SEM DIÁLOGO COM A PREFEITURA E SECRETARIA, PROFESSORES RECORREM AOS VEREADORES
Na sessão plenária realizada nesta
segunda-feira, 29, os professores da rede pública municipal foram à Câmara
legislativa na tentativa de buscar apoio junto aos vereadores quanto ao grave
problema recorrente do atual governo: atraso no pagamento salarial. Se já não
bastasse o atraso também do pagamento do funcionalismo como professores
contratados e prestadores de serviço no município, agora são os professores
efetivos que amargam dois meses sem receber. E o pior, a perspectiva é de que
mesmo recebendo recurso do Fundeb e do governo federal, nenhum pagamento será
efetuado neste mês de agosto.
Como uma
cadeia, o não-pagamento do funcionalismo afeta também o comércio que precisa de
recursos para pagar fornecedores e funcionários além das famílias, cujos pais
estão preocupados não só com a alimentação, pagamento de serviços, mas também
com o atraso nas aulas.
"O
momento infelizmente, ou posso dizer felizmente, é político, mas a nossa ação
não é politica. A nossa ação é de exigir, de respeito porque nós temos
condições para isso e é necessário que vocês se somem a gente", afirmou o
professor Gildásio, representante dos professores ao discursar na tribuna.
Gildásio
cobrou dos vereadores mais atitude pois o comércio se encontra estagnado e a
escassez de recursos por meio de impostos podem piorar ainda mais a atenção.
Para ele, o discurso de que a falta de recursos não se estende a todo o país,
há vários exemplos de prefeituras que cumprem a lei de responsabilidade fiscal
e mantem o pagamento a cada dia primeiro de cada mês. "Existem condições
sim e queremos ser respeitados", concluiu. Prova disso é que ao longo dos
meses o município arrecadou por meio do Fundeb em janeiro R$ 580.662,24, fevereiro R$ 725.930,94; em março R$ 441.567,02; em abril R$
524.768,77; em maio R$ 697.548,58; em junho R$ 576.377,24 e o salário foi pago
; No entanto, em julho o Fundeb repassou R$ 688.659,00 e em agosto R$
737.200,75e nenhum
pagamento foi prestado. Em reunião com o secretário, nesta terça-feira,30,
quando ele se reunia para formação dos conselheiros do Fundeb, Caduda afirmou
que não haveria condição de garantir o pagamento pela segunda vez.
O vereador
Gilson Rosário/PMN referendou o apoio do presidente da Casa, Pedro de Jesus, e
solicitou aos demais colegas para dar
apoio à causa inclusive utilizando o jurídico da casa para avaliar a razão pela
qual não se está pagando pois até alguns comissionados estão sem receber há 6
meses. "Uma pena que o outro sindicato dos servidores não seja tão
organizado quanto dos professores. Analisei com calma e trago a proposta de
colocar o jurídico para o bloqueio da verba do município" com o objetivo
de saber o que está acontecendo.
O líder da
oposição, João Ramalho/DEM abriu o debate indagando como anda o conselho do
Fundeb e o diálogo da categoria com o secretário de Educação, Paulo Caduda.
"Ele não pode fugir da raia porque ele se tornou um ordenador de despesa.
O maior sonho do professor Caduda era ser o controlador das receitas que vinha
do município que diz respeito à educação. Alguns ainda querem proteger a imagem
do professor Caduda. Por que ele trabalhou tanto para controlar a receita e que
tantas vezes usou a tribuna espontaneamente e elogiado por esta casa mas a quem
cabe o ônus? Onde se encontra o professor Caduda abandonou os senhores? Ele
como exigiu a transparência dos diretores (...) não se pode fazer ausente agora
que ele venha falar das frustações. Eu apresento um requerimento onde convoca
Caduda para comparecer para falar dos recursos do Fundeb e a atual do quadro de
funcionário, repasse" etc.
Para
Gildásio, "o Sintese entrou de todas as formas usando meio de comunicação
e até então está instalado. Essa comunicação não está mais ocorrendo. O cordão
umbilical foi cortado! Nós fomos totalmente pacientes com essa situação e não
há como senão pelo meio jurídico!".
