PAIS IRÃO COBRAR DO GOVERNO!

A reunião de pais realizada pela diretoria do Colégio Estadual prof. João de Oliveira durante a última sexta-feira (28)  resultou numa ação prática: cobrar do governo estadual a reestruturação  do quadro de funcionários (faltam professores de algumas disciplinas; e merendeira para o turno da manhã, por exemplo).

Após a exposição de pontos importantes a serem discutidos abertamente com os pais e a aprovação destes para firmar disciplina dentro da unidade, eis que a provocação de um dos professores acerca da responsabilidade dos pares gerou um clamor por mudança.  Os pais decidiram então formar uma comissão para falar diretamente com o Secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas para suprir a falta de professores. 

Um levantamento feito pelo sindicato dos professores no ano passado revela um dado assustador: 40% dos professores da rede pública estadual estão fora da sala de aula porque atuam em algum cargo burocrático a pedido de padrinho político. Quantas vezes o CEPJO contou com um quadro completo de profissionais e, no meio da jornada letiva, um ou outro foi lotado alhures?! Hoje, o governo acaba gastando muito mais mantendo esses professores em outros níveis e tendo de contratar ou convocar novos profissionais inchando a máquina pública. A consequência:  os arroubos salariais em meio a ruína do ensino público.

Da mesma forma que os pais estão conscientes de que precisam fazer algo para reverter a situação logo no início deste ano, também deveriam tê-lo sobre a responsabilidade de cobrar da escola a atuação de professores desleixados que faltam mais às aulas do que comparecem causando tanto prejuízo (quanto) ao ensino dos filhos. É bastante cômodo reclamar no fim de ano dos profissionais que trabalham regularmente ao passo que são complacentes com os que não têm pouca ou nenhuma responsabilidade com a função. 

Pela primeira vez se viu um público significativo formado por pais e mães numa reunião escolar no João de Oliveira. Tomara que a iniciativa não morra antes, durante ou depois do Carnaval, pois de corpo mole já basta o governo.


+ NEWS:

+ Agentes da Secretaria Municipal de Saúde se reuniram esta semana com coordenadores das escolas da rede municipal na UAB para definir a estratégia de campanha para vacinar meninas de 11 a 13 anos na escolas. A proposta do governo federal com a campanha contra o HPV iniciará dia 10 de março e todos querem imunizar o máximo possível de adolescentes a partir daquela data. O sucesso da empreitada dependerá da articulação das duas áreas. (foto:divulgação)