SAIA DE SUA VISÃO FECHADA OU MORRA ASSASSINADO!

OPINIÃO - Por Baruc Martins. 
  Hoje, 30, houve uma audiência pública no Fórum Municipal com o representante do comando da polícia militar, capitão Araújo, com o representante do ministério público e com o juiz de direito de nossa comarca. Estavam também presentes no auditório candidatos a cargos eletivos, comerciantes e sociedade civil dos mais diferentes segmentos.  O objetivo da audiência era buscar dentro de nossa tão precária realidade meios para agir imediatamente. Ao que foi proposto, só tenho a elogiar a tão brilhante explanação do capitão Araújo sobre de que forma imediata podemos agir. Fiz vários comentários no Facebook argumentando que segurança pública faz parte de um emaranhado que perpassa a educação, saúde,  moradia, cultura, esporte e uma série de áreas que unidas conseguem revelar o cerne do problema. Ou seja, se pudéssemos acabar com a intersecção do problema que cruza essas áreas através de uma ação em todos esses fatores conseguiríamos fundamentalmente reduzir a um número irrisório todas as incidências de crimes e contravenções. Por esses dias, um amigo me perguntou: "por que vocês do Movimento Unidos Pela Paz não priorizam a educação para combater a insegurança? Acredito que esse seja o método mais eficaz." Dito isso, olhei para ele motivado pela belíssima e verdadeira ideologia e respondi: "porque a educação trará resultados a longo prazo. A delegacia está fechada, os policiais civis não fazem investigação e os  militares - apesar do esforço sobre-humano - estão em número e com condições de trabalho insignificantes. É verdade que a educação nivela os nossos problemas por baixo e leva a nossa sociedade para um novo nível de desenvolvimento, mas da forma que Poço Verde se encontra precisamos buscar mecanismos, não somente no quantitativo de policiais, para que as polícias atuem de maneira plena e eficaz, agindo também na prevenção do crime. A necessidade é o agora e não o amanhã."
A realidade que vivenciamos hoje é de puro terror. Se quisermos sair desse precipício é fundamental que deixemos nosso partidarismo bobo de lado e comecemos a pensar como cidadãos conscientes. Estamos em ano eleitoral, o voto é uma arma poderosa e, mesmo sabendo que é dever do Estado a segurança pública, não devemos deixar de cobrar um direito que é constitucionalmente nosso. Está mais do que evidente as limitações de estrutura dos agentes de trânsito que é responsabilidade do governo municipal. Está mais do que evidente a precariedade das instalações da delegacia, dos veículos e do corpo atuante, principalmente da polícia civil que é o braço investigativo do poder policial. Está mais do que evidente o descaso da secretaria de segurança pública, do Tribunal de Justiça de Sergipe e da Assembleia Legislativa. Está mais do que evidente a extrema burocracia de nossas leis que saem do Congresso Nacional pelos representantes que NÓS escolhemos. Está mais do que evidente a nossa preguiça que vendo tantos entraves culpamos os nossos policiais ao invés de registrar o Boletim de Ocorrências para elevar as estatísticas. Sim, pois as estatísticas que chegam ao estado é a de que Poço Verde é uma cidade pacata. Prova disso foram os números de furtos e roubos que o capitão Araújo noticiou hoje. Segundo ele, desde janeiro até agora apenas 4 furtos e 8 roubos foram registrados. Com tanta evidência o que devemos fazer é sair do lugar-comum a que nos acomodamos e partir para reivindicar os nossos direitos fundamentais. O abaixo-assinado  está quase completo com as 4000 assinaturas - cerca de 18% da população de Poço Verde - e tão logo fique pronto será entregue ao governador após fazermos uma audiência com o secretário de segurança pública e depois de sermos ouvidos na Assembleia Legislativa por nossos ilustres deputados estaduais. Ressalte-se que mesmo após essa mobilização em Aracaju o Movimento Unidos Pela Paz não acaba, continuaremos a desenvolver ações e campanhas em prol não só da segurança pública como também do bem-estar dos poçoverdenses. É urgente que façamos algo e o momento é já.
Por fim, deixo meu convite e profundo desejo de que não deixemos acabar com a nossa motivação, com a nossa esperança. Conseguimos nos unir e devemos permanecer assim para que esses e outros problemas sejam resolvidos. Deixe sua inclinação partidária um pouco de lado e comece a pensar como pessoa em sociedade. Se nos afastarmos agora, logo, logo tudo volta e de maneira mais intensa e terrível. Ainda na próxima semana será marcada uma reunião para definirmos os próximos passos do movimento e eu suplico por sua presença. Chegou a hora de sermos povo e não massa. Chegou a hora de sermos indivíduos e não números frios. Faça valer a sua voz e seja mais humano. Exista para pensar e viva para agir.*Baruc Martins é estudante de Jornalismo na UFS.(BLOG JUVENTUDEENLOUCRESCIDA)