NÃO PODIA; AGORA PODE!

Aproveitando os problemas decorrentes das chuvas no fim de semana em algumas ruas da cidade, o líder da oposição na Câmara, João Ramalho/DEM, cutucou novamente o secretário municipal de Obras e o governo. A proposta: naufragar a imagem do pré-candidato a vice da chapa majoritária do atual governo, cuja desordem na pasta, segundo o edil, anda preocupando moradores. E o pior: revogar uma outra lei fisiológica!

Citando vários exemplos de ruas alagadas e imóveis prejudicados pela chuva numa referência à falta de um plano diretor que oriente melhor as construções na cidade, Ramalho  comentou que "hoje vemos as pessoas que veem suas casas invadidas pela água, perderem seus móveis por conta das desordens. O secretário de Obras está cometendo um grande equívoco pois lá na frente vão perguntar cadê o plano de saneamento? O PL está na Câmara há mais de um ano e não foi aprovada e vem agora a toque de caixa para aprovar outro" projeto de lei que revoga uma lei anterior sancionada pelo Executivo como sendo uma das exigências para instalação da fábrica de calçados.

Naquele ínterim, o vereador se referia a uma lei aprovada na Casa legislativa proibindo a construção de casas numa área de 150m no entorno da fábrica. Hoje, o Executivo quer o contrário, tornar o espaço construtivo. Um acinte já que, na opinião do Ramalho,  o pedido de proibição foi feito na gestão de Antônio Dória e agora que "os amiguinhos compraram a área e ela se valorizou. Agora o sobrinho Thiago Dória quer revogar a lei...por que agora já pode!".

A reclamação na sessão desta segunda-feira, 25, também atribuía a demora na aprovação do respectivo projeto de lei porque o governo não enviara até o momento nenhum funcionário para explicar melhor a nova proposta: permitir agora que obras sejam feitas numa área até então proibida. A CNNPV entrou em contato com o prefeito municipal na manhã de hoje, 26, e este resumiu numa frase afirmando que "todas as dúvidas foram tiradas!".

Soa realmente estranho por parte do governo querer revogar uma lei que outrora impedia a construção de novos imóveis num perímetro de 150 m da fábrica de calçados e agora não vê nenhum impedimento para isso. Contudo, a resposta é fácil: fisiologismo!