, geralmente tipo queimação e na parte
superior do abdômen – Sensação de inchaço na barriga.
– Saciação rápida da fome, geralmente depois de comer apenas uma
pequena quantidade de alimento.
Estes sintomas recebem o nome de dispepsia. No caso de úlceras, os
seguintes sinais e sintomas também são comuns:
– Náuseas ou vômitos.
– Fezes escuras.
– Anemia
Se o paciente não apresenta gastrite nem úlceras, a simples
presença do H.pylori não pode
ser responsabilizada por sintomas como dores estomacais. Apenas como exemplo,
estudos mostram que somente 1 em cada 14 pacientes com queixas de queimação
estomacal, sem gastrite ou úlcera documentadas na endoscopia, apresentam
melhora com o tratamento para o H.pylori.
O H.pylori também
parece ser responsável pelo aparecimento de aftas recorrentes em alguns
pacientes
DIAGNÓSTICO
Atualmente existem vários métodos para se diagnosticar a presença
da bactéria H.pylori. Entretanto,
mais importante do que diagnosticar a bactéria é saber em quem se deve
pesquisar a sua presença. Como em alguns locais até 90% da população
apresenta-se contaminada pela bactéria, os testes serão positivos em quase todo
mundo. Portanto, não faz sentido solicitar pesquisa de H.pylori em pessoas sem queixas
específicas.
FATORES DE RISCO
A infecção pela bactéria Helicobacter
pylori geralmente acontece durante a infância, mas alguns fatores
são considerados de risco para o surgimento desta bactéria no organismo.
Confira:
- Viver em um local com muitas pessoas
- Viver em um local onde não há fornecimento de água potável e filtrada
- Viver em um local onde não há condições sanitárias adequadas
- Viver junto com uma pessoa que tenha contraído a doença
- Consumo exacerbado de café, álcool e cigarro.
TRATAMENTO DO H.PYLORI
Recentemente as indicações para tratamento do H.pylori foram expandidas, englobando
grupos que até pouco tempo atrás não eram habitualmente tratados. As atuais
indicações para tratamento do Helicobacter
pylori são:
– Gastrite.
– Úlcera gástrica e/ou duodenal.
– Linfoma MALT gástrico.
– Parentes de primeiro grau de pacientes com câncer gástrico.
– Anemia por carência de ferro sem causa aparente
– Púrpura trombocitopênica idiopática.
– Pacientes em terapia de longo prazo com anti-inflamatórios, que
têm sangramento gastrointestinal e / ou úlcera péptica.
O tratamento para o H.pylori é
habitualmente feito com 3 drogas por 7 a 14 dias com:
– Um inibidor da bomba de prótons (Omeprazol, Pantoprazol ou
Lanzoprazol) + dois antibióticos, como Claritromicina e Amoxacilina ou
Claritromicina e Metronidazol.
Após 4 semanas do fim do tratamento, o paciente pode realizar os
testes não invasivos para confirmar a eliminação da bactéria.
REINFECÇÃO PELO H.PYLORI
Ao contrário do que se pensava antigamente, a reinfecção
pelo H.pylori após o
tratamento correto e bem sucedido é pouco comum. Em geral, quando o paciente é
tratado, e tempos depois descobre que ainda tem a bactéria, é porque o
tratamento não foi bem sucedido e não levou à completa erradicação do H.pylori.
O risco de reinfecção é maior em áreas com saneamento pobre e
águas impróprias para consumo ou banho.Fonte:minhavida /mdasaude
H.PYLORI - MUITOS TÊM ESSA BACTÉRIA PERIGOSA E PRECISAM TOMAR CUIDADO
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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11:19
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