DE `BABILÔNIA` AO `PÂNICO`: AS BOMBAS DA TV EM 2015
O ano de
2015 não foi lá muito fácil em diversos aspectos. E quem quis se divertir com a
televisão aberta e esquecer os problemas do cotidiano, também não teve sorte.
Os canais foram palcos de diversos micos. Teve novela que não acabava nunca,
outra que, de tão problemática, foi encurtada e acabou antes do que estava
previsto, programa de humor que não provocou nem um sorriso amarelo e até virou
alvo de abaixo-assinado para a emissora tirar do ar.
1 - TOMARA
QUE CAIA -
O
humorístico que estreou em julho na Globo já não era lá muito promissor. A
dica foi dada antes da estreia, com um comercial chato, chato, em que Fabiana
Karla e Marcelo Serrado discutiam se o programa seria de humor ou um game, e
com uma proposta manjada, copiada do Quinta
Categoria, da antiga MTV. Ao estrear, os temores de que a atração seria
ruim se confirmaram – e pior, constatou-se que ela, na verdade, estava mais
para uma tragédia da televisão brasileira. Com elenco fraco, formado em sua
maioria por atores que acham que têm traquejo para o humor, (só que não), com
nomes como Fabiana Karla, Marcelo Serrado, Heloísa Perissé, Dani Valente,
Priscila Fantim e Eri Johnson, o Tomara
que Caia se afundou em piadas sem graça e passou a apanhar do
concorrente Silvio Santos na audiência. Quatro meses depois da estreia, foi
cancelado pela Globo – ainda bem. Tomara que não volte.
2 -
BABILÔNIA
A novela
das nove da Globo exibida entre março e agosto foi desenhada por seu autor, um
dos figurões da dramaturgia da emissora, Gilberto Braga, para ser um grande
sucesso de crítica e público. Com um enredo baseado em uma vingança e com duas
vilãs poderosíssimas, interpretadas por Gloria Pires (a eterna Maria de Fátima
de Vale Tudo) e Adriana Esteves
(que entrou para a história dos folhetins com sua divertida Carminha, de Avenida Brasil), Babilônia estreou sob altas expectativas – e deu seu recado
com um ótimo primeiro capítulo. Ao longo da primeira semana, porém, a coisa
degringolou e a novela perdeu agilidade, tornando-se mais modorrenta a cada
novo episódio. A audiência debandou e a Globo entrou em ação para tentar
consertar os problemas, mas acabou fazendo remendos ainda mais problemáticos.
No fim, acabou encurtada pela emissora e deu adeus sem deixar saudade.
3 - PÂNICO
NA TV - Bons tempos aqueles em que o Pânico ainda
se chamava Pânico na TV, era
exibido despretensiosamente nos domingos à noite pela RedeTV! e não se amparava
apenas em piadas ruins e apelação para ganhar um ou outro espectador. Já há
alguns anos, o Pânico, desde 2012
na Band, vem perdendo sua relevância e se torna, a cada dia que passa, mais
intragável. Com mulheres seminuas, perseguições sem sentido a famosos, elenco
sem graça e sem limites, a atração passou a ser lembrada somente quando faz
algo que não deveria, como quando um de seus repórteres lambeu uma participante da Comic Con Experience,
em dezembro, sem mais nem menos. Piadas racistas, machistas e homofóbicas – e,
sobretudo, que não arrancam nem um sorriso amarelo – se tornaram a marca do
programa. Nem parte do público aguenta mais: um abaixo-assiando surgiu
após o episódio da Comic Con pedindo para a Band cancelar a atração. Oremos.
4 - CQC -
Outro programa que perdeu relevância com o tempo, o CQC passou por uma renovação em 2015, com
a saída de Marcelo Tas e Dani Calabresa da bancada e a demissão de Guga Noblat,
Oscar Filho, Ronald Rios, Naty Graciano e Felipe Andreoli. Para comandar a
atração junto com Marco Luque, foram contratados o ator Dan Stulbach, da Globo,
e Rafael Cortez, que havia passado dois anos na Record. O programa, que desde o
começo ficou marcado como uma mistura de humor e jornalismo, perdeu a veia
humorística e se tornou cada vez mais apelativo. Em dezembro, a Band anunciou
que a atração ficaria fora da grade em 2016 e que poderia retornar
“fortalecida” em 2017 – mas o tom de despedida no último CQCdo ano deixou no ar a dúvida se o programa
realmente não passou dessa para pior.
5 - A
ENROLAÇÃO DE `OS 10 MANDAMENTOS` - A Record investiu pesado em sua primeira
novela bíblica, Os Dez Mandamentos,
com investimento anunciado de 750.000 reais por capítulo. Em questão de
técnica, o folhetim de Vivian de Oliveira realmente apresentou um avanço
significativo em relação às produções anteriores da emissora. Além disso, a
autora conseguiu inserir histórias paralelas para movimentar a trama enquanto a
saga de Moisés (Guilherme Winter) não avançava. Aos poucos, a audiência da
novela foi crescendo, o que fez com que a Record esticasse ao máximo a produção
para aproveitar o bom momento. No fim, a enrolação era tanta que alguns
capítulos passavam sem que quase nada acontecesse e o final do folhetim ficou
só para 2016, em uma “segunda temporada”. A novela não era ruim e tinha seus
trunfos, mas a emissora errou ao esticar o roteiro até não poder mais. (fonte:veja)
DE `BABILÔNIA` AO `PÂNICO`: AS BOMBAS DA TV EM 2015
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
on
20:41
Rating:
Excelente materia!
ResponderExcluir