INCONTINÊNCIA URINÁRIA: NÃO PRECISA SER UM PESADELO!
Para muitas mulheres, a perda
urinária é um assunto difícil,
um obstáculo nas interações interpessoais, um estigma que algumas vezes impede até a busca de tratamento.
Em alguns países chegam ao absurdo de serem “banidas” inclusive do convívio de
sua família por conta desta patologia. Ela pode chegar até a 47% das queixas
referidas em consultas ginecológicas.
Mas nem tudo precisa ser triste assim, graças a muitos
avanços da ciência, hoje temos solução para quase todos os casos. Existe uma
área de especialidade denominada uroginecologia, tal a complexidade envolvida
neste tipo de avaliação e tratamento.
Causas
Para que o sistema miccional funcione bem deve haver um
equilíbrio entre o enchimento da bexiga e o fechamento e abertura da uretra,
trata-se de um jogo de forças que, quando alterado, produz o sintoma da
incontinência. Há diversas causas como flacidez muscular decorrente de
gestações , traumas de partos normais, atrofia genital na fase de pós
menopausa, obesidade, infecções, diabetes,uso de medicamentos, tosse crônica,
doenças neurológicas ou traumáticas, derrame cerebral e, mais raramente,
tumores.
Diagnóstico
A avaliação médica ideal se inicia com uma “boa conversa”
para construção da história clínica (anamnese), diário miccional no qual a
paciente relata com detalhes sobre a perda de urina, o funcionamento
intestinal, antecedentes obstétricos, doenças de base, medicamentos em uso e
cirurgias que possam ter piorado o quadro.
O exame clínico/ginecológico é indispensável, pois detecta
alterações anatômicas, identifica alteração no posicionamento dos órgãos
(distopias), sinais de hipoestrogenismo e atrofia genital. O teste clínico de
esforço e o teste do cotonete são fundamentais no diagnóstico.
Outras ferramentas são os exames complementares (exame de
urina, ultrassom com avaliação dos órgãos pélvicos, medida de resíduo
miccional, verificação do ângulo uretral, teste urodinâmico e eventual
cistoscopia) finalizam esta investigação.
Tratamento
Os tipos de incontinência
urinária dividem-se em incontinência urinária de esforço, de
urgência e mista. Já os tratamentos são realizados de acordo com o diagnóstico
e podem variar desde exercícios fisioterápicos específicos, eletroestimulação,
uso de cones vaginais, laserterapia e radiofrequência vaginais (formas de
estimulação de formação de colágeno), além de uso de medicamentos.
O tratamento cirúrgico é muito específico e seu sucesso
depende de um diagnóstico bem feito, varia desde uma perineoplastia para
correção do mal posicionamento dos órgãos (distopias genitais), “slings” com
faixas sintéticas ou com tecido autólogo que apoiam a uretra, e até, em alguns
casos, a histerectomia (retirada do útero).
É fundamental que nós mulheres estejamos bem informadas sobre
o assunto e, na presença deste sintoma, procurar um especialista. Afinal, a
correção da incontinência urinária foi uma das áreas da ginecologia e urologia
que mais evoluíram e há, nos dias de hoje, soluções que certamente irão
proporcionar uma vida normal e saudável.fonte:vejasaude
INCONTINÊNCIA URINÁRIA: NÃO PRECISA SER UM PESADELO!
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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22:42
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