OS CUIDADOS COM A HERPES LABIAL

Vamos
aos nomes dos agressores: Herpes simplex, o responsável pelas feridas labiais e
genitais, e Varicelazoster, o causador da catapora e do herpes- zóster. Talvez
até já morem dentro de você, mas jamais se manifestem aliás, é incontável o
número de pessoas que os abrigam sem nem sequer desconfiar.
Os
vírus do herpes simples aparecem em duas variações. O tipo 1 atinge
principalmente os lábios. E o seu primo, o tipo 2, promove as lesões genitais.
"Eles são transmitidos por contato direto e nem sempre os sintomas
aparecem de imediato", conta o infectologista Roberto Florim, do Instituto
de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Pensou no beijo na boca? Sim, ele
pode disseminar o problema.
Uma
vez no corpo, o vírus se instala na cadeia ganglionar, onde permanece em estado
de dormência. "Estresse, febre, infecções e alta exposição ao sol podem
despertá-lo", diz o dermatologista Leonardo Abrucio Neto, do Hospital
Beneficência Portuguesa, na capital paulista. "Quando o vírus 1 é ativado
surgem feridas nos lábios, na face e até mesmo no nariz, em forma de bolhas
agrupadas que lembram um cacho de uvas", descreve Florim. As terminações
nervosas são afetadas, enviando ao cérebro uma constante mensagem de dor, além
de sinais de coceira e de queimação.
O
vírus só dá sossego quando o sistema imunológico reage. "Por isso o
problema chega a ser crônico no caso de pacientes imunossuprimidos", diz a
dermatologista Luísa Keiko, do Emílio Ribas. Para dar uma controlada no vírus
enquanto as defesas contra-atacam, encurtando o tempo para derrotá-lo, existem
remédios antivirais na forma de pomada e por via oral.
Quanto
ao herpes genital, prevenção também é palavra-chave. Mas aí não adianta nenhum
suplemento. Lembre-se: o contato sexual é a porta de entrada para o vírus tipo
2 e o parceiro nem precisa ter lesões visíveis para que ocorra a contaminação.
No homem ela gera feridas em todo o pênis e na mulher, espalhadas pela vagina.
"É importante tomar cuidados de higiene depois da relação sexual e usar
preservativo", lembra o médico.
De
todos, porém, o maior vilão é o Varicela- zoster, presente em mais de 90% dos
adultos. Seu primeiro contato com o organismo causa a catapora, doença típica
da infância e que já pode ser prevenida com a vacina. Já o herpes-zóster é uma
espécie de reativação do mesmo parasita, que passa a agir em razão da baixa
imunidade.
Não
por acaso, idosos e indivíduos doentes são seus alvos. O contágio se dá pelas
vias respiratórias ou pelo contato com as lesões. "É um vírus altamente
transmissível que se espalha em ambientes onde as pessoas ficam muito próximas,
como no trabalho ou em salas de aula", afirma Florim. A ação do inimigo é
parecida com a do seu comparsa, o herpes simples. A diferença é que o impacto
do zóster nas terminações nervosas é mais avassalador.
A
doença acompanha os trajetos nervosos e costuma atacar só um lado do tórax, das
costas, do abdômen ou do rosto. O primeiro indício é uma hipersensibilidade na
pele, de tal ordem que até uma brisa passa a ser um tormento. A dor às vezes é
terrível. Outra manifestação é a erupção de feridas mais isoladas umas das
outras em comparação com as causadas pelo herpes simples tipo 1."O zóster
pode ainda causar a nevralgia pós-herpética, a inflamação dos nervos,
provocando dores que permanecem mesmo depois do fim das lesões", conta a
pediatra Mônica Levi, médica do setor de vacinação da Clínica Especializada em
Doenças Infecciosas e Parasitárias e em Imunizações, em São Paulo.
Para
exterminar o problema os médicos lançam mão dos antivirais e dos analgésicos. E
o que fazer enquanto a vacina não vem? Ao menor sinal da doença, procure um
médico para garantir a rendição desses vilões antes que aprontem maiores
estragos. Mas o principal é tentar levar uma vida menos estressante, com boas
noites de sono e uma alimentação balanceada, para manter suas defesas sempre em
alerta.fonte:revistasaúde
OS CUIDADOS COM A HERPES LABIAL
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
on
08:21
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