PREFEITO TEM NOVO DESLIZE EM 30 DIAS DE GOVERNO

Há 29 dias de governo, o prefeito Iggor Oliveira já demonstrou que está empenhado em trabalhar em prol do município de Poço Verde, mas um novo deslize põe em cheque as duas palavras mais usadas desde que tomou posse : ética e transparência. Logo essa dupla morfológica que normalmente não combina com o mundo político.

Pois bem, primeiro foi a nota do sindicato dos servidores desmentindo a informação de que todos os servidores haviam recebido. Descobriu-se que nem todos os funcionários receberam o salário de dezembro e o 13o salário. De acordo com o Sindserv e confirmado pelo prefeito, estava fora daquela lista o funcionalismo da saúde  que na justificativa do prefeito não havia repasse do governo federal  para execução.

Agora foi a informação divulgada em rede social pelo ex-candidato a prefeito, o advogado Milton Eduardo, na noite de ontem,28, chama a atenção para outra informação que não fora divulgada à justiça:  a lista de todos os servidores enviada pela secretaria de Finanças não constava os comissionados (foto abaixo). Na postagem, Eduardo afirmou que "em despacho fundamentado nos autos do processo 201679001168, o MM Juiz de Poço Verde determina que o atual Prefeito de Poço Verde cumpra a decisão de pagar aos servidores comissionados e ainda mais: determina que prestem informações verdadeiras, haja vista que houve uma tentativa de burlar a verdade, ao prestarem informações falsas e inverídicas. Escolher a quem paga nunca foi uma atitude tão legal. Espero que a equipe de marketing do prefeito, tão bem selecionada pelo visto, explique referida atitude".

Despacho - Abaixo do post, uma imagem assegurava o final do despacho do juiz da comarca local: "A despeito do município demandado haver afirmado não ter localizado débito em atraso com servidores comissionados e contratados (documento de p.830), as manifestações anteriores do próprio ente federado (p.182) e os empenhos avistáveis no portal da transparência (cujos excertos foram colecionados pelo Ministério Público, p.836/861) revelam a incorreção daquela notícia. Assim, antes de apreciar o pedido de designação de audiência de conciliação nos moldes vindicados pelo demandado, determino a intimação do Município de Poço Verde para que, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, honre o calendário já proposto nos autos, em relação aos servidores comissionados e contratados, cujo atraso nos vencimentos remontam a fevereiro/2016, formalizando moldes de pagamentos semelhantes àqueles feitos em relação aos servidores efetivos, sob pena de novo bloqueio nas contas municipais. Cumpra-se com urgência. (...)".

Indagado sobre o post, o advogado Milton disse à CNNPV que  "não era advogado de Thiago Dória. Fiz a postagem para exercer meu papel de oposição e por achar que a tal transparência alegada pela equipe do atual prefeito em nada condiz com a  realidade, ou mesmo essa transparência seja "para alguns. O atual prefeito tentou ludibriar o dispositivo judicial disse, informações totalmente inverídicas. Vejamos que os cidadãos que exerceram a função de cargo comissionado e contratado na antiga gestão ficaram na `corda bamba`, sem nenhum agasalho quando o atual prefeito disse que não existia débitos em seus favores, sendo que, de logo, essa informação foi contratidada pelo MP. Independente de qualquer argumento da oposição duas premissas são verdadeiras: Uma é que o o dinheiro ficou na conta; duas, é que existe débito em favor dos comissionados e dos contratados. Se a administração tem o sinônimo de "a volta do povo" em favor de qual povo volta a atual administração?". Lembrando, após o resultado das eleições de outubro último, Milton afirmou que não deixaria Poço Verde e estaria atento aos passos do atual governo. E mais, sempre que se fizesse necessário, ele faria intervenções políticas com esse objetivo.

A respeito da denúncia, o prefeito afirmou que ainda não fora intimado pela justiça e atacou:

"Ainda não fomos intimados dessa decisão. Que na verdade é muito estranha: quer dizer que o ex-prefeito Thiago Dória passou 10 meses sem pagar os seus cargos comissionados, com uma folha extremamente inchada, e a nova gestão, que tem apenas 29 dias é quem deve pagar?. O ex-prefeito tem que explicar porque priorizou pagar R$ 203 mil reais ao cantor T. S. (abreviamos porque não temos o contato do cantor) no dia 21/12/2016, sem ter ao menos uma festa no município no período. O ex-prefeito tem que explicar porque pagou mais de 300 mil reais ao posto de combustível, entre os dias 21 a 29 de dezembro/2016, sem ter ao menos 1 carro pequeno na ativa. Precisa explicar um desvio da conta do FUNDEB para a conta do PAR de mais de R$ 295 mil reais, estranhamente pagando a Mercedes Benz com recursos do Fundeb".

Iggor ainda acrescentou que " todas as verbas que entraram fruto da repatriação foram utilizadas para o pagamento dos Servidores Públicos Efetivas, o que ainda, só deu para pagar 80% a todos os servidores. Toda documentação já foi entregue ao Ministério Publico, e ainda essa semana, será entregue na Polícia Federal. "Já encontramos mais problemas gravíssimos, que poderá complicar ainda mais a vida do ex-gestor".

Todo fim de ano, a gente faz previsões políticas na conta pessoal no twitter. A respeito deste ano, quatro delas podemos contar aqui: 2017 será um bom ano para Poço Verde, mas não para o prefeito municipal e o presidente da Câmara. Numerologicamente falando, a dupla terá muitos problemas ao longo de 2017, desafios estes que se transformarão num carma a ser enfrentado até o final de 2018. A terceira é que três dos novos vereadores também passarão por maus bocados. (Os nomes também foram citados lá no twitter). E a quarta, é que no primeiro trimestre do ano, Iggor anunciaria algo incomum: e já o fez - a casa das irmãs será o Memorial Municipal.

Parece que novos deslizes ainda estão por vir. É recomendável maior prudência do governo local para não incorrer em maiores erros.