SOBRE A 3a VIA QUE ROMPA COM OS VÍCIOS E AS PRÁTICAS POLÍTICAS EM P.VERDE

É preciso romper com a
lógica do privilégio. A campanha precisa ser independente, sem rabo preso com
financiador e nem com determinadas famílias. O compromisso deve ser com todo o
povo, no sentido mais coletivo possível. Sabemos que em uma cidade pequena como
Poço Verde, muita gente se aproxima dos candidatos do executivo com a ideia de
conseguir um cargo, uma secretaria, um privilégio e até coisas como caixa de
cerveja e pequenos agrados.
É preciso romper com
essa lógica, de fato, é muito importante que alguém surja com esse discurso.
Acabar com as pequenas corrupções. Fiscalizar o executivo e os serviços
públicos com mais firmeza. É preciso fazer uma campanha que traga o debate
político e acabe com a lógica sensacionalista, quase um show ou partida de
futebol que ainda permanece na cabeça de uma grande parte do povo daqui.
É preciso emponderar e
dar a sociedade poçoverdense um debate honesto sobre o que significa uma
eleição e posteriormente uma gestão, mesmo que isso signifique uma derrota. O
Ideal é mostrar o projeto de cidade que se propõe mesmo que isso possa deixar
pra trás muitas escolhas que poderiam aproximar um grupo da prefeitura.
É preciso lembrar dos
bons valores. Por vezes muito citado durante o período de campanha. Os valores
de coletividade, de respeito e de ética, valores esses fundamentais para a
construção de uma cidade melhor. Aquela perspectiva de se colocar no outro, de
empatia, aquele posicionamento cristão de amar as pessoas como a si mesmo,
entendendo que a dor do outro é também a sua dor.
Que esses valores não
caiam num moralismo hipócrita. É preciso dos valores que respeitem de forma
radical a democracia, as liberdades individuais e as mais diversas formas de
existir e de se comportar. Respeitando as minorias e trazendo para a roda conservadora
um debate honesto sobre a população LGBT, mulheres e negros, por exemplo.
É preciso acabar com a
moeda de troca dos vereadores. Oferecer serviços médicos em Aracaju não é da
responsabilidade do legislativo. É preciso criar mecanismos que supram essa
necessidade, legitima e fundamental. É preciso que os vereadores cumpram seu papel.
Fiscalizando o executivo, legislando e abrindo o debate político para a
sociedade da cidade. Acabando com os pequenos favores que garantem a sua
releição. É preciso muito.
E o mais fundamental:
tivemos uma recente história trágica, deprimente e triste na nossa cidade.
Fizemos uma campanha pela paz em 2012 e o que viria logo após foi uma página
infeliz da nossa história. Não soubemos lidar coletivamente com a violência das
ruas e muita menos com a violência organizada que foi a resposta a primeira. É
preciso de paz, mas paz de fato. Não quero uma paz que resulte na guerra ao
outro. Dentro dos meus valores, não quero conservar essa paz pra tentar ser
feliz. É preciso olhar esse problema atentando para o problema de fato que não
está na segurança pública, mas no enorme muro social excludente construído nas
periferias da cidade.
É preciso muita
coragem. Espero e torço pra que realmente essas pessoas estejam dispostas a
romper e trazer as boas praticas, mesmo que isso signifique uma derrota nas
próximas eleições. Acho que a intenção é contribuir politicamente e não vencer
por vencer. Esse foi um dos grandes erros de muitos políticos que a sociedade
brasileira depositou sua fé e que hoje está extremamente decepcionada. Isso
significa muita coragem pq, inclusive, significa fazer um enfrentamento com a
própria sociedade que não muito diferente das suas representações políticas,
ainda permanece viciosa e corrupta. É preciso muita coragem e disposição. O
colocado aqui não é nada revolucionário, é o mínimo para construir uma cidade
digna e ética. Espero, sinceramente, que estejam com esse pique, pelo
contrário, vai significar o mesmo dos outros.(Raul é colunista e redator do
site Bagaceira Talhada - texto publicado em rede social após matéria publicada
aqui na CNNPV/foto:google)
SOBRE A 3a VIA QUE ROMPA COM OS VÍCIOS E AS PRÁTICAS POLÍTICAS EM P.VERDE
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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