A SÍFILIS VEM AUMENTANDO NO BRASIL

Sintomas
De acordo com a
especialista, a sífilis no adulto tem sinais específicos, mas também há um
período de latência considerável. O quadro sintomático inicia com uma ferida
que, nos homens, é bem aparente, não dói e pode desaparecer num período de sete
a dez dias. Nas mulheres, a ferida pode surgir na genitália interna e passar
desapercebida.
“A manifestação,
nesses casos, fica em latência e o quadro se torna de sífilis terciária. Quando
há evolução de mais de dez anos, a doença destrói tecidos como coração, cérebro
e ossos”, explicou em entrevista à Agência
Brasil.
Já na sífilis
congênita, o período de evolução é bem mais curto. Durante a gestação, a doença
pode causar aborto, malformações ósseas e manifestações na pele, além da morte
do recém-nascido.
“Se a gestante é
tratada adequadamente no primeiro e até no segundo trimestre, o bebê também é
tratado, mesmo intra útero. É uma doença bacteriana que tem cura. A grande
questão é a busca do diagnóstico e do tratamento”, destacou Adele.
Epidemia de múltiplas causas
Para a diretora, a
epidemia de sífilis no Brasil é decorrente de “múltiplas causas”, como a queda
no uso do preservativo – sobretudo entre pessoas de 20 a 24 anos, faixa etária
onde comumente se registra maior atividade sexual e sem parceria fixa.
“Estamos recomendando
o uso do preservativo masculino e feminino, em alguns estados, durante a
gestação, não apenas por conta de infecções sexualmente transmissíveis, mas
também para evitar o vírus Zika. Recomendamos o uso não só para gestantes como
para toda a população adulta.”
Outra questão envolve
o acesso à penicilina, principal medicamento utilizado no tratamento da
sífilis. Os problemas, no Brasil, começaram no ano passado, com o
desabastecimento de matéria-prima, mas o ministério garante que o estoque foi
reposto por meio da importação da droga.
“Esta semana, fizemos
um novo levantamento e todos os estados estão abastecidos até abril do ano que
vem, com reserva”, disse Adele.
A resistência de
profissionais da enfermagem em aplicar a penicilina na atenção básica também
pesa nos números da epidemia de sífilis no país – principalmente nos casos de
sífilis em gestantes e, consequentemente, de sífilis congênita. Isso porque há
um risco, ainda que pequeno, de choque anafilático no paciente.
“É preciso que todos
se engajem no sentido de detectar um caso, principalmente na gravidez, e
iniciar imediatamente o tratamento. Com uma única dose, conseguimos reduzir a
taxa de transmissibilidade da mãe para o bebê em quase 90%”, disse. “Não há
porque temer aplicar a penicilina na gravidez. A alergia à penicilina é um
episódio raro”. Fonte:adaptado agbrasil
A SÍFILIS VEM AUMENTANDO NO BRASIL
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
on
11:31
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