É TÓXICO, MAS USA!

Parece que a questão do agrotóxico não deixará o noticiário local. Também se observar a quantidade de produto que muito agricultor anda aplicando na lavoura é de arder nos olhos! A CNNPV já flagrou tambores enormes com o produto químico diluído em água para adentrar o solo e, consequentemente, o material genético de quem consome. O homem, maior na cadeia alimentar, é o maior prejudicado. Em várias áreas do município, o flagrante é notório.

   Antenor Ferrari em sua obra “Agrotóxico: da praga à dominação” (1986) afirma que “Os pesticidas nas colheitas no campo podem ter um efeito residual potencialmente perigoso. Os pesticidas organoclorados, em particular, podem persistir na comida por um período considerável. (...) a maior parte dos princípios ativos utilizados nas diferentes formulações de agrotóxicos possuem propriedades denominadas genotóxicas, isto é atacam direta ou indiretamente o patrimônio genético dos seres vivos, animais, plantas e outros, causando alterações permanentes nas unidades que controlam a hereditariedade entre as gerações – os genes – assim como toda a intricada química dos seres vivos, o metabolismo".o uso de agentes químicos na agricultura trás sérios riscos a saúde humana e ao meio”*. Na última sessão da Câmara Municipal, nesta terça-feira (7), por exemplo, a vereador Rita de Cássia Fonseca (PT) voltou o foco para o tema. Fonseca afirmou que um colega contraiu leucemia. O diagnóstico apontava: o problema advinha do uso de agrotóxico. “Nós temos um número alto de câncer no município. Quem sabe se o uso do agrotóxico tem desencadeado essas doenças. Tem de se ter um estudo mais profundo sobre o problema também!”. O vereador Pedro de Jesus (PCB) que anteriormente demonstrou indignação acabou confessando em plenário que é crítico ao uso do produto, mas por outro lado faz uso em suas plantações. “Poço Verde merece o debate sobre a discussão dos agrotóxicos. Acho pertinente..é a utilização do momento e utilizo também nas minhas roças. A realidade é produzir. E se não utilizar o agrotóxico, podemos não produzir melhor!’. A propositura dos edis vem ao encontro da informação de que a Secretaria municipal da área promoverá nesta quarta-feira (8) debate sobre o tema na casa legislativa com profissionais da área conforme foi divulgado na CNNPV.

   Se o problema preocupa tanto os parlamentares e a população que ainda não abriu os olhos para o consumo de alimentos infestado de toxina, faz-se necessário uma maior fiscalização por parte dos órgãos públicos do setor a fim de que a quantidade ideal por área de plantio seja aplicada. Por outro lado, campanhas educativas nas escolas podem ajudar os filhos de agricultores no trabalho de conscientização para com os pais quando no manejo do produto. Além disso, pode incentivar a prática de reservar uma pequena área para o plantio de verduras e legumes para o consumo da família.(fotos: região do Saco do Camisa, plenário)

*Fonte:webartigos.com