ADAUTO É BOMBARDEADO EM SUA 1a VISITA À CÂMARA

"Hoje passamos
por momentos difíceis na economia e Poço Verde não pode fazer tanto como em
tempos passados. Temos recuperado as estradas mas não é o suficiente. Não tenho
medido esforço e como não sou ordenador de despesa e como o município tem outras
obrigações, sinto dificuldade em fazer a recuperação das estradas vicinais. Em
breve vamos melhorar as estradas. Construir estrada é muito caro e sem recursos
é quase que impossível para recuperar todas as estradas de Poço Verde. Fiz
parte dessa administração desde 2005 e como todos sabem o município tem
dificuldades, sempre teve e nunca vai deixar de ter por causa das obras
prioritárias. Estamos atentos e venho aqui em busca de soluções para dar
continuidade às ações do município. Hoje Poço Verde tem apenas 8 ruas para
pavimentar e ficar 100% e esta na meta para 2016 fecharmos a administração com
a construção da rede de esgoto do conjunto Françual dos Santos e em algumas
ruas que estão precisando da rede de esgoto!", disse Adauto.
O vereador Gileno
Alves foi o primeiro a interpelar o secretário. Criticou a demora da vinda dele
à Casa e foi questionado por que somente
o fizera no final deste ano após 4 anos que a lei fora aprovada. Gileno ainda denunciou a precariedade da construção do conjunto habitacional
executado no seu território eleitoral (Saco do Camisa) e a não conclusão do
posto de saúde. "Entregaram as casas sem rebocar, somente chapiscaram.
Ainda hoje 50% das casas estão sem aprontar. Não entendo como veio aquele tipo
de casa. Ainda deixaram alguma coisa faltando: pia... As pessoas tiveram de
trocar as telhas pois não prestavam.
Vieram como se fizesse de barro e não colocaram lenha para queimar!". Se o
vereador tivesse denunciado muito antes teria sido melhor, porém a resposta do
secretário foi de que "a escassez de recursos é grande no município de
Poço Verde, que não tem receita própria. Mal está dando para despesas atuais.
Houve queda de receita e vem se alongando alguns anos. Nós temos de ter
esperança de que melhore. Não vou garantir nem prometer. Não sou ordenador de
despesa e vou fazendo de acordo com o que vai sendo liberado para minha
secretaria".
O próximo vereador inscrito a falar foi
Rivan Francisco. Ele chamou a atenção para a falta
de manutenção dos poços artesianos bem como a distribuição regular de água, principalmente no povoado
Tabuleirinho, onde grande parte da população está em dívida com a Deso, mesmo
não tendo água na torneira. Adauto justificou que o Dnocs está regularizando
alguns deles e em breve devem voltar a funcionar. "Sobre a distribuição de água por meio de carro-pipa onde passa a rede de abastecimento de água existem
3 carros-pipa locados pela Deso e dá o direito de o consumidor reivindicar sua
água. As pessoas têm contas pagas mas não vêm atrás do seu direito. A gente
tinha um carro-pipa que estava abastecendo aquelas pessoas onde não passa a rede de água. Mesmo em dia com a
Deso, mas preferia pegar a água com o nosso carro, dificultando a distribuição
para outros povoados. Tomamos a atitude: hoje foi negociado com a Deso a
questão da isenção e parcela-se a dívida por 60 meses sem juros e a pessoa
atualiza e se negocia no momento e sai com a autorização para poder retirar 8
mil l por mês na sua residência. Muitos não acreditam, mas quem tem sua conta em dia da região do Tabuleirinho, eles têm esse beneficio em dia".
O líder da oposição,
João Ramalho, entrou com o discurso criticando o que ele chamou de arrogância do secretário. "Diante do
relato, vemos com que arrogância que veio representar o grupo do 40. Ora o
senhor é servidor do povo ou do grupo do 40? Achei de forma arrogante e nem
está com essa moral toda para chegar assim. Relata obras de onze anos atrás e
muitas não servem mais por estarem acabadas por vários motivos. (...) Devia vir
a esta casa duas vezes ao ano para poder se explicar e chega agora com essa arrogância mostrando
que essa administração não está preparada para servir o povo" disparou.
