7 MEDIDAS PARA POÇO VERDE CRESCER!

  A CNNPV preparou um pacote com sete medidas como sugestão aos candidatos a prefeito de Poço Verde a fim de ampliar o crescimento do nosso município:

1 – Diminuir o fisiologismo – Em todo o país, há sempre a velha mania de contratar dezenas e dezenas de pessoas por apadrinhamento político sem que a grande maioria tenha capacidade para exercer o cargo. Solução – cortar o número de cargos em comissão pela metade. Atualmente, a folha do município está tão inchada que muitos contratados e comissionados estão sem receber há meses. Caso seja difícil devido à pressão popular, reduzir então os valores salariais. Quer ficar? Então será desta forma! Evitar que a prestação de serviços à população seja diferenciada conforme a classe social, o partido político e ou a raça de tal forma que vereadores não se achem no direito de fazerem o que quer com o bem público. Afinal, é do povo!

2 – Acabar com o nepotismo – A praga é constante (colocar parentes e aderentes; muitos até nem comparecem ao serviço) e implica encargos na folha, pois acaba diminuindo as chances de o funcionalismo público obter ganhos significativos. Solução – proibir a contratação de familiares para cargos de confiança. Parente no serviço público, só se for concursado. O concurso é o melhor exemplo para diferenciar os competentes ao serviço dos simplesmente apadrinhados.

3 – Fiscalizar o dinheiro público – Estima-se que 20% dos recursos transferidos da União para os municípios vão parar nas mãos dos corruptos em obras de grande porte. Solução – Tornar as compras licitatórias mais transparentes, divulgando os vencedores e valores contratuais; coibir a prática do toma lá dá cá e punir aquelas empresas que não executarem corretamente os serviços solicitados com multas pesadas. A administração pública deve ser transparente e formada por especialistas da área. Não é uma gestão democrática?!

4 – Investir e cobrar – À medida que o governo investe na população gerando empregos e renda, deve-se cobrar os impostos exigidos por lei. Mesmo que seja uma ação “politicamente incorreta” em época de eleição, os recursos provenientes da arrecadação devem ser direcionados ao bem-estar do povo. Assim como é cobrado dele, deve-se também cobrar do/a funcionário/a ineficiente, do/a secretário/a passivo e incompetente para juntos trabalharem pelo bem comum. Solução – Mostrar a população de forma transparente que os recursos advindos dos impostos estão sendo bem gastos na urbanização, na melhoria dos serviços prestados na saúde, educação, no esporte etc por meio de divulgação em blog ou site da prefeitura. Reunir funcionários de cada setor e cobrar dos ineficientes mais empenho nas funções, pois se quiserem aumento e mais aumentos de salário há de se mostrar que são merecedores para tal, exceto quando vier de uma obrigação legal a cada ano. Ocasionalmente, premiar os mais competentes e eficientes é uma forma de convencer os demais de que vale a pena lutar por uma conquista.

5 – Investir em saúde e  educação – Já está provado que empresas e governos que valorizam os estudos e a saúde dos seus tendem a crescer mais e a gastarem menos no futuro com esses setores. Não basta dizer que fez isso ou aquilo, nem provar com números a melhoria na educação e no saneamento. São necessários resultados visíveis.Por aqui, a prefeitura prometeu em abril instalar todos os computadores das escolas que foram beneficiadas pelo MEC e já estamos em agosto e todos os equipamentos ainda estão encaixotados há dois anos. Solução – Gerenciar com competência os recursos destinados à educação com vistas à capacitação e valorização profissional dos docentes; incentivar e premiar aqueles que desenvolvem projetos consistentes e de excelentes resultados para comunidade escolar; dar condições para que os setores tenham autonomia de gerenciar seus recursos com a finalidade de melhorar o atendimento à população.

6 – Cortar gastos – Criou-se uma lei que impede o Estado de gastar mais do que arrecada. A responsabilidade fiscal é importante para o crescimento econômico do município. Logo, a falta de planejamento favorece os gastos e implica atrasos de pagamento aos fornecedores (motoristas, comércio, funcionários etc). Solução – Cortam-se os serviços supérfluos; planeja-se com esmero uma proposta de pagamento com datas específicas para pagamentos de credores a curto prazo e define-se a prioridade para cada setor administrativo conforme apresentação dos orçamentos. O corte deve ser preciso e até que tudo esteja liquidado, comprar-se-á apenas baseado nas planilhas de necessidade de cada área municipal. O importante é não abrir mão de favores indiscriminadamente, pois é o princípio da bagunça financeira e o rolo compressor da quebra de uma instituição.

7 – Descentralizar o poder – Administrador que controla tudo acaba pecando no gerenciamento da instituição. Não há como fazer-se presente em todos os segmentos da prefeitura. É necessário pessoas competentes para tal. Nenhuma secretaria mostrará serviço se tudo depende do big brother. Solução – Priorizar as ações e as competências para cada setor de forma que eles trabalhem com responsabilidade. Na mesma medida, o governo municipal deve cobrar resultados a partir dos recursos destinados àquela área e das prerrogativas que elas se utilizaram para convencê-lo de que eram capazes de fazer. Caso contrário, exclui aquele que não tiver habilidade e nomeia-se outro/a. Todos devem estar integrados à secretaria de administração, planejamento e finanças a fim de conjugarem o verbo crescer juntos. Secretaria que não tem proposta de trabalho definida, fica sem a parte do bolo. Por outro lado, não pode haver discussões sobre quem merece mais ou menos uma vez que todos já sabem quais são as áreas principais de qualquer entidade pública, quer seja municipal, estadual ou federal.