TRÂNSITO: DO CAOS À EDUCAÇÃO!

No último sábado (14), a CNNPV havia notado o caos que se encontra no perímetro do CECAF durante a feira. Barreiras foram retiradas há algum tempo. Motos, carros e pedestres têm de brigar por um lugar  no desorganizado trânsito local. O fato também foi notícia na Câmara Legislativa esta semana. O vereador Gilson Rosário, por exemplo, tem feito críticas à ação dos agentes do DMTT - Departamento Municipal de Trânsito. Para Rosário, "aprovamos a lei para que existisse o concurso. Não votamos para que eles vestissem a farda e ficassem passeando na prefeitura!".

Essa não foi a única oportunidade que ele, alguns vereadores e a sociedade deram uma alfinetada no trabalho dos agentes de trânsito. E elas têm-se acumulado desde o início deste ano. 

Histórico - Primeiro foi o embate entre Ministério Público, Executivo e Legislativo para aprovação e criação às pressas de um departamento de trânsito no município. Depois vieram a pressão para criar concurso público, a convocação dos aprovados e, conseguinte, o excelente trabalho educativo que o grupo promoveu por um bom tempo. O problema é que os agentes pararam o trabalho desenvolvido com a justificativa de que não poderiam fazê-lo já que não estavam regulamentos pelo órgão federal ou estadual responsável deixando a educação de lado e instaurando um caos no trânsito. Erraram feio e agora querem repetir a façanha a partir de outubro!! 

Ainda não lembramos da celeuma gerada pela obrigação do uso do capacete por motociclistas. Ela gerou discussão, mas foi um mal importante para uma região que amargava um número crescente de acidentes e morte fatal. Veio então a campanha eleitoral e a interferência política sobre o uso do equipamento foi tornando-se motivo de piada para quem insistia em usá-lo no dia a dia.

A novidade agora é que o DMTT já está inserido no sistema Nacional de Trânsito e seus funcionários podem encaminhar qualquer infração para ser autuada. Logo, o alerta foi dado: a partir do dia 01 de outubro todos os agentes voltarão ao batente mesmo faltando condições de trabalho como sinais, placas etc em algumas ruas da cidade. A culpa foi colocada no povo que não tem educação ao trafegar; que permite crianças e adolescentes conduzirem veículos e motocicletas ou serem conduzidos pelos pais;  e no governo que ainda precisa garantir material de trabalho. 

Críticas à parte, ficam perguntas: de quem é realmente a culpa? Será que o usuário terá o mesmo comportamento de outrora descrito por alguns dos agentes à época: a de esnobar um ou outro conselho sabendo que nada ocorrerá de fato? Por que não continuaram o trabalho educativo marcando presença nas ruas e assim imprimindo uma imagem de constante fiscalização sem necessariamente fazê-lo? Ou os agentes começam a atuar verdadeiramente e a cumprir com o papel ao qual foram instituídos ou perderão a credibilidade tamanha descrença deixada pelo "descaso" dos últimos meses. Tomara que o novo trabalho tenha sucesso!