10 PERGUNTAS SOBRE CONTRACEPTIVOS
Para quem planeja a maternidade a longo prazo, os métodos
contraceptivos são os principais aliados. Hoje em dia, existem muitos tipos
- com ou sem hormônios -, além de se encaixarem em cada necessidade
de cada mulher. Chamados de métodos de longa ação, estes são os que têm maior
durabilidade quando comparado aos outros - e essa é a principal vantagem.
1. O que são esses
contraceptivos?
A sigla em inglês LARCs (Long
Acting Reversible Contraception), significa contracepção reversível
de longa duração em português, sendo métodos anticoncepcionais que podem
durar anos no corpo, sem necessidade de troca. "Eles oferecem contracepção
por muito mais tempo sem exigir compromisso periódico e permitem o retorno da
fertilidade depois da sua retirada, geralmente após a próxima
menstruação", afirma a ginecologista Cristina Guazzelli, professora da
Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).
Atualmente, existem três tipos que se encaixam nesse perfil:
- Implante subcutâneo
"É um bastonete de 4 cm de comprimento, produzido por um
material plástico especial - chamado EVA (etileno vinil acetato) - flexível e
estéril. Contém em sua composição um hormônio sintético, chamado etonogestrel,
que já é muito utilizado nas pílulas anticoncepcionais", explica Cristina.
- Dispositivo Intrauterino (DIU) e Sistema Intrauterino (SIU)
No Brasil, esse contraceptivo é inserido dentro do útero e pode
ser de dois tipos: o DIU, que é feito de cobre e não tem hormônios, e o
SIU, a versão com progesterona.
2. Como são usados?
A principal diferença desses métodos é que eles não precisam ser
ingeridos e/ou trocados de em períodos curtos, pois ficam dentro do corpo.
"O implante é inserido no braço não dominante, embaixo da pele. Tanto o
DIU de cobre quanto o SIU são colocados dentro do útero, na cavidade
intrauterina. O procedimento para qualquer um dos métodos é simples, rápido e
costuma ser realizado no consultório médico", conta a ginecologista.
3. Como eles agem no corpo?
A médica explica que o implante, que contém o hormônio
progesterona, libera-o gradualmente no organismo, tendo como função inibir a
ovulação, garantindo, assim, a contracepção e prevenindo a gravidez. Já o
os dispositivos transformam o útero em um ambiente hostil aos espermatozoides,
evitando a chegada dos mesmos até as trompas - local onde ocorre a fecundação
do óvulo maduro, quando há a ovulação.
"O DIU com cobre, que é um metal tem ação espermaticida,
isto é, destrói os espermatozoides, impedindo sua penetração no útero. Já o DIU
com hormônio libera a progesterona no útero gradualmente. Esse hormônio altera
a secreção do colo uterino impedindo e dificultando a penetração dos
espermatozoides", ensina.
4. Quanto tempo duram?
O implante tem ação por até três anos, enquanto o DIU com cobre
age por até 10 anos e o SIU por até cinco anos.
5. Qual a taxa de eficácia dos
métodos?
O fato de não exigirem uma ação diária ou regular da usuária
garante uma eficácia maior quando comparados com os outros contraceptivos,
principalmente no chamado uso típico. "Nenhum método contraceptivo é 100%
eficaz, mas as taxas de falha dos LARCs são realmente baixas, quando analisamos
a eficácia dos métodos. A eficácia teórica destes métodos é muito parecida com
a eficácia da vida real (uso típico)", pontua Cristina.
De acordo com a OMS, o implante é o método com as menores
taxas de falha (0,05% nos usos típico e perfeito), junto com o SIU (0,2%) e o
DIU de cobre (0,8%).
- DIU de cobre: uma gravidez em cada 125 mulheres que utilizaram o método durante um ano;
- DIU com hormônio: uma gravidez em cada 500 mulheres que utilizaram o método durante um ano.
- Implante: uma gravidez em cada 2.000 mulheres que utilizaram o método durante um ano.
Se você comparar com os outros métodos, por vezes mais
conhecidos e utilizados, fica mais nítida a diferença: "A taxa de falha
média no uso típico da camisinha é de 18 a 21 gravidezes por um ano em cada 100
mulheres e da pílula hormonal 9 gravidezes em cada 100 mulheres que usaram o
método."
6. Quem pode usá-los?
"A princípio, todas as mulheres que desejam podem
utilizá-los. Há poucas situações em que os LARCs são
contraindicados, por isso há necessidade de avaliação médica. Por não terem
estrogênio, geralmente, podem ser usados por mulheres que estão
amamentando ou por aquelas que tem contraindicação para o uso do
estrogênio", explica Cristina. No entanto, ela ressalta a importância
de ter orientação médica, com informações sobre todos os tipos de
anticoncepcionais, riscos, benefícios e avaliação de necessidades e
preferências.