Os
vereadores Luciano Araújo/PT, Damares Cavalcante/PMN fizeram coro em apoio tal qual Rivan disse
que o governo tem a prerrogativa de parcelar e atrasar, mas o governo local
passou do limite. Ele ainda citou o caso anterior em que o prefeito teve de
parcelar o 13o salário no início do mandato selecionando os professores por
nome mês a mês e pediu para que seja feita uma auditoria na secretaria
inclusive para saber em que foram gastos os recursos para construção das
quadras no interior, cujo dinheiro estava na conta e há mais de um ano nada foi
feito. O vereador Gileno Alves/PHS, se arrependeu de ter elogiado Caduda pois
desde que começou a campanha eleitoral não se sabe para onde foi o dinheiro
enquanto a claque política da situação afirma que tem milhões para gastar na
campanha deste ano. Jaci de Silvino acredita que "pra gente pegar esse
dinheiro agora somente com a justiça. No mês passado, entraram R$ 2.235.266,45.
com esse dinheiro pagaria o povo. Que qualidade de prefeito é esse. Muita gente
acha que a gente não faz nada, mas como a gente vai fiscalizar se a gente não
tem documento em mãos. O prefeito não presta contas. (...) Ninguém recebe na
prefeitura, só trabalha. Vamos tomar providencia que é melhor!".
O
presidente da Casa, Pedro de Jesus ainda defendeu Caduda afirmando que a bolha
existente na secretaria de Educação vem também da falta de repasse de 20% do
MDE por meio da prefeitura.
"Essa
é a realidade que está estampada todos os dias quando acordamos e quando vamos
dormir sem saber o que fazer no outro dia. Isso é que é real: não estamos
recebendo o nosso salario, mas a verba federal não deixou de entrar. Agora como
ela esta sendo distribuída ou como as
coisas estão sendo encaminhadas não compete no momento me apropriar da
palavra e e apropriar da palavra e
dizer inverdades em relação a isso. O que está claro é: pra algum lugar foi
menos para a nossa conta. Nós enquanto categoria não acusamos. Nós viemos aqui
com a proposta de buscar soluções (...)", concluiu Gildásio.
A CNNPV
tentou várias vezes falar com o secretário Caduda para falar a respeito, mas
até o momento nenhuma resposta fora enviada pelo ordenador da despesa.(fotos:Araújo)
Atualizado em 16:20 - De acordo com o secretário Paulo Caduda que entrou em contato na tarde de hoje,31, os valores foram maiores ao postado anteriormente pelo sindicato. Confira os números verdadeiros de acordo com o secretário:
Janeiro: R$ 917.834,36 e o valor da folha foi de R$ 983.398,00
Fevereiro: R$ 1.039.194,77 e o valor da folha foi de R$ 844.984,88
Março: R$ 824.414,31 - valor da folha R$ 956.581,42
Abril: R$ 809.056,29 - valor da folha R$ 964.252,63
Maio: R$ 985.328,08 - valor da folha R$ 997.674,23
Junho: R$ 968.648,96 - valor da folha R$ 972.028,59
Julho: R$ 688.659,00 - valor da folha R$ 1.433.233,47
Agosto: R$ 853.825,02 - valor da folha R$ 999.413,96
Atualizado em 16:20 - De acordo com o secretário Paulo Caduda que entrou em contato na tarde de hoje,31, os valores foram maiores ao postado anteriormente pelo sindicato. Confira os números verdadeiros de acordo com o secretário:
Janeiro: R$ 917.834,36 e o valor da folha foi de R$ 983.398,00
Fevereiro: R$ 1.039.194,77 e o valor da folha foi de R$ 844.984,88
Março: R$ 824.414,31 - valor da folha R$ 956.581,42
Abril: R$ 809.056,29 - valor da folha R$ 964.252,63
Maio: R$ 985.328,08 - valor da folha R$ 997.674,23
Junho: R$ 968.648,96 - valor da folha R$ 972.028,59
Julho: R$ 688.659,00 - valor da folha R$ 1.433.233,47
Agosto: R$ 853.825,02 - valor da folha R$ 999.413,96
SEM DIÁLOGO COM A PREFEITURA E SECRETARIA, PROFESSORES RECORREM AOS VEREADORES
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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