QUANTO MAIOR O PODER, MAIOR SERÁ A COBRANÇA

   De uma coisa o governo Dória não poderá reclamar no futuro: já entrou para a história poçoverdense como o mandatário que mais trouxe benefícios à população. De pavimentação à construção de conjuntos habitacionais; de ampliação da inclusão digital à implantação de clínicas de saúde na cidade e no interior entre outros projetos na área urbanística, social e educacional, Antônio Dória continua a saga para levar à frente sua proposta de fazer Poço Verde crescer. É notório que nenhum prefeito já tenha realizado um conjunto de obras tamanha a façanha conseguida pelo alcaide. Tudo ciceroneado por uma dupla de peso: a União e o governo estadual.

   Contudo, quanto maior a responsabilidade e o poder, maior ainda será a cobrança. Isso, o chefe municipal não poderá reclamar: se de um lado um enorme emaranhado de ruas já foi pavimentado, por outro lado, algumas famílias reclamam que a prefeitura tem (algumas vezes) privilegiado ruas com nenhuma ou pouca casa para deixar uma parente próxima com um número duas ou três vezes maior de residências sem calçamento. Fala-se muito em reformar e construir escolas, mas o que se vê são reformas capengas e caras; e o pior: escola fechada devido a um número cada vez menor de estudantes. Médicos sempre foi uma dor de cabeça para qualquer gestor poçoverdense, porém Antônio Dória sofre a maior das enxaquecas para não fazer feio em respeito a uma promessa de governo e que poucas vezes foi cumprida com acuidade durante suas gestões: plantonistas e atendimento contínuo à população. A CNNPV já criticou a ‘morte’ da Lira bem como os projetos de urbanização de praças na cidade e em grandes povoados: com exceção a da praça da Vaquejada, as demais é uma afronta à inteligência de leigos em arquitetura e paisagismo.

   Se embelezar a cidade nunca foi o forte dos nossos administradores, Antônio Dória ainda tem tempo suficiente para fazer com que alguns erros se tornem exemplos de grandiosidade tal qual foi o Centro de Abastecimento. Até o final de 2012, vêm por aí: o tão aguardado e projeto de construção do estádio – um templo para uma cidade que respira esporte; mais conjuntos habitacionais e quiçá, um espaço que também sirva de apresentações estudantis, congressos, festivais da música e de cinema – a juventude promete mais do que ele acredita. E ainda: reavaliar o que não deu certo na gestão: falta de segurança, contratação exagerada de funcionários - por conseguinte, salários atrasados; cercar-se de uma equipe mais técnica do que política; menos gastos com aluguel de imóveis etc. Como? Usando verbos importantes: Planejar antecipadamente; Investir mais nas áreas críticas dando suporte ao secretariado para fazê-lo, Cobrar resultados sempre; Premiar os esforços e sucessos de todas as áreas ora com divulgação com elogio público, ora com bônus salariais. Tudo muito difícil, mas não impossível de realizá-lo.