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TRAGÉDIA COMO A DE SANTA MARIA PODE CHEGAR ATÉ NÓS!


Há algum tempo havia pensando em alertar nossos internautas acerca de problemas de segurança em vários eventos no município. Contudo, a cada investida vinha o receio de que seria taxado de "desagradável", "chato" e até "fatalista" ao relatar casos que poderiam arcar prejuízos maiores para os realizadores naquele ínterim. Agora que não há nenhum à vista e em meio a exaustiva repercussão nos meios de comunicação sobre a tragédia envolvendo 235 mortos na cidade de Santa Maria/RS, alerto para o fato de que: Sim! risco de ocorrer uma tragédia em menor grau como o de Santa Maria em Poço Verde é impendente.
 Pois bem, risco como aquele ou em outra proporção pode ocorrer em qualquer lugar inclusive em Poço Verde, onde comumente nos preocupamos mais com o cenário, a banda boa e a quantidade de pessoas que possam estar presentes ao evento e por fim, a segurança como em qualquer outra localidade sem uma fiscalização atuante.
Aqui não há casas de shows (não temos público suficiente para dar um bom lucro todo fim de semana); e clubes foram varridos do mapa pelo mesmo problema. Entretanto, há festas no interior e na cidade que merecem a devida atenção de todos pois há sim risco de possíveis tragédias no futuro (não precisa de dezenas de vítimas. Uma já é o suficiente para desencadear culpabilidade em todos os setores após a ocorrência). 
Muitas festas nos povoados são organizadas em galpões ou bares com apenas um forma de acesso (raramente, duas). Em boa parte, o público fica enfurnado sem janelas de ventilação. Afora o calor intenso durante o evento, há o risco de um curto-circuito naquele emaranhado de fios pelo chão às escuras podendo desencadear correria, pisoteamento e empurra-empurra como ocorreu numa quadra esportiva no povoado Saco do Camisa.  A quadra é revestida de grade apropriada ao treino esportivo. Há apenas uma porta pequena que serve  de entrada e saída das pessoas. Durante a festa, todo aquele cenário de ferro é forrado com lona fina e escura nas laterais para garantir "privacidade" a quem está dentro do evento. Além disso há a  preocupação dos moradores de que no uso de gambiarras improvisadas vez por outra disparam choque elétrico na grade em determinadas áreas da quadra. Numa festa em 2012, por exemplo, uma briga causou furor no público que não viu alternativa alguma senão passar imprensado pela única porta. Não ocorreu algo de mais grave por que a luta não durou muito tempo e os envolvidos não saíram pelo interior atraindo mais gente para o conflito. Se assim o fizesse provavelmente, clientes teriam sido pisoteados, enfim!
 Outro exemplo é a organização de festa sobre a laje de uma residência ou garagem. Lá, esse fato é recorrente tal qual em Poço Verde durante o maior evento do ano como o Poço Verde Fest (foto). O risco de desabamento é grande porque o segundo piso nem sempre foi construído para aquele fim. Dezenas de pessoas pulando e dançando podem sim causar danos à estrutura a curto ou longo prazo ocasionando num desastre e matando pessoas no primeiro piso (a nomenclatura difere em algumas cidades e países). E mais: sem grade ou parede de proteção, pessoas podem cair movidas por um descuido ou pela ingestão de bebida alcóolica. 
Em Poço Verde, é comum o uso desse tipo de evento particular na forma de camarote pago ou familiar em que amigos e convidados aproveitam a festa juntos. Novamente, o risco de abalar a estrutura é iminente salvo prédios projetados por engenheiros competentes.
Se uma estrutura menor corre esse risco imaginem então um palco. Numa festa junina recente com uma atração de renome nacional, fiz a cobertura e asseguro: a equipe de segurança insistia a todo momento para  evitar que mais pessoas subissem aproveitando a leva de políticos e convidados para as boas-vindas no palco da festa. E a pedido político, mais e mais subiam com a justificativa de fazer parte da comitiva. Naquele instante, o receio de desabar toda aquela estrutura era enorme mas também a oportunidade de flagrar tudo aquilo - algo sem precedentes. Ora, há casos que as pessoas envolvidas fazem o alerta, mas não são ouvidas. Se tivesse ocorrido algum desastre, provavelmente seriam os primeiros a ser linchados em público - segurança, o contratante do palco etc.
Casos de cabos de energia como na lateral da AABB local (muitos afirmam não causar nenhum dano); boates em local ermo…tudo a partir de agora deve ser avaliado por você quando estiver em jogo a sua vida e a de outrem. Esperar que as autoridades façam tudo não é recomendável. A partir de agora, boa parte do poder público estará ciente do seu papel. E se num futuro próximo nada do que foi aprendido com a tragédia de Santa Maria for tirado como lição, exija delas e dos organizadores maior atenção na realização de qualquer evento. Afinal, são em situações que a gente menos espera que o trágico pode ocorrer! Lembre-se bem disso!

TRAGÉDIA COMO A DE SANTA MARIA PODE CHEGAR ATÉ NÓS! Reviewed by Jorge Schalgter Leal on 21:57 Rating: 5

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