DOCUMENTÁRIO SOBRE P.VERDE ESTREIA NO ANIVERSÁRIO DA CIDADE

O documentário “Poço Verde: A Terra das Algarobeiras”, de Baruc Carvalho Martins, estreia no próximo dia 25, às 19 horas, em comemoração aos 61 anos de emancipação política da cidade, no Colégio Estadual Professor João de Oliveira (CEPJO). A exibição será gratuita e integra a programação da Feira Literária e de Artes de Poço Verde (Flap), marcando a consolidação do primeiro registro fílmico do município, afastado a 145 quilômetros de Aracaju.

Um músico quase surdo, um compositor analfabeto, uma freira de sorriso pro mundo, uma travesti que não se rende a estereótipos. As pessoas simples, comuns, são a fonte para o documentário que busca contar a história da cidade a partir da memória coletiva de nove personagens. “Quis trabalhar um conceito que investiga a desimportância da vida, revisitando o que li do Manoel de Barros, que recentemente nos deixou, e da presença poética e estética do Eduardo Coutinho, para fazer com que as pessoas percebam na grandeza simples desses personagens relações diretas com o seu mundo”, revela Baruc.

Com direção de fotografia e de arte de Gustavo Marques e produção de Raul Marx, o documentário percorreu três povoados, de municípios entre Bahia e Sergipe, e cruzou Poço Verde, capturando dez horas de imagens com cantorias, histórias e um modo de viver particular. “O documentário está leve, refrescante. Acho que as pessoas vão se identificar porque é uma proposta que não tem medo dos rótulos”, diz Gustavo.

A ideia para fazer o filme partiu da necessidade de se ter um registro audiovisual sobre a cidade. “Sou poço-verdense e via que a gente não tinha aqui nada para guardar enquanto registro histórico de imagens. Nem mesmo fotografias. Está tudo muito disperso, perdido. Então, lembrei de alguns entrevistados de uma série de entrevistas que fiz para a rádio local e tive um insight: ‘Isso dá um filme!’ Pronto. Foi a deixa para procurar outras histórias e montar uma narrativa consistente e, acredito que, honesta”, conta Baruc.  

Segundo o diretor, o documentário foi feito com poucos recursos, mas a receptividade do mercado local foi bastante positiva. “Não chega a três mil reais os custos totais do filme. Isso, para qualquer cineasta que quer desenvolver um produto de alta qualidade, é impensável. Mas fizemos. Compramos esse risco e, acredito, que o resultado ficou muito bom. Mas sem esses três mil o projeto nem teria sido desenvolvido. Ildo [Costa] – um dos patrocinadores – foi fundamental. Foi ele quem conseguiu armar a rede para que a gente pudesse se jogar no mar. E, claro, meu sempre parceiro Gustavo que pagou esse preço sem dó. Ele sabe que está recebendo pouco, mas o esforço compensa”, acredita Baruc.

A estreia vai acontecer no CEPJO, às 19 horas, próximo à praça da Santa Cruz. O evento será aberto para exibição do público. E, logo após a estreia, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) encerrará a feira em palco montado na avenida Capitão José Narciso. fonte:ascom

SERVIÇO

O quê? Estreia de documentário sobre Poço Verde.

Quando? Dia 25 de novembro.

Onde? No CEPJO.

Que horas? Às 19 horas.

INFORMAÇÕES SOBRE O FILME

Título: Poço Verde – A Terra das Algarobeiras

Diretor e roteirista: Baruc Carvalho Martins

Diretor de fotografia e arte: Gustavo Marques

Produção: Raul Marx