DORINETE E EQUIPE VÃO A CÂMARA PRESTAR CONTAS DA PASTA

A princípio, o grupo foi bastante técnico na informação e teórico no
tocante às funções de suas pastas. Um interlocutor disse à CNNPV que se a
secretária tivesse relatado o que havia dito na rádio um dia anterior
certamente teria obtido maior sucesso. No entanto, foi obrigada a ouvir as reclamações do líder da oposição, João Ramalho/DEM e de outros
vereadores.
Ramalho criticou a demora da visita à Câmara e
indagou se a secretária e a equipe tinham realmente visitado os postos de saúde
no interior pois na Lagoa do Junco, o teto estava desabando, o lavatório no
chão além de outros equipamentos em completo abandono (fotos). Afirmou que a construção do posto de saúde do povoado Saco do Camisa, por exemplo, continua paralisada e apontou outras dúvidas: como anda a marcação de exames?, qual a
localização da ambulância para atender a comunidade do S.José?; por que uma das Amaroc está sucateada? e, finalmente, que fosse tratado sobre a
prestação de contas acerca de convênios realizados com ONGs, por exemplo.
Durante a plenária, o vereador Rivan Francisco/Pros quis saber como a
secretaria tem lidado com essas deficiências com a
devolução da clínica ao Estado. Já o vererador Luciano Araújo/PT elogiou o papel da secretaria. Instigou apenas a respeito do papel do programa "Mais médicos" no município. O
colega Jaci de Silvino foi incisivo repetindo a crítica feita numa sessão
anterior sobre a situação em que se encontra o município em outras áreas. Foi ele quem demonstrou por meio de
slides o resultado da visita dos
vereadores aos povoados. "Estamos mostrando o que de ruim e de bom tem no município!", disse num
determinado momento da apresentação.
Em resposta a tudo que foi problematizado, Eduardo foi o primeiro a
seguir a pauta da noite de explicações da equipe de Saúde. Ele
concordou que o atraso dos médicos é um problema recorrente. Citou ainda
números que representam bem o atendimento diário, semanal e até anual da
unidade de atendimento e emergência do município. E concluiu sua fala afirmando que "é melhor ter um médico
chegando atrasado do que não ter. Se a gente descontar do salário, ele não vem.
Pelo menos, Poço Verde é muito bem servido na área de enfermagem" para dar
suporte à equipe de atendimento médico.
Sobre a indagação do vereador Luciano, a enfermeira Érica argumentou
que o município não foi contemplado pelo programa "Mais médicos". Sobre a marcação de exames, ela afirmou que "isso não é um problema apenas
de Poço Verde. Quem deveria ofertar as especialidades são os municípios de
Lagarto e Aracaju" pois são eles que atendem a média e alta complexidade.
Quanto à falta de recursos para o PSF da Fazendinha e Rio Real, Érica assegurou
que "as comunidades receberiam esse dinheiro do programa o valor baseado
em lei".
Contrariando a denúncia do vereador João Ramalho outro dia sobre a
demora na declaração de nascido-vivo a uma parturiente, a enfermeira Valdiana
fez questão de ressaltar que o vereador não entendeu bem a explicação. A
clínica da saúde não pode fazer parto, pois isso é de alçada de uma
maternidade, porém no caso de um parto expulsivo (em que a criança está
praticamente nascendo no local), a clínica providencia a declaração para que a
mãe possa registrar o filho gratuitamente. Toda vez que uma situação dessa
ocorre, "nós mandamos para o Estado e o Estado manda pra gente. Naquele
dia em que a mulher pariu, houve quatro partos. Obviamente uma delas iria
atrasar. Não é por conta da Secretária de Saúde, é por conta do Estado. A gente
cobra. Nós somos de baixa complexidade. Tem regras que só quem preenche é a
equipe que esteve presente. Como enfermeira, eu preenchi (mesmo sem estar presente). Nós temos regras e somos fiscalizados por
isso e não fazemos tudo aquilo que as pessoas querem. Eu ajudei aquela e tantas
que vierem. A declaração é para ser preenchida pela equipe que viu o parto. Às
vezes, tem parto que nem a mâe vem buscar a declaração!".
Seguindo o rol de explicações, Roberto esclareceu que a respeito do
abandono do posto de saúde da Lagoa do Junco, o caso foi encaminhado ao
jurídico e que será levado à Secretaria municipal de Obras para tomar as
providências. Quanto à paralisação das obras de construção dos postos no Saco
do Camisa e Tabuleirinho, a culpa seria do governo que falhou ao liberar um
recurso abaixo do orçado atualmente; e
mais, dos vereadores que não fiscalizaram o principal - a empresa contratada. "Não é deficiência do
município. Sempre que a gestão pode marca reunião em Brasília para que o
recurso venha a Poço Verde. A parte da gestão foi feita. O município pleitou a
construção das unidades. Agora o que
ocorre é que muitas das vezes muitas empresas querem abarcar o mundo para fazer
muitas obras e o governo pode atrasasr os recursos. Daií, não têm dinheiro para
fazer as obras e abandonam. Sendo o maior prejudicado as pessoas. Quem deveria
fiscalizar culpa o munícipio. Já se perguntou ao construtor por que largou a
obra no meio do caminho? Sobre o convênios com a Cactus vem sendo executados em
parceria com a UFS para promover as práticas integrais da saúde. Alunos de
Massoterapia e Acunpuntura são
benficiados por meio desse convênio". Roberto ainda concluiu a explanação
que a Casa de Apoio em Aracaju atende 60 pessoas por dia e a prefeitura ainda
dá tratamento aos pacientes fora do domícilio como os hemofílicos, oncológicos
e renais.
Educada e serena como sempre, a secretária municipal, Dorinete
encerrou a visita respondendo ao vereador Jaci que "na secretaria a gente
atende de segunda à sexta. Todos têm acesso para marcar sua passagem. A
secretaria está aberta ao senhor quando quiser marcar sua viagem com seus
pacientes. Não temos distinção de cor, nem de partidos. A saúde lá é para
todos".(fotos:Thiago,JR)
DORINETE E EQUIPE VÃO A CÂMARA PRESTAR CONTAS DA PASTA
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
on
21:05
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