O FECHAMENTO DAS MATERNIDADES DEVE PIORAR O PROBLEMA DA SAÚDE EM P.V.

Três áreas devem entrar na pauta contra a campanha eleitoral do atual prefeito. Uma deles é a saúde: mesmo com o ensaio de mudanças repentinas com a posse do novo secretário, parece que o remédio vem mostrando que trata-se apenas de um placebo. Com uma enxurrada de críticas frente ao atendimento médico na clínica da saúde pipocando numa rede social bem como a funcionalidade da pasta pela região (postos há mais de 3 anos sem conclusão), o governo Dória deve enfrentar outro grande problema recorrente em todo o estado - o fechamento das maternidades.

Há anos, por falta de estrutura operacional e financeira, o atendimento  deixou de ser feito em Poço Verde estendendo a realização de partos para outras localidades como Lagarto ou Itabaiana. Quem tinha condição financeira de fazer o parto numa clínica particular, seguia para Paripiranga/Ba bem como outras cidades vizinhas. Do contrário, a gestante tinha de ser encaminhada para outro hospital da rede pública ou contar com a sorte para realizar o parto emergencial por aqui mesmo, a exemplo de uma parturiente que teve suas fotos privadas divulgadas como prêmio da secretaria pela façanha de realizar um parto em Poço Verde. Ação louvável! Uma pena que o feito só aconteça por conveniência.

Para piorar ainda mais a situação, outras maternidades estão sendo fechadas por falta de condição de trabalho e de recursos. Some aquelas já citadas, a maternidade Sta. Lúcia, Hildete Falcão; e agora a maternidade Santa Isabel, em Aracaju, a qual suspendeu o serviço. Sem atender dezenas de gestantes espalhadas pelo interior, o governo do estado e o municipal têm pela frente um grande desafio pois esse descaso pode acarretar sérios riscos à saúde pública. A logística por trás do encaminhamento das novas parturientes é essencial. Sem o acompanhamento constante para definir qual maternidade atenderá uma emergência, o risco à vida do bebê e da mãe põem em cheque também à vida política de prefeitos espalhados em todo o estado.

Se a preocupação do momento é com o Zika vírus, a febre chikungunya e a dengue, a assistência obstetrícia urge providências pois o caos deve se instalar num curto espaço de tempo. Assim como a gestante deve atentar para a prevenção ao longo da gestação contra o mosquito e outros intempéries, ela deve fazer o mesmo para que o vetor não infecte o bebê até os três anos. Por outro lado, nesse tempo em que cada mãe vive o drama de lutar pela vida do seu filho, o Estado e  o município têm por obrigação evitar que tantos transtornos não sejam referência de uma saúde desgastada. Um estado e um município sem vida, não tem doença pior!(foto ilustrativa)