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OS DESAFIOS DE THIAGO DÓRIA


1. GOVERNABILIDADE 10 X 0 FISIOLOGISMO -  Thiago terá um desafio nada animador pela frente: governar sem a velha prática do fisiologismo - algo que o antecessor não ouviu o recado a cada início de mandato e sofreu com uma máquina inchada para agradar a claque e o eleitorado. Resultado: irritação de funcionário, contratado, e comissionado com o atraso no pagamento de salários;  precariedade na prestação de serviços e encargos jurídicos com os devedores impossibilitando ainda mais o cumprimento das metas e ações de governo. 
A mania de políticos em optar pelo agrado em torno dos cargos e demonstrar um crescimento no emprego em detrimento da governabilidade (mais técnica, eficaz e centrada no enxugamento da máquina administrativa) em meio a uma economia brasileira pujante mas em franca redução em investimentos federais só piorou ao longo dos últimos anos. Some ainda a questão climática: mesmo convivendo com a problemática há décadas, a seca tem se intensificado no último biênio apertando mais ainda o cinto frente a uma gordura financeira que não para de comprometer as finanças. 
E mais: deve-se tomar cuidado com certos aliados na Câmara. Um ou outro já demonstrou ser volúvel o bastante para mudar de lado quando as expectativas não são atendidas. Thiago demonstrou em entrevista recente que vai adotar uma prática de regime nos gastos. É louvável sua atitude. Tomara que consiga a contento, mas as velhas raposas estarão sempre presentes para levar a cabo a máxima de que o poder modifica as pessoas.

2. OFERTAR UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE - Os ganhos do último governo Dória foram significativos se comparados a décadas de mini salários, descaso com a classe, desmandos e submissão frente à pasta. Isso mudou em boa parte: veio a gestão democrática que precisa ser reavaliada em um congresso prometido e não realizado (pondo definitivamente no papel as regras para não haver mudanças eleitorais apenas para agradar a administração vigente bem como outras diretrizes em prol de uma educação de qualidade) e as vitórias no Soletrando (para nós é uma vitória pessoal do aluno estudioso tal qual os aprovados no vestibular se comparado com o CEPJO uma vez que o ensino/aprendizagem peca e muito) . Contudo, Thiago tem um desafio maior: descentralizar a secretaria de Educação e cultura a fim de garantir que a merenda, o transporte escolar, os cursos de especialização, da visita periódica dos supervisores às escolas etc não fiquem à mercê da burocracia da administração; fomentar a instalação de bibliotecas e salas de informática que foram empurradas com a barriga para nova administração. 
De imediato, uma das maiores bandeiras de campanha já foi quebrada: dizer agora que não sabia da opinião do sindicato a respeito da eleição para escolha do secretario municipal de Educação é rir da ignorância alheia. A jogada de marketing (fruto de outra máxima política em inventar promessas) tendo à frente os ideais de um sindicalista (articulador de campanha e hoje secretário) deu certo; menos acreditar que a dupla não sabia desde o início do projeto. Como a CNNPV já havia dado o recado há 8 anos, vale a pena repetir: para dar certo a secretaria tem de usar 5 verbos modificadores: Capacitar regularmente os professores; Garantir merenda, transporte e material de qualidade; Cobrar resultados e metas dos gestores; premiar os melhores desempenhos (meritocracia).

3. SEGURANÇA - Foi tema principal durante toda campanha eleitoral. Thiago terá um desafio e tanto quando o problema é um trabalho e obrigação do governo estadual, porém o município não pode se eximir da culpa. Antônio Dória bem que cobrou do Estado; anunciou aos quatro cantos que teríamos um batalhão da polícia militar e no entanto, Poço Verde vem há anos subindo no ranking da criminalidade. É preciso buscar alternativas e juntar-se ao Ministério Público para dar um basta na desfaçatez do governo Déda em relação ao quesito. É talvez o pior dos desafios pois a lei é frouxa e carece de mudanças na capital federal.

4. MÉDICOS SAUDÁVEIS - Não é de hoje que um dos maiores gargalos da administração poçoverdense é a área da saúde. Já se foram médico, profissionais do ramo tomando as rédeas da pasta e do governo, mas o problema insiste em manchar a obra de qualquer gestor: o atendimento à população. O último foi o flagrante no povoado Tabuleirinho de um médico atendendo numa calçada porque o posto de saúde estava fechado por falta de limpeza. Some ainda um outro fator preocupante: falta de médicos para trabalhar neste lado de cá de Sergipe. 
Mesmo tendo um colegiado de prontidão para atender o povo por meio de um programa familiar, a angústia é recorrente: uma parte deles atende mal e muito mal o paciente (sequer olha e avalia apressadamente o doente) ao contrário dos funcionários que não padecem da doença. Apesar de atraso no pagamento, são mais atenciosos. Cabe a secretaria exigir o cumprimento do horário de chegada dos médicos; cobrar um atendimento de qualidade; vigiar os maus profissionais para evitar erros caros para saúde local e publicidade barata para o município.

