VEREADORES NÃO ARREDAM A PEC COM O AUMENTO SALARIAL
Parece que os
vereadores de Poço Verde estão realmente empenhados em levar à frente a
Proposta de Enrolar a Comunidade - PEC 2016 - que trata do aumento de subsídios
para eles, o prefeito, vice e secretariado a partir de 2017. Apesar do apelo
frequente de estudantes, professores e membros da sociedade; e da pressão nas
redes sociais, a conhecida Lei da Discórdia não deve ser alterada até o fim do
ano. A casa tem dado sinais de que vai empurrar a revogação da PEC com a
barriga. De que maneira? Defendendo a tese de que a lei está embasada numa lei
constitucional.
Alguns parlamentares
já anunciaram que não vão mexer em nada como é o caso dos vereadores Gilson
Rosário, Jaci de Silvino e Luciano Araújo. Este recentemente afirmou que apenas
foi fixado um valor de no máximo R$ 7.596,81, porém isto não quer dizer que todos
receberão o teto aprovado tal qual ocorreu no pleito atual. A defesa é
recorrente para quase todos os membros da Câmara, além do fraco argumento de
que a sociedade deveria comparecer mais à Casa legislativa e não apenas quando
for oportuno.
A vereadora Damares Cavalcante, cuja ausência
na última sessão foi duramente criticada em rede social pela população,
justificou sua falta à festa surpresa dedicada a sua pessoa. Damares afirmou
ainda que não tem medo de desafios e reafirmou que o teto atual é de R$
6.012,00 e nem por isso os vereadores recebem tal valor, chegando ao valor de
R$ 4.800,00 assegurado pela Lei orgânica do Município e o Regimento Interno da
casa.
Na sessão realizada
nesta segunda-feira, 10, o advogado Fábio Emídio aumentou o coro contra a
provação da PEC. Ele solicitou o espeço na Tribuna Livre para justificar que é
mais prudente o congelamento do salário dos vereadores haja vista a situação
econômica do município. "O congelamento de seus subsídios demonstraria boa
fé para o povo. Vocês estão indo primeiro para forca!", pontuou. Fábio
ainda leu a Carta Compromisso elaborada por membros da comunidade. Nela, os vereadores se comprometeriam em não aumentar o salário até o final da próxima legislatura e manteriam o teto vigente.
O vereador Gilson
Rosário defendeu ainda que esse tipo de projeto de aumento salarial vem sendo
realizado desde 1983, na gestão do ex-prefeito Zé Emídio. "Esse projeto é
cumpridor da lei. Criaram um celeuma muito grande de que estaríamos quebrando ao
município. Isso não é verdade porque o dinheiro que é repassado para esta casa
em torno de103 mil reais está de acordo com a constituição. Como criadores de
lei somos cumpridores de lei. Jamais estaríamos criando um projeto aqui só para
aumentar a lei", afirmou. Ele ainda tentou convencer o público presente na
sessão de que a Câmara aprovou aumento de 40,6% para os professores, 40,20%
para os servidores e os vereadores tiveram apenas um aumento em torno dos 16%.
Não deixando por menos, Gilson criticou os organizadores da Carta Compromisso,
duvidando de que eles voltassem algum dia para pedir que não fossem aumentados
também os salários do funcionalismo e dos professores. E direcionando àqueles
que estavam presentes concluiu: "Essas pessoas estão preocupadas em trazer
recado do prefeito!". Em meio a vaias e aplausos (sim, houve), tudo ficou
por isso mesmo e a sessão foi encerrada.
VEREADORES NÃO ARREDAM A PEC COM O AUMENTO SALARIAL
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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20:39
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