PROFESSORA DIVULGA LISTA DE PRIVILEGIADOS NO PAGAMENTO SALARIAL, ENTRE ELES O PRESIDENTE DA CÂMARA E PROFESSOR
Na última segunda-feira, 05, professores
da rede pública municipal participaram novamente da sessão plenária da câmara legislativa com o
objetivo de reforçar o pedido de apoio ao movimento. A categoria queria agilizar o pagamento
do funcionalismo e agradecer o apoio para realização de uma auditoria no
município. No entanto, a visita tinha uma carta na manga: desmascarar o presidente
Pedro de Jesus que afirmara na sessão anterior que não havia recebido o salário
de professor. Lotado na Secretaria Municipal de Educação e afastado
temporariamente por causa do período eleitoral, Pedro ouviu em alto e bom som
não só o seu nome na lista dos privilegiados da SME, mas também um nota de
repúdio da classe.
A
professora Elisânia foi quem leu o texto na tribuna apontando a possível falha do
presidente da Câmara "que na sua fala durante a última sessão declarou que
estava no mesmo barco que nós sem receber seu salário. Assim como o próprio
secretário da educação na terça-feira que usou o mesmo discurso dizendo que
estava sem receber, porém na terça-feira, 30 de julho, obtivermos a comprovação
de que o senhor presidente , o secretário de Educação e os seus funcionários
teriam recebido o seu salário de julho com férias entres os dias 03 e 10 de
agosto, pagos com a verba do Fundeb. Verba que é prioridade do pagamento
de salário dos professores que estão exclusivamente em sala de aula, porém o
que percebemos é que esta não é a prática do nosso secretário. Esses (apontando para os colegas) foram os
únicos profissionais que não receberam o salário de julho. Hoje, aos 5 de
setembro, estamos com um mês e meio de salário atrasado".
Ainda de
acordo com Elisânia, aproveitando que o secretário Paulo Caduda formava a nova
comissão do Fundeb explanando sobre os recursos do fundo, ele teria afirmado
que o dinheiro não era suficiente para pagar os professores. Naquele ínterim,
lançara a proposta de pagar a metade do salário referente a julho, o que foi
recusado pela maioria. Mesmo assim, "ele pagou a metade do salário. (...)
O secretário da Educação usou o Fundeb para o que não é prioridade :gasolina,
manutenção de transporte, a pagamento do próprio salario, prestadores de
serviço e os funcionários da secretaria que devem ser pago pelos 25% do
MDE", pontuou Elisânia. E continuou, "na quinta fomos ao fórum para
saber a resposta do prefeito diante da situação. Ele não compareceu, mas mandou
o secretário e ele mostrou deixando a informação de que os repasses do MDE não
foram repassados". Elisânia foi adiante e citou nominalmente todos os
privilegiados da lista da secretaria que receberam o salário de julho e as
férias, incluíndo o presidente da Casa legislativa.
Ao longo
da semana, o prefeito Thiago Dória teve uma audiência com a comissão de
professores. Nela, o prefeito prometera analisar as folhas com o secretário, os recursos disponíveis e que
daria uma posição a partir de segunda-feira próxima.
Sobre
aquela acusação de que havia se beneficiado do pagamento salarial, Pedro de
Jesus, presidente da câmara, respondeu ao final da sessão com um discurso
mostrando sua trajetória de vida pública e profissional. "Estou tranquilo
e nunca neguei nenhum ato aos professores e aos servidores. (...) não concordo
quando a professora Elisânia disse que o presidente da Câmara recebeu o
salário. Não, o professor Pedro recebeu o salário e está lotado na Secretaria
de Educação e que o secretário pagou dos 40% todos os profissionais da SME. Não
foi o professor Pedro, não é eu que estou com a barriga cheia somente. Não é
essa ideia de que está com essa barriga cheia. Todos os profissionais que
recebem da folha do 40 receberam. Não vamos formar opinião dessa form.a É
desonesto. Sabe por quê? Por que no mês de junho. E aí eu não quero dividir a
categoria. Nem preciso e nem vai dividir...os profissionais da educação que
pertencem aos 60% receberam no mês de junho, mas eu e os companheiros dos 40%
receberam no dia 22 de junho o salário. E não vi ninguém questionando, nem
reclamando. Não estou falando, nem reclamando e eu fiquei calado. Esperei a
realidade...Não fiz coisa errada. Eu estou licenciado e a justiça eleitoral
quando as pessoas se candidata e tem emprego péblico ele tem de se
descompatibilizar. Eu não estava na secretaria para dizer Caduda 'me pague!'
tampouco procurei a ele para que pagasse o meu salário mas da mesma forma que
os professores de Poço Verde, eu também sou professor, eu também tenho consignado
(...). É isso que nos temos de compreender e ver a lógica de cada um. Estou
expondo o meu papel enquanto secretaria de educação. (..) não recebi porque sou
presidente de câmara, recebi porque sou professor. (...) o que eu fiz de
errado? Não sou concursado também? Estou fazendo a defesa de que todos tem o
direito de fazer", concluiu.
Os
professores estiveram lá também para trazer à tona o projeto de lei das
empreiteiras que está "engavetado" na Câmara. Para isso, convidaram o
advogado Fábio Emídio, um dos idealizadores, para falar a respeito sobre a lei aprovada em 2015. Aquele que a vereadora Damares Cavalcante/PMN pedira vista em
setembro último e refeito o pedido no início deste ano haja vista a falta de
informações concretas para referendar o pedido de iniciativa popular. Fábio
argumentou que se o projeto de desoneração tivesse sido revogado, muitos dos
problemas na educação e na saúde estariam hoje minimizados. Apelando sempre
para o termo de que não estava ali por "questões políticas", o
advogado defendeu a tese de que o projeto tem de ser votado logo para dar uma
resposta à sociedade poço-verdense.
Tanto o vereador Gilson Rosário/PMN quanto Damares Cavalcante e Pedro de Jesus defenderam que o projeto não está engavetado, apenas aguarda informações concretas do Executivo, criador do projeto de desoneração fiscal de operações realizadas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. O município deixou de arrecadar em torno de 500 mil reais até então.
PROFESSORA DIVULGA LISTA DE PRIVILEGIADOS NO PAGAMENTO SALARIAL, ENTRE ELES O PRESIDENTE DA CÂMARA E PROFESSOR
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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