260 MIL BRASILEIROS SABEM QUE TÊM HIV, MAS NÃO SE CUIDAM
DEZEMBRO VERMELHO - De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente 827.000
pessoas vivam com HIV/aids no país. Destas, 372.000 (45%) pessoas que
ainda não estão em tratamento. O novo boletim epidemiológico da doença,
divulgado nesta quarta-feira, mostrou ainda que 260.000 pessoas que não
estão em tratamento já sabem que estão infectadas. Já as outras 112.000, vivem
com HIV sem saber.
“O principal objetivo do Ministério da Saúde hoje é cobrir o
gap de 372.000 pessoas que ainda não estão em tratamento”, disse Adele
Benzaken, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Para o
ministro da Saúde Ricardo Barros, “é importante fazer um apelo para que as
pessoas façam a testagem para que não passem esse vírus para a frente”.
Aumento entre jovens
Embora afirme que a epidemia no Brasil está estabilizada, com
taxa de detecção em torno de 19,1 casos, a cada 100.000. Houve um aumento
de casos princialmente entre populações vulneráveis e nos mais
jovens. Entre pessoas com idade de 20 a 24 anos, a taxa de detecção
subiu de 16,2 casos por 100.000 habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015.
Segundo o ministério, dois motivos explicam a vulnerabilidade dos jovens:
menor inserção nos serviços de saúde e menor adesão ao tratamento. Mas, outra
razão, segundo o infectologista Artur Timerman, é o aumento de um
comportamento sexual ‘liberal’ associado à falta do uso de preservativo.
”O jovem muitas vezes nega sua condição sorológica. Para ele
é mais complicado aceitar do que para uma pessoa acima de 50 anos.”, afirmou
Adele.
Ainda segundo o boletim, casos de aids em mulheres tem
apresentado queda em todas as faixas etárias, mas em especial, na de 25 a 29
anos. Por outro lado, a infecção tem crescido entre homens jovens de todas as
faixas etárias. Em 2006, a razão entre os sexos era um caso mulher para
cada 1,2 casos homem. Em 2015, é um caso mulher para cada três casos
homens.
“Os jovens de modo geral não frequentam o serviço de saúde e
possuem taxa de cobertura vacinal pequena”, complementou Barros.
Diagnóstico e tratamento
O levatamento mostrou tambpem uma queda de 42,3% na
mortalidade pela doença nos últimos 20 anos. A taxa caiu de 9,7 óbitos por
100.000 habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100.000 habitantes em
2015. O incentivo ao diagnóstico e ao tratamento precoce, antes do
aparecimento dos primeiros sintomas, refletiram na redução dessas mortes.
Desde a implantação do tratamento para todos, em 2013, o
número de pessoas infectadas e tratadas subiu 38%. De janeiro a outubro de
2016, 34.000 novas pessoas com HIV e aids entraram em tratamento pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). Na meta referente à redução da carga viral, o Brasil
passou de 75%, em 2012, para 90% em 2015, ou 410.000 pessoas.
Em relação ao diagnóstico da doença, o Brasil passou de 80%,
em 2012, para 87%, em 2015, o que equivale a 715.000 pessoas.
Somente em 2015, foram realizados 8,5 milhões de testes de
HIV no país.
Transmissão vertical
A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos caiu 36%
nos últimos 6 anos, passando de 3,9 casos por 100.000 habitantes. O ministério
anunciou ainda que instituirá, com os estados, um selo de Certificação da
Eliminação da Transmissão Vertical de HIV no Brasil. A certificação será
concedida tendo como base os critérios já estabelecidos pela Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas), como a detecção de aids em menores de 5
anos igual ou inferior a 0,3 casos para cada mil crianças nascidas vivas.
Fonte:vejasaude
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260 MIL BRASILEIROS SABEM QUE TÊM HIV, MAS NÃO SE CUIDAM
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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20:13
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