VEREADOR MANTÉM O ATAQUE ÀS LICITAÇÕES INAPROPRIADAS

Na semana passada, o líder da oposição na Câmara, João Ramalho/DEM, subiu à tribuna para revelar um dado descoberto no site da transparência do Tribunal de Contas do Estado chamando a atenção da sociedade para a compra de peças realizada pela prefeitura numa licitação inapropriada haja vista o valor do montante e a inexistência física da ganhadora da licitação. Em contato com CNNPV, o prefeito municipal desconhecera a licitação. Como ele assina contratos e libera pagamentos, foi desmentido depois pelo próprio dono da empresa. A denúncia, ops! "a informação pública", segundo o vereador na sessão da última terça-feira,10, está à disposição de qualquer pessoa que tenha interesse em investigar as contas da prefeitura.

Pois bem, na época, João relatara que a empresa Carregosa Serviços havia recebido várias parcelas este ano e criticava o fato de sequer existir a loja nos fundos de uma casa na Rua José Alves, s/no. O empresário prontamente respondeu à denúncia aqui na CNNPV, porém Ramalho não se deu por satisfeito. "Qualquer cidadão que tenha interesse pode ver lá o espelho da licitação da empresa. Quando uma empresa se constitui juridicamente e tem uma sede e não abre a porta está mais para laranja podre do que para laranja lima".

Para Ramalho, a resposta do empresário acaba pondo a culpa no mais fraco (no caso o revendedor de peça pois a empresa compra de terceiros para abastecer a prefeitura), pois "todo mundo tem culpa, menos o município porque tem dificuldade", argumenta JR. Ele afirmou ainda que vai insistir na cobrança da cópia do contrato junto à prefeitura pois "é inconcebível que alguém abra uma empresa e jogue um endereço qualquer. A vizinhança disse que nunca viu a porta aberta!". Criticando a resposta do empresário de que o vereador não faz o papel de fiscalizador, Ramalho respondeu: "se eu vou em busca de informação e encontro a empresa fechada é dizer que eu não estou fazendo meu papel de fiscalizador. A vida pessoal do empresário não me interessa!".

Para azedar mais ainda o molho português numa resposta de que ele estaria se promovendo por meio de picuinhas para se perpetuar no poder, João foi categórico ao afirmar que "meu grupo político está há 12 anos fora do poder. Como pode alguém se perpetuar no poder? Eu quero que meu grupo volte para botar ordem na casa. A sociedade tem conhecimento da bagunça que está a casa. Quem quer se perpetuar são eles. Tudo o que foi citado aqui está guardado na prefeitura à disposição de qualquer cidadão que queira saber a respeito do tema. Estaremos protocolando as informações para que os documentos cheguem a nossa mão. A gente está matando a cobra e mostrando o pau (numa referência ao documento em mãos retirado no site). Esses que estão nas tetas do governo é que não querem deixar as tetas!".

Rematando o discurso, Ramalho mostrou ainda cópia de pagamentos feito à empresa no valor de R$ 27.312,18 (pago em junho) e R$ 21.732,68 (setembro). "Não foi João Ramalho quem inventou. Está no portal da transparência d TCE!", concluiu.

+ NEWS:

+ No "Mapa da violência" divulgado esta semana com foco no crime contra a mulher, Poço Verde figurava como há cinco anos que não ocorrera nenhum caso do gênero. Talvez o pesquisador não tenha levado em conta o assassinato de uma mulher há pouco menos de dois anos quando fora encontrada queimada numa região perto do bairro João Emídio dos Santos.

+ Sergipe tem um dado estarrecedor: 49 bebês foram diagnosticados com microcefalia em três meses.

+ Esta quinzena de novembro, centenas de alunos da rede pública estadual e municipal devem fazer a Prova Brasil. O exame serea realizado em datas diferenciadas em cada unidade tanto da sede quanto do interior.

+ Esta semana, a lotérica sofre mais um assalto. O fato tem se tornado tão corriqueiro quanto. Está na hora do empresariado investir em segurança para os funcionários pois a polícia local não tem condição de atender a todos os estabelecimentos a contento. O mesmo caso com o Grupo Boa Saúde. Depois de ver o posto várias vezes assaltado, agora é a farmácia que entra para o rol de vítimas da insegurança tal qual ocorreu com o supermercado do grupo.