A ABERTURA DO 6o ANO NA LAGOA DO JUNCO NÃO É ILEGAL, DIZ DIRETORA
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Com a palavra, Andrea ressaltou que toda unidade escolar tem como
obrigação anual atualizar o Projeto Político Pedagógico/PPP para dar suporte
aos encaminhamentos da escola. Com base nesse documento, ele explanou para os
vereadores todos os pontos que norteiam a educação no povoado Lagoa do Junco.
De quebra, confirmou que na região tem
sim resquícios de uma comunidade quilombola.
Andrea pontuou que todos os povoados têm uma quadra de esporte,
uma praça ao contrário da Lagoa do Junco que as únicas melhorias no ambiente
escolar vieram da luta dela junto ao Ministério Público para tornar a unidade
uma das escolas com melhor infraestrutura nos últimos anos. Reportando à dupla
de vereadores, Andrea quis saber porque eles não foram à unidade antes de dizer
na tribuna que a escola está agindo de forma ilegal. A luta para dar início ao
ensino fundamental II no único grande povoado que ainda não tem inserido não é de hoje.
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Contra, não - Após a
explanação, o vereador Léo de Fonsinho quis saber se houve uma organização
prévia para não haver perdas para a unidade do povoado Lagoa do Mandacaru ou a
Queimada Cumprida. Léo defendeu que não era contra a iniciativa da direção da
escola do Junco, pois a preocupação
maior era perder alunos para o Estado. Ele indagou sobre a informação de
que os alunos do novo 6o ano estavam tendo cinco aulas ininterruptas de
Matemática pois o professor não poderia voltar em outro dia. Respondendo porque
a dupla não foi visitar a escola, ele citou um problema pessoal, no qual Andrea
Gois também não agiu para resolver o problema da remoção. Léo cutucou
Andrea para que agisse realmente como delegada e defendesse o interesse dos
professores. O vereador do PC do B relembrou o problema de 28 crianças da Lajes
que são transportadas num ônibus escolar com capacidade para 16 delas.
Em resposta, Andrea disse que em nenhum momento retirou aluno de
uma escola para outra. O que houve? Alunos da própria unidade da Lagoa do Junco
não foram transferidos para a Queimada Cumprida. Daí, formando a nova turma.
Sobre a novela da remoção, Andrea disse não só ao prefeito, mas também ao
secretário de Educação, Eliel Santana, foram alertados que a remoção do
professor Léo era ilegal. Ela não foi às redes sociais tampouco à rádio falar a
respeito porque isso não era coerente já que a denúncia não foi formalizada ao
sindicato.
Autorização - O líder da
oposição, Pedro de Jesus/PDT (foto) usou a palavra para elogiar o trabalho de Andrea
Gois na comunidade escolar e na Lagoa do Junco. No entanto, quis que ela
compreendesse que sua crítica na sessão anterior foi de encontro à melhoria do
ensino porém de forma legal. Ele sugeriu ainda à secretaria municipal de
Educação que fosse parceira para que os alunos tivessem aula de matemática em dois
dias e não num único dia. Reconheceu que a implantação do 6o ano está sendo
encaminhada na legalidade apesar de não ter nenhuma informação acerca da
autorização do CME.
Andrea respondeu na forma
de convite aos vereadores para que visitassem a escola e vissem que o horário
de cinco aulas está dando certo pois eles sempre foram educados do 1o ao quinto
ano estudarem com o mesmo professor. E enquanto não for formado o 7o ano, esse
tipo de horário continuará na matéria em específico pois a lei não diz que
"ela tem de ser retalhada". Andrea disse que não é apenas a Lagoa do
Junco que está estreando com o 6o ano, outra unidade também iniciou sua
primeira turma do Fundamental II. Ela rebateu para os vereadores como então
eles explicariam a situação da escola da Lagoa do Mandacaru que desde 2011 aguarda
a autorização para o 6o ano; e como hoje eles conseguem transferir alunos do 9o ano
para o ensino médio. E cutucando o presidente da Comissão da Educação, Léo de
Fonsinho, Andrea sugeriu que ele fiscalizasse mais as unidades como a da Lagoa
do Mandacaru e do Tabuleirinho que fizeram de maneira diferenciada das demais
escolas o trabalho de reposição das aulas referente à greve. Segundo Gois,
passavam atividade para casa no sábado letivo ao invés de cumprir a carga
horária na escola.
O que tem de diferente? - Em
resposta ao vereador Edson Didiu/PSB que indagou a razão pela qual a escola da
Queimada Cumprida não tinha a mesma infraestrutura da colega da Lagoa do Junco,
Andrea respondeu que isso é resultado de gestão e parceria numa comunidade tão
carente e esquecida pelos gestores. "A escola vai se manter com alunos de
lá. Não estamos retirando alunos de outras comunidades." Andrea reconhece
que muitos adolescentes vão preferir ir para outra escola porque o desejo de
conhecer outros colegas e de viajar do povoado de origem para outro é grande. A
luta será constante.
Representando o outro lado da moeda, o líder do governo, Gilson
Rosário/PMN elogiou o trabalho de Andrea Gois na comunidade Lagoa do Junco, mas
ressaltou que a preocupação de manter o aluno numa escola é grande pois muitos
pais preferem que o filho fique numa unidade próxima. E mais, a tendência é de
perdas na sala de aula pois atualmente a taxa de natalidade vem caindo.
Andrea concluiu sua passagem na Câmara pedindo para que os
vereadores continuassem fiscalizando sem haver separação política, que o grupo
focasse nos valores morais que cada um carrega não perdendo a identidade que é
o mais importante para lutar pelos interesses do povo.
A ABERTURA DO 6o ANO NA LAGOA DO JUNCO NÃO É ILEGAL, DIZ DIRETORA
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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