ESTUDANTES RECLAMAM DA ESTRUTURA DO CEPJO

Se não bastasse a falta de professores que já tornou-se uma normativa na escola e fonte de preocupação da equipe diretiva a cada ano, os alunos reclamam agora da falta de infraestrutura e de merenda no Colégio Estadual Prof. João de Oliveira. "Nós alunos do CEPJO , estamos reivindicando melhorias pois há falta de lanche na hora do intervalo e além disso os ventiladores estão em péssimas condições, poucos funcionam e os que funcionam fazem um barulho terrível. Cadê o governo do estado ... Ministério Público ? Não dá para estudar no calor e ainda por cima com fome!', reclama a aluna Valéria em rede social.

"É muito descaso para com a gente, alunos da rede pública. Com todo esse calor, no colégio existem salas em que os ventiladores mal funcionam, sem contar a falta de lanche no intervalo (nem todos possuem condições de levar dinheiro todos os dias para comprar lanche do lado de fora). Não estamos querendo muita coisa, queremos apenas que o Governo Estadual e o Ministério Público tomem as devidas providências e acabem com esse descaso. Afinal, nós que somos o futuro do Brasil!", reafirma Gabriel, concludente.

A reclamação dos alunos é bem-vinda numa unidade da rede estadual que há 6 anos é a número 1 da região centro-sul do estado. A diretora Ina Valéria esteve recentemente com o secretário de Educação, Jorge Carvalho, e ouviu dele promessas de que melhorias estariam chegando; diga-se de passagem: o boletim eletrônico - tipo de ponto para controlar professores e alunos. Melhoria mesmo falta muito para alcançar apesar da investida do MP no início do ano: sem pessoal para realizar a merenda no turno matutino, por exemplo, a secretaria preferiu enviar apenas suco em caixa e biscoito. À tarde, mesmo com pessoal, volta e meia a preguiça de alguns deles em fazer a merenda para os alunos resume apenas em entregar o lanche pronto - algo que deveria ser para o turno da manhã já que não tem merendeira. Todos os turnos são merecedores duma merenda de qualidade. No entanto, um turno vai sendo prejudicado pelo outro a depender do uso que se faz dos produtos enviados pelo governo. Diga-se de passagem que o departamento de Merenda escolar do governo vez por outra envia muitos produtos, porém algumas vezes são obrigados a voltar por que não há espaço para armazenamento na escola.

Sem aquela merenda preparada para servir ao aluno pela manhã, muitas vezes, equipe de apoio e diretora têm de fazer o lanche para não aumentar o desperdício. Sim, sacos de verduras e frutas já foram flagrados apodrecendo por falta de uso regular. Outro item que também está desde janeiro do ano passado aguardando liberação do governo são centenas de tablets. Empilhados na secretaria, até agora não chegou ao maior interessado: o aluno. Alguns deles poderiam indagar: "para quê? Se não tem sinal de internet!"

Bem, como se vê, aqueles problemas continuam a amargar a vida do CEPJO. Some ainda aquele que já se perpetuou na unidade como acontece em boa parte das escolas em todo o país: a perda de aula por parte de poucos professores. Geralmente, a enrolação começava a partir de agosto. Em 2015, a sangria já dá as caras no primeiro mês do ano letivo. Nem adianta mais comentar, já virou um hábito que não tem traz nenhuma consequência ruim para quem cabula. E o pior, a praga está enraizando em alguns novatos. Afinal de contas, nada acontece mesmo.

+ NEWS:

+ Ainda tratando sobre infraestrutura de escolas, o alunado da EM Porfírio V. da Silva, localizada no Saco do Camisa, finalmente pode fazer uso do laboratório de informática. A espera completaria 8 anos. Agora, com sinal de internet e devidamente instalados, os computadores estão tendo alguma funcionalidade. Outras colegas da rede municipal ainda padecem do mesmo problema.