5. SER DIPLOMATA E TRANSPARENTE - No primeiro mandato do governo Dória, a CNNPV elencou várias sugestões para Poço Verde dar certo. A última delas sugeria a divulgação dos trabalhos da administração bem como a transparência das informações e gastos. A primeira delas foi ouvida e realizada com esmero pela assessoria de comunicação como o passar do tempo, porém a transparência das informações caia por terra quando uma crítica era feita à administração: o canal de comunicação era fechado e para checar a informação com rapidez era difícil. Prova disso, ao próprio prefeito atual foi intercedido (numa época quando era secretário e Finanças) para nos conectar à secretaria de obras e enfim receber alguma resposta. Quando há matérias elogiosas para o governo, o contato é fácil. Quando ocorre o contrário, existem inúmeros telefones até chegar à fonte do problema. 
Este desafio parece que não será um problema a longo prazo. Thiago prometeu também em entrevista recente que Poço Verde terá um portal, onde notícias; gastos e recursos serão inteiramente discriminados. Contudo, essa série já passou em outros canais (Câmara e na antiga gestão) e não vingaram. Ficaram no esquecimento depois dos 100 dias ou depois do arrojo tecnocrata de seus idealizadores. Como jornalista formado Thiago deve ser coerente nesse sentido para que o trabalho flua de ambos os lados. O governo municipal tem maioria na câmara, uma rádio e boa parte da sociedade do seu lado. Se não o fiscalizarmos, ele pode cometer erros piores causando constrangimento futuro não só para família quanto para o povo que o elegeu. Tem de ser diplomata com os críticos principalmente quando eles divulgam não só o bom trabalho da administração mas também seus erros.

6. TORNAR FUNCIONAL O RINOCERONTE BRANCO - A CNNPV notou que as obras do governo federal ou estadual são indubitavelmente mais bem acabadas e entregues no prazo (exceto da Praça da Juventude que parou no tempo) do que as nossas. A grande maioria é uma vergonha atrás da outra: lembra do parquinho da Vaquejada (sumiu meses depois); das praças do povoado Rio Real, da cidade (não adianta citar aquela perto do Bonfim, foi o Estado. A diferença é gritante com a recém criada ao lado da Santa Cruz); a reforma das escolas (um afronta à engenharia: quadros topando no teto da sala; tesoura mal colocadas pondo em risca à vida estudantil, pisos, instalação elétrica e hidráulica por fazer; na creche do povoado S.José: portas de cabeça pra baixo ou ao contrário etc..Tudo isso recuperado em parte depois que a gente denunciou! E qual foi o papel da Câmara na fiscalização?!
Agora veio a construção de postos de saúde no período eleitoral : dois deles podem se tornar dois rinocerontes brancos sem função alguma tal qual o do povoado Lagoa do Junco (não funciona até hoje). O IPTU está aí! a população deve cumprir com o pagamento de um imposto que é constitucional e cobrar do novo secretário melhorias nas estradas; eficiência na construção da rede de esgoto bem como da pavimentação de ruas habitadas (e não inabitáveis como o último gestor deu exemplos: perto do ginásio de esportes becos foram pavimentados em detrimento de ruas ali perto onde moram dezenas de famílias; trechos da barragem…tudo para atender a uma claque). E o que dizer da perda de impostos na construção da nova fábrica com a provável troca de cabide empregatício. Que haja lisura nesse processo e que a futura administração evite cometer os mesmos erros a fim de não comprometer ainda mais um ano que tem de tudo para ser de vacas magras.Afinal, saiu de um período eleitoral bastante caro!

7. ACABAR COM AS PRAGAS - Pensou em agricultura, não foi?! sim... Com a praga do uso do agrotóxico na região. O caso é preocupante e um trabalho educativo precisa ser feito com o apoio da secretaria de Educação. Há muito trabalhador usando o produto indiscriminadamente e as consequências para o futuro são enormes. 
Com a praga da falta de investimento que dizimou a cultura: o espaço do barracão cultural em desuso; manifestações musicais foram vaporizadas como o projeto Em cantos; a Lira (rejuvenescida às pressas durante a campanha) etc…
Com a praga das contratações de professores. Muitos deixaram o emprego por que passavam longos meses sem receber.
Com a praga dos lixões: No povoado Rio Real a vergonha é sem precendente para o meio ambiente tal qual no povoado Saco do Camisa onde o lixo fica a alguns metros das casas e o mau cheiro adentra a vizinhança; e o que dizer então da área próximo ao matadouro com sangue correndo a estrada e dezena de cabeças à margem da via.(foto:arquivo campanha 40)
OS DESAFIOS DE THIAGO DÓRIA Reviewed by Jorge Schalgter Leal on 14:16 Rating: 5

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