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REPRESENTANTE PEDE APOIO AOS VEREADORES À NÃO PRIVATIZAÇÃO DA DESO

A sessão da última quinta-feira (18) teve como destaque a visita do senhor José Passos, representante  diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Purificação e da Distribuição de Água e Serviços de Esgoto do Estado de Sergipe com o objetivo de discutir com os vereadores sobre a não entrega da Concessão da água no município de Poço Verde numa futura privatização da Deso.

A visita é uma das muitas que o órgão tem feito às câmaras municipais para alertar o legislativo sobre um tema recorrente. O representante da Deso  tratou sobre a grandiosidade e o potencial do Brasil em torno da água potável bem como dos aquíferos descobertos na região como a norte/nordeste cujo produto pode durar mais de 700 anos.

Segundo o representante da Deso, Poço Verde está numa bacia de água salgada, mas tem poços de água doce e um sistema integrado Amargosa; e alguns povoados com o sistema Pirauitinga."Ruim por ruim, a Deso ainda presta um serviço de qualidade à população sergipana", tentando convencer os presentes de que mesmo sob uma chuva de reclamações ano a ano, a companhia de abastecimento é  importante para a população. O objetivo também era convencer a Casa legislativa a apoiar a empreitada de não conceder nosso sistema à futura empresa, após a privatização. Como a concessão pertence aos municípios, a visita era justamente  isso: obter apoio justamente num longo período em que a sociedade tem como um dos piores serviços o da empresa que defendia.

O governador Jackson Barreto até que pode vender a Deso com autorização da assembleia legislativa, porém sem o aval das câmaras legislativas, pode encontrar um entrave jurídico adiante. "O momento político é bom para a Deso. (...) Quem dá apoio ao governo federal a Michel Temer é contra a privatização da Deso com medo do governador Jackson usar esse dinheiro numa eleição garantida para o senado e fazer o futuro sucessor; quem dá sustentação a Jackson Barreto, a metade já convidou o sindicato e disse: somos contra a privatização. Por quê? Eles sabem que esse pacote de medidas está vindo de Brasília. Então, os sindicatos e a Deso estão tendo dividendos políticos por essa razão", concluiu citando a JBS que também estaria interessado na Deso como a Coca-Cola, Odebrecht Ambiental etc. E quem ganharia também com a não privatização se a Deso tem um lucro de 50 milhões como o próprio afirmou na tribuna e não presta um serviço de qualidade à população?

Citando ainda que a conta da energia elétrica está mais cara desde que a empresa foi privatizada, faltou que o embate jurídico e todo o investimento para convencer os vereadores daqui e dos demais  municípios não termina aqui. A empresa já tem apoio de nomes políticos importantes apoiando a não privatização. "Nós já temos 13 ou 14 deputados na nossa defesa", disse argumentando para as bancadas da situação e da oposição somando aí o número de demissões futuras.

Indagações - O líder da oposição Pedro de Jesus/PDT disse que como professor de Geografia não concorda com a privatização, mas com um estado eficiente pois o atendimento é precário à população. Ele ainda citou a problemática vivida pelos moradores do S.José que passam a maior parte do ano sem água na torneira. O vereador Edson Didiu/PSB quis saber como uma empresa com superávit tão alto deixa a dever no atendimento à população interiorana (há lugares em que só existem os canos). Didiu afirmou ainda que era solidário aos funcionários, mas questionou a razão pela qual não havia funcionário suficiente para atender com presteza a todos.

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Dívida da prefeitura com a Deso - Outras ponderações sobre o tema foram citadas a exemplo de um relatório apontado pelo vereador João Ramalho/DEM. Nele, a Deso afirmava que a prefeitura de Poço Verde devia R$ 1.201.762,36 de 2013 a dezembro de 2016. Só o Cecaf devia 203 mil reais; o estádio Camilão, 281 mil reais e prédios fechados (como o matadouro) há seis, sete anos com dívida junto ao órgão. "Como é que uma empresa de serviço relevante deixa que isso aconteça por uma questão política da boa vizinhança (...) e chega num estado que tem 75 municípios e deixa que um município como Poço Verde acumule uma conta" nesse valor. "Para onde essa empresa vai? Enquanto isso, a comunidade não é atendida" ponderou João. Ele ainda denunciou os valores dos salários dos diretores da companhia que são altíssimos segundo a imprensa sergipana.

Outros vereadores também aumentaram o coro nesse sentido, em defesa da população e dos funcionários que tentam prestar um bom  serviço apesar das dificuldades.

Em resposta, José Passos afirmou que o canal de Xingó (o projeto daqui um ano estará pronto) será a redenção para os problemas da égua de Sergipe beneficiando os municípios de Simão Dias e Lagarto já que o atual sistema não atenderá mais do vinte anos. "Reforçando assim todos os sistemas de abastecimento de água principalmente para atender os moradores de S.José e Tabuleirinho", afirmou. "Se a Deso for privatizada, o aumento virá automaticamente. O maior devedor da Deso é o governo do Estado. A empresa que comprar a Deso só entrará com 20% pois o restante é com o BNDES. Sobre os poços, vamos cobrar agilização", concluiu sugerindo logo em seguida que a população tenha uma caixa d`água residencial pois a população sabe o valor e a dificuldade.


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