MORADORA COBRA ILUMINAÇÃO E ÁGUA NO CONJUNTO DO S.JOSÉ

No início do último semestre, uma moradora cobrou a entrega das casas do conjunto no S. José. Estava há meses à espera da instalação de energia elétrica pela Energisa. Ela conseguiu que os moradores recebessem a chave da casa! Essa semana, a jovem novamente cobrou das autoridades a iluminação da rua onde as famílias beneficiadas estão convivendo.

"Há mais de 7 meses que tem moradores no conjunto e não tem nada de iluminação. O que ilumina aqui é as lâmpadas na frente de algumas casas. Os moradores têm de ir para suas casas até 6 da noite por que a partir deste horário é muito perigoso passar por ali. Água está um absurdo. Pagamos dez reais para puder fazer o serviço de limpeza. Algumas vezes, o carro-pipa vinha e enchia as caixas, mas foram bem poucas. Já fizemos abaixo-assinado e nada de resolvido. O conjunto está às mínguas e nem iluminação! São três vereadores e nenhum vê o que está acontecendo. Será que é só porque as casas foram "ganhadas" que é para deixarem de qualquer jeito?!", relata a moradora Amanda Coelho.

A falta d`água e de iluminação foi um problema semelhante que os inquilinos de outro conjunto localizado no povoado Tabuleirinho tiveram de amargar. Foi depois de muito tempo que cada morador conseguiu o serviço por conta própria - algo que deveria ser uma obrigação de quem executa uma obra habitacional. 

Bem se nem o conjunto do S.José, Saco do Camisa e Tabuleirinho tiveram a pavimentação na época da entrega das casas, é bem provável que a obra seja realizada a partir do ano que vem. Com um calendário eleitoral batendo à porta, logo logo toda essa problemática será resolvida. Que o diga os futuros moradores de outro conjunto no Tabuleirinho. Por lá, os futuros inquilinos estão à espera da liberação da instalação de energia elétrica. Sem calçamento, tampouco cuidado do novo morador, quando forem entregues, as residências apresentarão falha como ocorreu em outras comunidades.

Sobre a falta d`água, a secretaria de Obras já alertou a população de que como a região do S.José é coberta pela Deso, cabe a empresa providenciar o abastecimento. No entanto, carro-pipa da prefeitura tem combatido a seca levando água para áreas da região.

Hoje, o boom na construção civil pode virar uma bolha mais à frente. Por quê? Há casa demais para poucas famílias de verdade. Muitos empreendimentos antigos eram entregues para pessoas que sequer têm família constituída. Alguns beneficiários  acabam conseguindo o imóvel para lucrar com a venda após o prazo fixado pelo programa habitacional. Hoje, alguns organizadores até tentam acabar com a prática, mas ela ainda persiste.