PROBLEMA DE EDUCAÇÃO POLÍTICA: DE ITABAIANA A POÇO VERDE

Numa série de reportagens sobre os maiores entraves sociais no Brasil, o Jornal Nacional (TV Globo) denunciou numa delas esta semana um problema recorrente também em Poço Verde (na área da educação). A matéria focou as más condicões do laboratório de informática bem como da infraestrutura de boa parte das escolas da rede pública em todo o país. Um caso em específico numa unidade escolar em Itabaiana/Se revelou o quão governos tendem a pecar na fiscalização de obra em reforma, por exemplo, implicando mais adiante em maior gasto dos recursos públicos. Isso após a exigência de reparos quando a justiça é acionada.

Tal qual ocorreu naquela reportagem em Itabaiana, a CNNPV já fez várias matérias a respeito de um conjunto de obras mal feitas nas escolas da rede municipal há algum tempo. De lá pra cá, conta-se nos dedos qual escola realmente teve de fato um reforma tal qual deveria ter sido executada. Com um puxão de orelha aqui, outro acolá, ordens de execução chegaram a ser concluídas a pedido da secretaria municipal de Educação, mas o que se vê ainda são laboratórios de informática sem funcionamento em boa parte das unidade privilegiadas pelo MEC. Pelo menos em escolas como as unidades localizadas em Tabuleirinho, Lagoa do Junco e na Escola Agrícola, Terra Vermelha o problema já foi resolvido a contento. 

Em outros casos, quando computadores não estão encaixotados no almoxarifado, estão enfileirados em mesas em salas improvisadas que sequer têm instalação elétrica adequada para uso da comunidade estudantil. E o pior, 2014 deve completar 5 anos de lentidão da prestação do serviço tão cobrado pelo Ministério da Educação. É bem provável que no momento em que forem ligados até o final do ano, muitos sequer funcionem realmente.

Político detesta crítica do gênero. Muitas vezes põe culpa na falta de recursos, mas a desculpa cai por terra quando a denúncia é feita em meio de comunicação. Com a repercussão, vê-se depois que o que faltava mesmo era vontade política, pois tudo é prontamente resolvido logo depois. O que dizer então da falta de bibliotecas como também relatou aquela reportagem global....por aqui, elas praticamente inexistem: os livros brigam por espaço com a equipe diretiva numa ambiente apertado. Uma pena que apenas em ano político quase tudo seja resolvido mais rápido do que esperado. Quem sabe depois desta reprotagem, algumas escolas possam terminar este ano com um laboratório de informática funcionando a todo vapor. 

Fica outra pergunta tão preocupante quanto: de que adianta um laboratório em atividade se nenhuma proposta por parte do corpo docente é colocada em prática? O que fazer quando uma ferramenta tecnológica é usada apenas para entrar em rede social durante as reunião pedagógica na escola?

Por fim, chegamos à conclusão que  certos entraves sociais também são problemas de educação política. Basta querer, mudar, agir!