DEBATE SOBRE BULLYING SE TORNA OBRIGATÓRIO NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
Antes tabu nas escolas, o bullying ganha cada vez mais espaço
como tema de aula. Colégios apostam em estratégias diversas - de cartilhas a
teatros - para prevenir e combater esse tipo de violência. Uma lei federal, que
começa a vigorar nesta semana, vai obrigar todas as escolas a ter ações contra
o bullying.

Na maioria das escolas, as ações mais intensas são no ensino
fundamental 2 (6º ao 9º anos), quando os alunos começam a adolescência. No Colégio Rio Branco, em Higienópolis, na região central, a
ficção também é uma ferramenta de prevenção. Alunos do 7º ano do fundamental
criam filmes em stop motion para discutir o bullying. Com papelão, bonecos de
plástico e massinha, eles filmam cenas que reproduzem casos de violência.
"Já vi aluno pedindo desculpas ao colega por reconhecer que fazia uma
agressão desse tipo", conta Jorge Farias, professor de Tecnologia e
criador do projeto. "O principal objetivo é que eles proponham soluções."
A versão online da violência é a que mais preocupa educadores.
"Na rede social, eles se sentem protegidos, anônimos", diz Farias. No
Colégio Horizontes Uirapuru, uma professora acompanha a timeline de alunos nas
redes sociais, para identificar possíveis problemas. O risco maior está em
grupos fechados, como os de WhatsApp.
Nem todas as escolas conseguem identificar e resolver os casos
de bullying. A enfermeira Geisa Araújo, de 44 anos, tirou o filho de um colégio
particular da capital por causa da inabilidade da diretoria para tratar do
problema. Após uma cirurgia cerebral, o filho de Geisa, hoje com 10 anos, ficou
mais lento e com excesso de peso. "Os colegas chamavam de 'gordo
nojento e isolavam", conta.
"No início, não acreditei nele. Só vi de fato quando passei a levá-lo
todos os dias para a aula. Ele chorava, não queria ir para a escola."
Revoltada com a omissão do colégio, que minimizou o caso, buscou outra escola,
pública. "Eu me senti desamparada", reclama. "Até hoje, não
desgruda de mim para nada."
Alerta - Segundo
Marta Angélica Iossi, especialista em saúde escolar, é importante que as
escolas deem voz às crianças e adolescentes: "Muitos adultos encaram o
bullying como natural da idade. Mas quando a criança está sofrendo, não tem
nada normal nisto".
Outra preocupação deve ser com o agressor: "Ele não deve
ser punido, também precisa de ajuda. A maioria dos programas só olha a
vítima", aponta a médica. Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, é
difícil lidar com os pais. "Muitos não veem a situação com clareza. Devem
ser tratados ao lado da criança." fonte:estado/foto:superpride
Se você
é diretor de escola ou professor, aproveite este PREZI e passe para os seus
alunos. É bem didático para um trabalho de conscientização com o alunado. Use
um projetor no pátio para ampliar a imagem.
DEBATE SOBRE BULLYING SE TORNA OBRIGATÓRIO NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
on
08:46
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