CRISE HÍDRICA AQUI, NÃO!

Se há um tema batido para o poço-verdense é sobre a falta d`água. Some ainda a problemática da seca que o morador tem de conviver que isso torna-se mais trivial ainda. E o que dizer da questão hídrica para quem mora na região Sudeste do país? Não nos comove tanto porque volta e meia o nordestino sofre muito mais  se comparado a quem mora em grandes cidades. Há meses o noticiário nacional tem se reportado àquele tema, porém o que dizem os poço-verdenses que residem em S.Paulo, por exemplo.

A CNNPV foi atrás deles para saber: afinal, qual a diferença entre conviver com a falta d`água no agreste e numa região superpovoada? A maioria esmagadora nos contou que (por incrível que pareça) ainda não está sofrendo com esse problema. "Eu moro na zona norte e aqui a gente não tem ficado sem água!", argumenta Mariele Oliviera (antiga moradora do povoado Rio Real). "Por enquanto ainda não afetou a gente não. Mas sei que em outras regiões onde amigos meus moram estão com dificuldade de achar água!" diz o palmeirense Maickon Balbino. A mesma opinião tem Rosana Ribeiro: "A gente mora aqui na zona oeste da capital. Ainda não faltou água!"

Tudo bem que boa parte do pessoal que se transfere para trabalhar em S.Paulo, normalmente acaba residindo no interior ou na Grande S.Paulo. No entanto, a crise hídrica afeta mais de 70 municípios da região de acordo com informação da Folha de S.Paulo e O Globo. Mas, e a diferença? Mariele explica que "a diferença é que aqui quando falta não tem para onde correr fica sem água mesmo, Já ai se faltar água na rua tem um tanque ,tem uma caixa e dá pra gente se virar...!".

Rubineide e o esposo Gilenaldo moram há mais de 6 anos e contam para central que em Piraporinha/Sto.Amaro/SP ainda não há racionamento. No entanto, há sim falta d`água durante o dia, porém o abastecimento volta à noite. Algumas áreas têm queda de energia constantemente. Enquanto isso, o governo de SP vai tentando empurrar o caso com a barriga alegando que racionamento não existe ainda no seu vocabulário.

Aqui em Poço Verde, ocorre o mesmo em áreas distantes ou mais altas e depende também do gerenciamento das bombas. Quando há algum problema no motor ou longo período de estiagem o corte no abastecimento é recorrente. No interior, o problema é gritante e em povoado em que a empresa tem o controle, carros-pipa do governo não podem fornecer o precioso líquido. Cabe então, a contratada enviar caminhão próprio para atender à população. Um vídeo muito legal feito pelo jovem Reinan Menezes e seu grupo do povoado S.José mostra muito bem a realidade do sertanejo com a falta do produto no município de Poço Verde. Confira AQUI