MEU ONZE DE SETEMBRO

   No mundo inteiro, redes de tv, sites e revistas têm homenageado os mortos do atentado terrorista mais famoso da última década em Nova Iorque (EUA) durante a semana. Para não fazer feio, deixo aqui minha impressão daquele fatídico dia 11 de setembro de 2001.

  Acabava de chegar da escola quando minha irmã me avisou a notícia. Confesso que praguejei naquele ínterim como qualquer nordestino o faz quando duvida  de algo quase impossível de ocorrer. Além disso, recordo que também gostei do que via na tv porque naquela conjuntura política internacional americana, os EUA estavam recebendo o troco por tantas atrocidades ao redor do mundo com a justificativa de que faziam o melhor pela paz mundial. A rede Globo fazia a cobertura na sala, mas resolvi entender melhor o que havia ocorrido pela CNN no quarto. Tinha pouco tempo porque logo deveria retornar ao trabalho. 

  Três coisas me chamaram a atenção e que nunca esqueci: como sempre gostei de tragédia ou qualquer evento de grandes proporções (advém da vontade de estar in loco) a entrada do segundo avião na torre sul é uma das imagens mais bonitas que já vi em toda minha vida. Não porque tirou a vida de milhares de pessoas, mas porque eu tentava compreender o que havia ocorrido de fato com a explosão na outra torre e, de repente, uma aeronave risca o céu de Nova Iorque e, tal qual um filme hollywoodiano, atinge em cheio um dos prédios mais fotografados do mundo. Aquela explosão não era efeito especial tampouco produzida por algum estúdio; era real e tudo em poucos segundos.

  A segunda foi o desmoronamento da torre norte. Nunca imaginei que um edifício construído na década de 70 possuía mecanismo de autodestruição para não afetar prédios vizinhos. Achava que o corpo de bombeiros poderia salvar milhares de pessoas e que num futuro próximo a parte superior seria reformada. Numa visão pessimista, o WTC penderia dum lado e derrubaria outros. Era muito `apocalipse` para uma cabeça tão grande.

  E a última delas é o tamanho colossal da nuvem de poeira que caiu sobre a cidade cobrindo loucos jornalistas, feridos e os heróis americanos cultuados até hoje. Tudo aquilo rodava como um filme bem original já que nenhum filme pós 11 de setembro ainda conseguiu retratar aquele fato histórico. 

  Foi um almoço em dobro! Como entrada pouca informação para ser digerida por que não havia de fato quem respondesse a razão pela qual um avião atingia o cartão-postal americano. Em seguida, muito ingrediente chegando na tela da tv para ser devorado pela curiosidade.Deixei para trás a expectativa de ver o melhor à noite nos telejornais e encontrei com o professor Lula na praça do Triângulo para dar um furo de reportagem que o mundo todo já sabia. `Foi mesmo?!`, perguntou ele. Está vendo..ninguém acreditava. E você? onde estava e como recebeu aquela notícia em 2001? conte pra gente!!foto:divinews