7. Como eles interferem na
menstruação?
A ginecologista conta que, nos métodos hormonais dos LARCs (implante e DIU com
levonorgestrel), pode haver, sim, uma alteração no sangramento, que se
torna irregular e tende a diminuição com o tempo.
"Após quatro até seis meses, algumas mulheres podem
apresentar redução ou ficar sem sangrar, enquanto outras podem permanecer
menstruando normalmente e, em alguns poucos casos, ter pequenos sangramentos
prolongados (mancha na calcinha). No entanto, isso não afeta a eficácia do
método ou gera qualquer risco para a saúde", pontua.
8. Podem afetar a fertilidade?
"O uso de qualquer um deles é reversível, ou seja, pode ser
interrompido se houver o desejo pela maternidade em qualquer
momento. Quando retirados, ocorre o retorno da fertilidade preexistente
imediatamente ou logo após não importando por quanto tempo a pessoa utilizou o
método", reitera Cristina. Isso quer dizer que, se a paciente não tiver
outros fatores clínicos que possam dificultar a gravidez, não há alteração da
fertilidade, permitindo que a mulher engravide após a próxima menstruação.
9. Dá para colocar pelo SUS?
De acordo com o ginecologista e professor da UNICAMP, Luís
Bahamondes, apenas o DIU de cobre pode ser colocado pelo sistema público de
saúde, em qualquer posto. Tanto implante quanto o SIU-LNG (DIU com hormônio)
estão disponíveis em alguns lugares, como na própria UNICAMP, em Campinas.
10. Há risco de trombose com
esses métodos?
O médico afirma que não há o mesmo risco em relação aos outros
métodos hormonais, pois, mesmo o SIU, não possui o estrogênio- o grande
vilão que aumenta a chance de trombose com o uso de
anticoncepcional.fonte:mdemulher
10 PERGUNTAS SOBRE CONTRACEPTIVOS
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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18:26
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Depois de tantos casos de trombose com pílulas, estou com medo de continuar usando... Estou pensando em começar a usar injeção. Vocês tem alguma informação sobre o Cyclofemina? Queria saber se engorda muito, tenho medo de engordar demais. Tentei achar na bula que encontrei nesse site http://cyclofemina.com.br/ mas queria mais detalhes...
ResponderExcluirOlá, nós fizemos uma pesquisa a respeito. confira abaixo:
ResponderExcluirBenefícios do Anticoncepcional Cyclofemina
Prevenção da gravidez;
Regularização do fluxo menstrual (menos sangramento e nos dias certos);
Diminuição dos efeitos da TPM (cólicas, enjoos, dores de cabeça e nas mamas, etc);
Efeitos colaterais do Anticoncepcional Cyclofemina
sangramento intermenstrual
alteração do padrão normal de sangramento e raramente a menorréia
náuseasCyclofemina
vômitos
cefaleia
alteração do peso corporal
acne
mastalgia
mastodinia
alterações metabólicas
hepatopatias
Como tomar o Anticoncepcional Cyclofemina
Este medicamento é feito para uma dose única mensal. No primeiro dia de menstruação a mulher deve injetar todo o conteúdo da embalagem no organismo via intramuscular e pronto. A partir dai guarda-se a data no calendário e se conta a partir primeiro dia 28 dias, para uma nova dosagem. Durante este período o sangramento deve acontecer. Com sangramento ou não, se não houver riscos de menstruação, uma nova dosagem deve ser ministrada.
Contra-indicações do Anticoncepcional Cyclofemina
Gravidez ou quando houver suspeita de;
Distúrbios cardiovasculares ou cerebrovasculares, por exemplo, tromboflebites, processos tromboembólicos, ou antecedentes dessas condições;
Hipertensão grave;
Distúrbios hepáticos importantes ou antecedentes dessas condições, caso os resultados dos testes de função hepática não tenham retornado ao normal; icterícia colestática, antecedentes de icterícia na gravidez ou durante o uso de esteroides;
Presença ou suspeita de tumores estrogênio-dependentes;
Hiperplasia endometrial;
Sangramento vaginal sem diagnóstico;
Porfiria;
Hiperlipoproteinemia, especialmente em presença de outros fatores de risco que predisponham a doenças cardiovasculares. Um histórico de prurido intenso ou herpes gestacional durante a gravidez, ou com uso prévio de esteróides.