SAÚDE MUNICIPAL: PROBLEMA NOSSO OU DOS OUTROS?

  O prefeito municipal, Antônio Dória, desabafou numa rede social a respeito dos problemas enfrentados na área da saúde. O comentário publicado nesta segunda-feira (01) focava no atendimento hospitalar a munícipes de cidades vizinhas. Para Dória, “como podemos resolver os problemas da saúde de Poço Verde, se as cidades vizinhas continuam trazendo seus munícipes para se tratarem aqui em Poço Verde. Está cada dia mais difícil!”, postou. Muitos internautas entraram na discussão para defender ou criticar a preocupação.
Léo Neto respondeu afirmando que “é lamentável a Saúde não só de Poço verde, mas de todo o país. Entendo sua preocupação em relação a isso, mas município nenhum está bem com relação à saúde. Salvador está um caos total, Camaçari nem se fala, Simões Filho então; ou seja um município encoberta o outro, por conta das dificuldades que cada prefeito enfrenta nas diversas situações. Sou profissional de Saúde; trabalho em Hospital de Grande Porte, onde lá enfrentamos dificuldades também. É uma situação generalizada... a falta de médico por exemplo é um dos motivos nas situações acima citadas!” .
Raquel Souza ampliou a discussão contando que “pior ainda é o abandono, a ambulância larga o pessoal e ainda temos que tirar uma do plantão em caso de transferência”. Sobre esse tópico, Léo foi contundente ao rebater a assertiva dizendo que “a partir do momento que o paciente é deixado na determinada Unidade, é de responsabilidade da Unidade o cuidado e atenção com o paciente. A ambulância não tem Obrigação alguma de ficar de Plantão, na determinada Unidade. Nesse caso não seria abandono. Seria abandono da enfermagem não prestar o cuidado devido ao paciente já que ele é de extrema responsabilidade da equipe!”. O internauta Rafael Abreu então acrescentou que não esqueçamos que são vidas, e que Poço Verde também necessita e usa outras cidades vizinhas como amparo médico. A realidade que vejo no comentário do prefeito é o seguinte: são seres humanos, poderíamos ajudar, mas não votam em Poço Verde!!! A verdade é essa!”.
Em resposta, Antônio Dória afirmou que ali se estava falando de não atender e sim na ideia de que cada município deve fazer a sua parte. O contabilista Mário Almeida concordou com o alcaide e ponderou que “sabemos das dificuldades encontradas em nosso município, mas por isso as cidades fronteiras não adotam um sistema sério de saúde e têm que recorrer a Poço Verde, causando assim uma superlotação nos postos médicos e muitas vezes deixando de atender aos munícipes; precisa-se fazer uma reunião com os demais prefeitos para que eles se responsabilizem por uma boa saúde e também com trabalhos nas comunidades do interior para desafogar a zona urbana”. Paola Oliveira defendeu o prefeito dizendo que “cada município recebe a verba de saúde de acordo com a população, e é dever do mesmo oferecer saúde de qualidade a todos. O que Antonio Dória quis dizer é que outros municípios que dependem dele deveriam então ajudar na verba mensal da saúde do município. Fica a dica ao Prefeito, já que tem cadastro de entrada no hospital receber o paciente e saber de onde ele é. Depois mandar a conta para o município mensalmente. A questão de votantes ou não são seres humanos, está na LEI que não pode se recusar a receber. Porém, se Poço Verde passar a atender pessoas demandadas de outros Municípios, como ficam os moradores da cidade? Sabemos que a falta de médicos é um problema alarmante, mas isso não é desculpa para mandar a outra Unidade o que seria de responsabilidade dos Municípios e recebem verba para isso”. Já Rodrigo Ribeiro salientou que “a saúde pública só irá melhorar quando o governo repassar a verba referente aos atendimentos feitos por cada município, assim o município se obrigaria a prestar um serviço de qualidade e eficiente, mas sabemos que o Brasil é corrupto e não podemos culpar os governantes vizinhos, pois temos que fazer nossa parte e cobrar mais transparência no uso dos recursos. Quem poderia reclamar seria Aracaju que recebe pacientes de todas as regiões inclusive de Poço Verde e de outros estados como Bahia e Alagoas. A saúde deve passar por uma reforma geral, não só de prédios, mas na maneira de gerir os recursos e principalmente na fiscalização de obras e equipamentos, pois muitos locais possuem vários equipamentos que estão sem manutenção ou até mesmo sem uso por falta de pessoal qualificado”.
O bom do debate é que pessoas de outras regiões puderam reportar-se como foi o caso de Roberto, da Farmácia. Para ele, Fátima, é povoado de Poço Verde, de Antas, de Cícero Dantas neste setor, e prefeito ainda se acha especular (sic). Mas, não nos abandone, marque uma reunião e proponha uma parceria, ex: uma doação mensal etc. Adustina, a saúde também nos socorre!”
Dando o caso por encerrado até a publicação da matéria, o prefeito de Poço Verde concluiu que vai continuar atendendo (a todos) até por que o SUS é universal mas é necessário a compreensão dos prefeitos para ajudar!” .