A SAÚDE AINDA É TEMA DE DISCUSSÃO NA CÂMARA
A repercussão em torno da visita surpresa dos
vereadores da oposição ao antigo hospital regional na manhã da última
segunda-feira (13), rendeu mais indicações na sessão à noite do mesmo dia, na câmara
legislativa.
O primeiro a fazer a
isso foi o vereador do PSB, Edson Didiu. Ele sugeriu ao governo municipal que
seja providenciado uma ambulância para o povoado mais longínquo de Poço Verde -
a Lagoa do Junco.
"Lá, muitos não
se sentem de Poço Verde pois quase não são atendidos. Ninguém sabe o dia q
adoece. Quando o carro não vem podemos perder uma vida. Quando a urgência está
cheia é falha no PSF". Ele sugeriu mais adiante que poderia ser um veículo
usado.
Complementando sobre a
ação do PSF na região, Didiu afirmou que "as equipe do PSF - Programa de
Saúde da Família não estão funcionando. Isso é muito preocupante. Ela tem uma
verba específica para aquela localidade. O dinheiro continua entrando nos cofres
da prefeitura e muitas vezes não estão funcionando".
O líder da oposição,
Pedro de Jesus/PDT, afirmou que há seis equipes funcionando em Poço Verde. No
entanto, o município não é coberto por todas elas. Apesar de ter um
enfermeiro-chefe e médico em cada equipe para atender a população, nem sempre
funcionou eficientemente, "mas o município é impessoal " e precisa
dar maior presteza à população.
Sobre as ambulâncias,
Pedro apoiou e concordou com a ideia. Foi além, pediu que uma das novas
ambulâncias que estão por vir esteja a serviço do S. José, seu território
político e maior povoado do município. Ele também sugeriu uma unidade para o
Rio Real.
A chegada de uma
ambulância no S. José "daria uma qualidade que foi tirada em agosto de
2014" quando o ex-prefeito retirou (...) Faria "uma cobertura de
qualidade e atenderemos pessoas com maior rapidez e salvaremos vidas",
justificou Pedro.
Resposta da bancada do governo - Já o líder do
governo na Câmara legislativa, Gilson Rosário/PMN, aproveitou que o tema era
saúde e relembrou outro assunto pautado na semana passada.
Foi sobre a reabertura
da Casa de apoio em Aracaju. Gilson disse: "Todos nós sabemos que a Casa
de Apoio tem a sua importância. O atual prefeito observa essa necessidade. O
secretário de Saúde já está tentando localizar uma casa perto do Cirurgia (hospital),
mas queremos que seja feita com responsabilidade (...) até hoje não se sabe
ainda a base de dados do município de Poço Verde da administração anterior.
Para o prefeito pagar a folha de janeiro, teve de o prefeito pedir autorização
do TCE para que pagasse. O secretário de Finanças todo dia recebe ligação (do
proprietário da antiga casa) dizendo que
o munícipio deve 14 mil a ele. Hoje a administração não sabe. Existe
comentário que o aluguel da casa de apoio era de 3 mil reais (...) você traga
uma prova de que o município está devendo 3 mil, 4 mil porque não tem base de
dados".
Sobre a falta de
médicos, Gilson Rosário explicou que um dos médicos faltou porque o pai estava doente.
"Hoje, o hospital tem convênio com a associação de médicos de Paripiranga.
Quando um médico faltar, outro assume o lugar. Já o médico de hoje (se referindo
ao dia da visita dos vereadores da oposição à Clínica da Saúde) faltou e não
justificou. O secretário já tomou providência".
Tréplica - A vereadora do PP, Délia Félix , não
se rendeu à explicação e disse que "é inadmissível um hospital ficar dois
dias sem médico. O senhor relatou que a prefeitura passa por dificuldade. Não
dá para entender como a prefeitura está em dificuldade. Na gestão anterior, nós
tínhamos cinco secretários e hoje tem doze. Isso vai onerar o município.
Precisamos dar prioridade a saúde do município".
Tablets - Por fim, o vereador
Léo de Fonsinho/PCdoB fez indicação para que a Secretaria Municipal de Saúde
disponibilize tabletes para os agentes de saúde para que eles possam dar
andamento e agilidade na alimentação de dados no sistema. Ele só não explicou
como os agentes vão acessar e atualizar
os dados nas ruas sem uma rede ampla de wi-fi pela cidade; e quem pagará a
conta.
Governo - Sobre o que pensa o
governo referente à discussão, o secretário Amaury Batista informou que
"quanto à informação que o Governo do Estado, através do governador
Jackson Barreto vai enviar duas ambulâncias, seria excelente. Temos
conhecimento que se encontra em fase de encaminhamento o envio de somente uma
ambulância. Estamos reavaliando a possibilidade de reativação do Posto de Saúde
que encontramos totalmente deteriorado".
Já o secretário de
Obras, João Ramalho, acrescentou que "a administração anterior fez a
construção superfaturada - com indícios de irregularidade do posto da Lagoa do
Junco, e em curto espaço de tempo, o teto desabou. Nossa equipe técnica está
fazendo uma reavaliação do imóvel".
Amaury ainda
complementou dizendo que "durante esta semana, o prefeito Iggor Oliveira
foi até o Ministério da Saúde, em Brasília/DF e apelou por uma unidade básica
de saúde no povoado Lagoa do Junco. Vamos aguardar a liberação".
Acerca da visita dos
vereadores da oposição para fiscalizar o atendimento médico, Amaury aproveitou
para ironizar os colegas. "Muitos passaram um bom tempo sem fiscalização e
cobrança. Agora querem que a administração atual resolva tudo em menos de 90
dias de gestão. Se já viessem cobrando desde a gestão passada, o povo já
estaria usufruindo das melhorias reivindicadas", concluiu.
A SAÚDE AINDA É TEMA DE DISCUSSÃO NA CÂMARA
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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22:44
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