11 DICAS PARA SE EVITAR UM DERRAME
1.
CONTROLAR A HIPERTENSÃO - A
hipertensão é a principal desencadeadora do AVC, isquêmico ou hemorrágico. Ela
pode causar lesões nas paredes internas das artérias, tornando-as menos
elásticas e mais predispostas a entupimento e endurecimento. "O tratamento
da hipertensão, feito por meio de medicamentos, dieta e prática de atividade
física, diminui em 90% o risco de um derrame em hipertensos", afirma
Adriana Conforto, neurologista chefe do Grupo de Doenças Cerebrovasculares do
Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo ela, um estudo feito no Hospital
das Clínicas de São Paulo mostrou que 80,5% dos pacientes admitidos por AVC
isquêmico no pronto-socorro apresentavam antecedente de hipertensão arterial.
2. EXERCITAR-SE - A
prática de atividades físicas pode ajudar no controle do peso, na saúde do
coração e na redução do risco de diabetes, hipertensão arterial e formação de
coágulos sanguíneos — condições que podem levar ao derrame. Assim, exercitar-se
melhora diversos fatores que aumentam o risco de AVC.
3.
MONITORAR O PESO - A
obesidade e o sobrepeso podem desencadear hipertensão e diabetes, fatores de
risco do AVC. "Quem está acima do peso tem maior probabilidade de sofrer
um derrame", diz Antonio Cezar Galvão, neurologista do Centro de Dor
e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. O cálculo do
índice de massa corpórea (IMC), medida que relaciona altura, peso e nível de
gordura, ajuda a determinar se o indivíduo está com o peso ideal.
4. REDUZIR O
COLESTEROL - Altos níveis de LDL (conhecido como colesterol "ruim")
no sangue favorecem a aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas
de gordura nas paredes das artérias. A doença estreita e enrijece esses vasos e
dificulta o fluxo sanguíneo. A lesão na parede das artérias pode, ainda, levar
à formação de coágulos e, logo, ao AVC isquêmico. Uma dieta saudável e pobre em
gorduras saturadas e trans ajuda a proteger a saúde cardiovascular.
5. TRATAR O DIABETES
- O diabetes é o segundo principal fator de risco do AVC, por piorar a
hipertensão arterial e contribuir na formação da aterosclerose. "O
diabetes enrijece a parede arterial, que favorece o acúmulo de gordura no vaso,
aumenta os níveis de insulina no sangue e altera o sistema circulatório e
metabólico", diz Caio Focássio, cirurgião vascular da Santa Casa de São
Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Esse
cenário facilita o surgimento de coágulos, que podem chegar ao cérebro,
obstruir uma artéria e, assim, levar ao AVC isquêmico.
6. SEGUIR UMA DIETA
BALANCEADA - Alimentar-se bem é crucial para controlar o peso, a hipertensão, o
diabetes e o colesterol. De acordo com Adriana Conforto, os três principais
mandamentos de uma dieta anti-AVC são ingerir sal moderadamente (isto é, consumir
no máximo 3 colheres [café] rasas por dia), comer oito a dez porções de frutas,
verduras e legumes diariamente e, por fim, manter distância de alimentos
gordurosos, principalmente aqueles com altos níveis de gorduras saturadas —
como frituras e manteiga.
7.
TER UMA GRAVIDEZ SAUDÁVEL - A
pré-eclâmpsia, doença que atinge entre 6 e 10% das gestantes, aumenta a pressão
arterial e causa uma perda de proteínas pela urina na fase final da gravidez.
Segundo a Associação Americana do Coração, mulheres com pré-eclâmpsia têm duas
vezes mais probabilidade de sofrer um derrame — condição que, por sua vez,
atinge três em cada 10 000 grávidas. A recomendação geral é que mulheres
enquadradas no grupo de risco (aquelas com hipertensão crônica, diabetes e
obesidade, por exemplo) tomem doses baixas de aspirina a partir do segundo
trimestre de gestação. O médico decidirá o melhor para cada caso.
8.
MANTER A SAÚDE CARDÍACA EM DIA - Doenças cardíacas podem formar coágulos no sangue e levar ao AVC
isquêmico. São exemplos de moléstias relacionadas ao derrame a fibrilação
atrial crônica, que é quando o coração bate num ritmo anormal e irregular, e a
trombose coronariana, na qual uma artéria é bloqueada por um coágulo. A
fibrilação atrial costuma ser controlada com medicamentos anticoagulantes e a
trombose coronariana, popularmente conhecida como infarto do miocárdio, com
antiagregantes. "Sobreviventes de um infarto do miocárdio podem ter mais
placas de gordura pelo corpo, que levam aos coágulos. Esses trombos podem
causar tanto um novo infarto, quanto um AVC. A diferença entre os dois é a
localização da obstrução arterial", explica Álvaro Pentagna, neurologista
do hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.
9.
NÃO FUMAR - Substâncias
presentes no cigarro, como a nicotina, favorecem a degradação da parede
arterial e, por isso, a formação de placas de gordura aderidas nos vasos.
"Além disso, o cigarro tem componentes que promovem a coagulação,
facilitando a formação de trombos e, consequentemente, do derrame",
explica o cirurgião vascular Caio Focássio.
10. BEBER ÁLCOOL COM MODERAÇÃO - O
consumo exagerado de álcool faz com que o organismo desenvolva distúrbios de
coagulação, como a aterosclerose, atrapalhando a circulação sanguínea.
"Beber muito álcool favorece hipertensão arterial, doenças
cardiovasculares e transtornos metabólicos que comprometem a circulação
sanguínea cerebral, predispondo ao AVC", diz a médica Elizabeth Batista,
coordenadora de neurologia do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. A
neurologista Adriana Conforto recomenda a dose máxima de álcool diária de 30
gramas para o homem (equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho
de 150 ml ou duas doses de uísque de 50ml) e 15 gramas para a mulher (metade
dessas doses).
11. FICAR ATENTA À COMBINAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAL E
ENXAQUECA COM AURA - O estrogênio, hormônio presente na pílula, estimula a
formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos. Apenas o uso do
anticoncepcional, porém, não eleva significativamente o risco do derrame.
"Quando a mulher já tem um histórico de enxaquecas com aura, aquela que
prejudica a visão nas crises, e toma anticoncepcional, precisa ficar atenta ao
risco de AVC. Essas duas situações elevam a probabilidade de formação de
coágulos", explica o neurologista Álvaro Pentagna.fonte: vejasaúde
11 DICAS PARA SE EVITAR UM DERRAME
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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11:25
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