POLÍTICA: TODOS CONTRA UM!

Confesso que falar sobre política nunca foi minha área, mas como a CNNPV não tem nenhum articulista político, cabe fazer aqui um ou outra conjectura. O trajeto para o pleito eleitoral de 2012 encurta-se e, afinal, quem são os prováveis pré-candidatos à cadeira mais importante do Executivo?

   Até o final de 2010, o renomado advogado Dr. Evandro (do povoado Rio Real) já dava sinal de que queria um naco da cadeira. Hoje, acredita-se que ele não mais almeja a propositura, mas tem cacife para alavancar uma boa quantidade de votos. De lá pra cá, outros foram dando sinal de que também teriam força para puxar o outro braço daquela cadeira ou aliar-se a um nome forte. Fonsequinha, empresários como Jobelson e Ildo Costa vinham tendo seus nomes no menu eleitoral. Dois deles mantêm o nome e devem lutar contra outros fortes candidatos: o presidente da Câmara municipal Gilson Rosário (PSB), por exemplo, tem experiência no ramo eleitoral por vários mandatos no legislativo e agora planeja fincar o pé na gestão municipal. Ainda no lado da situação, a vereadora Rita de Cássia (PT) quer pleitear uma vaga na pré-candidatura à prefeita, mas o verbo poder talvez não seja conjugado. Como o Partido dos Trabalhadores é assim com o PSB do atual prefeito, Antônio Dória (PSB), dificilmente o grupo petista dificultará o projeto Dória de colocar o sobrinho, Tiago Dória à frente da corrida executiva. Há ainda outro problema a resolver: como Gilson Rosário é do mesmo partido do alcaide, será travada uma luta para definir quem irá até a grande final: Gilson Rosário ou Tiago Dória? Toinho, como é conhecido no meio, não arredará o pé e terá de convencer o grande amigo a fazer uma chapa ou desistir para em 2018 apoiá-lo na empreitada. É que a nova lei eleitoral não permitirá reeleição e o mandato será de 5 anos. Quanto a Rita, a gente poderia confirmar que deve ser nome forte como vice. Desde muito tempo, temos notado presença marcante em qualquer evento político ou sócio-cultural ao lado do prefeito. Esse tipo de marketing é notório!

  Olhando então a oposição na figura do ex-prefeito Everaldo de Oliveira. Esse dificilmente retornará à carreira política, mas ainda tem grande força política na região. A opção Ricardo Oliveira (sobrinho) não vingou nas últimas eleições. Quem sabe pode colocar o filho Igor Oliveira no páreo. Poderia! Uma fonte revelou que Everaldo não quer ingressar o primogênito na política por enquanto. Prefere que ele e os demais continuem a carreira profissional a fim de garantir sustentabilidade. Ponto para Everaldo! Contudo, o ex-prefeito deve saber que Igor herdou dele o tino para a coisa política. Diferente do primo, Igor possui o dna da diplomacia, da articulação política e o timing ideal para lidar com o eleitor. O problema maior é como ganhar de um futuro candidato apoiado pelo prefeito tendo na manga cartas importantes: uma Rainha presidencial, um Duque federal, outro Valete governamental e Ouros espalhado pela região como obras importantes e programas sociais. Adicione aí que não há um descontentamento geral para causar clamor por um governo oposicionista. Mesmo com os arroubos municipais e muito ainda por corrigir, Dória tem ainda a máquina a favor e garantia de um futuro bom governo  apoiado por padrinhos políticos importantes.

   A terceira via ainda existe e pode trazer algum estrago com os eleitores revolucionários e decepcionados com a atual política. O Partido Verde agora conta com professor Caduda. Ele e um grupo de pré-candidatos a vereador não ganharão a eleição, contudo terão como capitanear dividendos para uma futura legislatura.

   Fica assim então: todos contra um (Dória). Enfrentar alguém que está no poder e ainda com um cardápio recheado de grandes obras é desafiador. A receita: provar ao eleitorado que o seu governo dará continuidade a um projeto já existente e com promessas de melhorias importantes; evitar o confronto verbal e não querer ganhar no grito de maneira ofensiva; mostrar experiência frente a um novato na política; criar uma imagem positiva seduzindo o eleitor para uma realidade nova de possibilidades. Se a receita embolar, é porque ainda não é a sua vez!