O GOVERNO NÃO VAI PAGAR O 13o SALÁRIO

O governo do Estado já avisou: não vai pagar o 13o salário, mas o servidor pode fazer empréstimo bancário, pois não terá nenhum prejuízo já que arcará por qualquer taxa ou juros. Quem deu o aval foi o próprio governador Jackson Barreto. A recomendação é "para que o servidor contraia empréstimo junto ao Banese ou Banco do Brasil já que a perda de R$ 35 milhões do Fundo de Participação do Estado acabou por minguar qualquer tentativa de pagamento no fim deste ano".

O funcionário que recebeu parte do 13o até novembro, saiu-se bem, porém aqueles que fazem aniversário em dezembro ficarão a ver navios. E para confirmar que "ajudará no empréstimo", o governo ainda enviou à assembleia projeto de lei que cria um abono de 12,42% sobre o valor da gratificação natalina de caráter indenizatório. "O projeto possibilita que bancos parceiros antecipem a segunda parcela do 13° para os servidores, cujos encargos serão cobertos pelo abono”, diz nota da assessoria.

Concluíndo: Caso seja aprovado, o servidor que não optar pela antecipação junto aos bancos também receberá o abono de 12,42%, mas terá o 13° salário parcelado em seis vezes. As parcelas serão pagas a partir da remuneração de janeiro de 2016.

Em nota, o Sintese respondeu a afronta:

"1. O Governo Jackson Barreto se especializou desde a sua eleição em retirar e negar direitos, além de dar calote nos professores e servidores, a exemplo do não pagamento do 13º salário;

2. Para Ludibriar os servidores diante do seu calote, encaminhou projeto de lei pra Alese que estabelece um abono salarial durante seis meses que alcançaria nesse período um percentual de até 12,42%, como uma compensação para os juros que o servidor deverá pagar caso resolva contrair um empréstimo bancário. No citado projeto, não há alguma garantia que o governo vai pagar o 13º salário, nem em qual período. Outro problema, este projeto sendo aprovado na Alese , autoriza Jackson Barreto a pagar qualquer valor de abono, menor que 12,42%. Assim, teríamos legalizado o calote.

3. Na educação, há provas fartas que no Fundeb há recursos para que o pagamento do 13º salario seja feito diretamente pelo governo;

4. Diante disso a posição do Sintese é :

5. Que os professores devam acompanhar a votação do projeto e solicitar aos deputados que o rejeitem, pois este apenas incentiva os servidores a fazerem empréstimos bancários, sem garantia alguma de reembolso.

6. Que daremos entrada numa ação judicial, para que tenhamos a garantia do pagamento do 13º salário, conforme prevê a lei, e pelo fato de notadamente na educação haver recursos pra isso.

7. Que sendo aprovado o projeto, o risco é grande de o servidor tomar mais um calote do governo ao contrair o empréstimo".

2016 pode começar com uma greve sem precedentes.