O GOVERNO PODE CENTRALIZAR PASTAS, DIZ LÍDER DA OPOSIÇÃO

O assunto da noite seria novamente a tríade Saúde, Educação e Ação Social, mas um fato novo chamou a atenção: a ideia do governo centralizar essas pastas e jogar nas mãos da iniciativa privada. Algo que saberemos mais adiante.

Na sessão da última quinta-feira (13), o vereador Léo de Fonsinho/PCdoB aproveitou sua fala inicial para reiterar o atendimento de algumas de suas indicações a exemplo  da limpeza e reparo de bueiros em algumas áreas da cidade. Léo também fez um desabafo criticando o discurso do prefeito Iggor Oliveira/PSC durante a entrega das casa do conjunto Silvino dos Santos.

"Deu para perceber qual era mesmo a simbologia do evento..era para divulgar as bandas que irão tocar no S. Pedro de Poço Verde. Aí eu pergunto à comunidade, qual é a prioridade? É o Gostosinho (numa referência à Banda Unha Pintada), prioridade é Aviões do Forró ou a prioridade é a Casa de Apoio, a saúde dos nossos poço-verdenses, é a Casa de Apoio ao estudantes" entre outras prioridades.

Mais Ação Social - Léo quis saber também a razão pela qual o Serviço de Convivência ainda não está funcionando. "Nós estamos há seis meses, de tanto ouviu e viu falar sobre o direito da crianças e do adolescente fazendo projetos sociais sem o serviço de convivência. Se visitar o Portal da Transparência todos os meses entram recursos".

O vereador Rivan Francisco/Rede defendeu o governo afirmando que a respeito do Serviço de Fortalecimento de Vínculos estava sem operar porque a administração encontrou a pasta com os recursos bloqueados pelo governo federal. Depois de solicitar a liberação junto ao órgão competente,  o serviço está em fase de execução desde maio.

O vereador Edson Didiu/PSB pegou o gancho do colega Léo para elogiar o trabalho do presidente da Câmara Alexandre Dias. Para Didiu, o atual governo perde em não tê-lo como parceiro haja vista o excelente trabalho na Ação Social, quando Dias era o secretário da pasta. Como rotineiramente faz, Didiu tratou da saúde (melhorar o serviço de urgência) e do anseio da juventude universitária em ver concretizada a liberação do transporte para capital sergipana. O vereador do PSB cobrou do governo uma ação mais eficiente nesse sentido.

Em resposta, Rivan Francisco afirmou que a respeito do transporte escolar para os universitários, "já está assegurado um ônibus para os estudantes que estudam na capital. Aos domingos a cada 15 dias vai ter esse transporte. O ensino superior não é da alçada do município, mas a demanda exige apoio do governo".

Tentando explicar sobre uma reclamação da sessão anterior de que falta alimentação para funcionários e pacientes, Rivan disse que para o servidor alimento não faltava, mas para o paciente nem sempre isso ocorrerá porque ali é uma clínica da saúde e não um hospital. Lembrando  a antiga gestão do ex-prefeito Everaldo, Rivan afirmou que ao sair do governo, o ex-prefeito José Everaldo de Oliveira deixou uma maternidade e quem transformou o antigo hospital numa clinica foi a antiga gestão.

"Quanto pior, melhor" - Numa referência à crítica da oposição numa sessão anterior sobre o real caráter da blitz educativa, João Ramalho criticou a fala do G-6 que tenta criar fatos não existentes e colocam como exemplo algo imaginário, que vai acontecer. Ramalho disse que a vinda do major durante a Blitz educativa em Poço Verde, não foi somente para comemorar os 180 dias sem homicídio. "Tem gente que quer o quanto pior, melhor", disse João - algo que ele ouviu bastante quando era oposição gestão Dória.

Ramalho elogiou o trabalho feito na clínica da saúde. Ele indagou porque a oposição não faz visita ao Caps, ao setor de fisioterapia etc onde há funcionalidade. E mais: perguntou quantos dos vereadores pegou o relatório com todas as informações sobre a gestão Dória enviado pelo Executivo. "Vamos ser mais proativos. Como queremos uma sociedade melhor e só jogamos pedra! Dê alternativas".

Em resposta, Didiu afirmou: "precisamos  parar de fazer mais propaganda e cuidar mais da população". Ele afirmou ainda que é responsável o bastante de fazer críticas e reconhecer quando o trabalho for bem feito pela administração.

Depois de fazer algumas ponderações sobre comentários do vereador Léo na sessão anterior, o líder do governo Gilson Rosário/PMN disse ao vereador Didiu que ele na verdade era o maior propagador de informações. E mais: não sabe ouvir o outro lado já que gosta de bater, não de ouvir. Gilson bateu na tecla quanto a passagem do vereador na secretaria de Educação e trabalhava na garagem sem receber nada. O líder do governo afirmou que naquela época também não havia eficiência pois os veículos estavam com a documentação pendente. "A situação hoje está melhor? Não, mas está muito melhor do que estava. A propaganda incomoda porque é eficiente". Por fim, ressaltou ainda que a oposição reclama das bandas mas esquecem que trouxeram bandas de renome nacional insinuando que ajudaram as festas privadas.

O vereador Raimundinho da Kombi/PSB defendeu o colega Didiu e soma-se ao coro de reclamações e confirma todas elas. Léo tentou encerrar a discussão afirmando que não importa se é hospital ou clínica, a questão é de humanidade, pois uma senhora entrou quase quatro da manhã e até duas da tarde não fora atendida. "Não estamos aqui para fazer política partidária, estamos fazendo politica para a sociedade".

Considerações finais -  O último a falar durante as considerações finais foi o líder da oposição Pedro de Jesus. O vereador do PDT elogiou a postura dos colegas Didiu e Léo que têm feito uma oposição responsável. Pedro afirmou que a oposição tem na verdade ajudado a administração a ser mais eficiente.

Pedro cobrou do Sintese que exija do atual governo a descentralização da pasta da educação pois o que é da educação tem de ficar na educação. E mais, se houver festa, todos estarão lá porque o povo gosta de festa.

Pedro alertou ainda que o prefeito está querendo privatizar a prefeitura. Citando o artigo 20 da Lei de Diretrizes Orçamentárias discutido há algumas semanas na Câmara e só percebido agora, o prefeito quer terceirizar as pastas da Saúde, Educação e Ação Social. "Desconfiei daquela chamada pública...faltou discutir com a população se ela concordava com a centralização". E concluindo a sessão daquela noite, Pedro afirmou que a bancada da oposição apresentou emenda naquele dia para suprimir na íntegra aquele artigo.