ESCOLA ESTADUAL DO S.JOSÉ SERÁ A 1a A SER MUNICIPALIZADA, DIZ SECRETÁRIO

O assunto do momento - a municipalização das escolas de ensino fundamental da rede estadual - tem um novo capítulo: a Escola Estadual S.José, localizada no distrito de mesmo nome, está prestes a se tornar a primeira da lista a fazer parte do município de Poço Verde. A confirmação foi dada na tarde desta segunda-feira (02) pelo secretário municipal de Educação, Paulo Roberto Caduda em entrevista exclusiva à CNNPV.

"O processo está bem adiantado! Como eu fiz a solicitação no ano passado e o processo estava em andamento, a secretaria de Estado esteve aqui há duas semanas" para analisar a proposta e fazer um parecer a respeito. A preocupação agora para Caduda é alocar todos os professores uma vez que se estuda a possibilidade de ao pegar o prédio da escola, "pegar também os professores e manter os de Pedagogia", acrescenta.

A respeito da preocupação de muitos lentes com relação ao ônus do pagamento após a cessão para o município, Caduda foi categórico ao afirmar que como ocorre com os cedidos do município para o estado, em que o governo ressarce o pagamento do pessoal cedido a cada mês, a prefeitura também ressarcirá todos os valores que forem pagos pelos professores da rede estadual futuramente cedidos ao município.

"A gente quer a cessão do prédio; e os professores continuarão recebendo do Estado. Não haverá nada de novo na vida do professor. Eu só vou ressarcir o valor pago daqueles que estejam vinculado ao município!". A princípio, Caduda fala do problema de pagamento do corpo docente da rede estadual que agora pode fazer parte da rede municipal. Sobre a cessão das futuras escolas como Epifânio Dória, Antônio Muniz, por exemplo, "eu não tenho interesse sem um estudo mais profundo".

Outra escola que poder ser a próxima vítima da municipalização é o "Sebastião da Fonseca". O Estado quer repassar apenas os alunos dessa unidade já que a proposta maior é usar o prédio para ampliar o atendimento ao Ensino Médio. A nova política do governo é ampliar a demanda principalmente para atender alunos na faixa dos 17 anos - algo preocupante pois muitos ainda estão fora da sala da aula. Quem está acima dos 18 anos, a tendência futura é migrá-lo para a Educação de Jovens e Adultos.

Para Caduda, "o Estado tem um público enorme para atender e eles não têm espaço. Me entregariam todos os prédios menos o do "Sebastião da Fonseca" para ampliar o E.M. Como poderei? Onde colocaria esses alunos pois o Estado pegaria os professores por área?!", retruca. E conclui "vamos fazer um estudo e, paulatinamente, faremos a municipalização. Numa perspectiva mais próxima, pegaríamos as turmas iniciais a partir de março!".

Se você achava que a síndrome da municipalização estava fora de cogitação, saiba que o modelo da "pátria educadora" propoe melhorar o ensino médio nem que para isso traga um remédio meio amargo para algumas pessoas. Afinal, a educação infantil e o ensino fundamental é prioridade dos governos municipais. Parece que o Estado quer levar a cabo tal proposta em alguns municípios, cuja reciprocidade política esteja adiantada neste processo.