DIGAM AO POVO QUE FICO...

  Se pudesse voltar no tempo, cada vereador diria a mesma frase que uma figura histórica portuguesa gritou para defender o Brasil: “Digam ao povo que fico!”.. sim preocupado com a segurança pública em Poço Verde!. Boa parte dos edis da Casa legislativa tem afirmado que a população acredita que eles não fazem nada, mas é ledo quase engano.

   Foram aprovados requerimentos para a vinda do secretário de Estado para explicar e resolver a situação, mas até agora ele não apareceu. Muito é discutido e denunciado por alguns vereadores durante as plenárias a fim de resolver o problema da criminalidade, mas sozinhos não podem resolver tudo. Contudo, uma cartada poderia mudar: na última sessão desta terça-feira (21), a vereadora Rita de Cássia (PT), conclamou os pares para ir a uma reunião marcada com o secretário de Estado da Segurança Pública e...bem, não vingou. Tanto um quanto outros foram alegando algum problema de saúde ou pessoal para jogar fora a oportunidade de cobrar diretamente do Estado o papel o qual lhe é cabido: garantir a segurança! César Elias (PMDB) alegou que era perda de tempo já que vários requerimentos foram enviados e nenhum foi atendido pelo chefe maior da pasta pública. “Os 9 vão sim é para tomar cafezinho e passear! O governo Déda é inoperante e incompetente! Não existe uma ação. Só haverá mudança na segurança quando o novo governador entrar! Vamos fazer lá o quê? O secretário vem para Lagarto e Itabaiana, mas não vem a Poço Verde. Se eu fosse era um desrespeito. É um governo de gogó! Vou chamar o Executivo para criar um Conselho de Segurança e visitar Benedito Figueredo!”, justificou. João Ramalho (DEM) discordou do colega e afirmou que “fico satisfeito ao se alertar para fazer o dever de casa. Há muito tempo que esta Casa já participou de várias intervenções; já foi a várias audiências públicas, etc.(...)Temos de ir a Aracaju porque a sociedade acha que a Câmara não faz nada. Cada um tem feito seu papel. Hoje a notícia é de que o tenente já saiu. Transferem delegados sem outro para pegar o posto. Eles alegam em testemunho da falta de condição técnica e logística para atuar!”. E concluiu que se forem todos os nove e de terno e gravata (causa impacto no atendimento) “a sociedade verá com outros olhos. O governador não tem voltado os olhos para Poço Verde. Não vem nem nos festejos sociais. Só vem em época de eleição. Mas vamos cobrar. Temos de ir para dizer a sociedade que estamos fazendo a nossa parte!”.

   O vereador Gileno Alves (PR) que não é afeito ao discurso durante as sessões; naquele dia indagou a vereadora Rita de Cássia por que o governador Déda não atende as pessoas do próprio partido. João Raimundo também criticou que o governador deveria ter um pouco mais de respeito. Rita prontamente respondeu que todas as vezes que foram solicitados para serem atendidos, o governo atendeu e criticou a falta de atitude dos demais colegas.  “A gente marcou reunião para hoje e vocês disseram que não podiam. Eles recebem sim, mas temos de estar lutando. Eu nunca vou desistir do objetivo porque acho que não vai mudar!”.

   Enquanto houver um amanhã para buscar o melhor pela segurança, os vereadores continuarão a empreitada mesmo que um hoje ou um ontem acabe por adiar seus planos.