João não titubeou
diante do secretário e apontou sua metralhadora tal qual o fizera ao longo do
ano nas plenárias. Quis saber de Adauto sobre o abandono
da caçamba em Itabaiana, da Amaroc em Aracaju; da patrol na garagem
municipal e de oito carros em completo abandono no hospital, incluíndo
ambulâncias, combe, odontomóvel etc.. O bombardeio caiu em cima também da inexistência da empresa poço-verdense que vende
peças para prefeitura e cujo valor licitado foi de 841 mil reais. Citando o
nome dela e da empresa domiciliada em Cícero Dantas/Ba que vende piçarra na
ordem de 380 mil reais, Ramalho queria explicação já que o município foi um dos
20 no Estado a tirar no zero em transparência pelo MPF de Sergipe.
"Eu represento o
grupo do 40. A caçamba é fato real! A prefeitura tomou as providências e hoje
está na oficina Caxangá, em Lagarto. A Amaroc é questão financeira. Não tivemos
condição pois está ligada à secretaria de saúde. A patrol... ela está realmente
no estacionamento da prefeitura e por falta de recursos não temos condição de
comprar os pneus. Há outra em atividade. A empresa que ganhou para o
fornecimento de peças existe sim. É de
um ex-funcionário. Ela vai fornecendo de acordo com as necessidades de
pagamento do município. O valor orçado não significa que é o valor gasto. A
empresa Globo, veja. O senhor já pediu por escrito a justificativa e a resposta
será respondida em tempo hábil por escrito como pedido", retrucou Justino.
Doação de terreno aos correligionários -
Ramalho também aproveitou o ensejo para saber do secretário de Obras,
"quais critérios foram dados para construir um bar no Cecaf? Temos
conhecimento de que o prefeito e o
senhor em negociações eleitorais lotearam o calçadão do Cecaf. Dos quais um dos
escolhidos por vossa senhoria já construiu um bar. Como pode passar sem
autorização do legislativo. Há um tempo atrás foi colocado uma placa para
construir uma praça no antigo conjunto Valadares e apenas há os postes e ate
hoje nunca terminou. Qual é o destino que vai ser dado o terreno ao lado da
praça da juventude. Já que outros espaços foram dados ao lado do INSS que já
construíram até uma mansão". Ramalho ainda insistiu sobre o sumiço dos
dessalinizadores pelo município e porque não atualizaram o código de obras já
que existe um projeto de lei parado na Casa Legislativa desde 2014 que cria o
Plano Municipal de Saneamento Básico, o fundo e seu conselho para tal fim; e
finalmente, sobre a qualidade das obras. "Quando Gileno fala das casa que
não prestam a gente sabe que o projeto
das associações.. A casa era para ser construída com 28 mil e se construía com
14, os outros 14 ninguém sabe!".
Respondendo às
denúncias, Adauto afirmou que "teve início à pequena reforma do barracão.
A gente começou e não concluiu por falta de recursos. Estamos aguardando
recursos para terminar aquela pequena modificação no barracão cultural. Sobre o
terreno da praça, essa informação não procede. Eu não tenho conhecimento de que
foi doado a terceiros. Todas a providências foram tomadas sobre a mansão. Está
em julgamento e quando for julgado, o senhor terá!" Adauto justificou
ainda que os dessalinizadores foram recolhidos pelo Dnocse voltarão pelo
programa Água Doce. A respeito do projeto de Saneamento básico, "está
sendo elaborado pela IDT e está aguardando a validacão da Funasa. Vossa
Excelência passou pela pasta também e não atualizou pois é da época de Dr.
Milton". Ele ainda comentou sobre a falta de manilhas para cobrir o canal
do hospital que é vetor para várias doenças e à crítica do vereador Jaci de
Silvino sobre
A precariedade da obra
de construção das casas no povoado S.José e Tabuleirinho. Esse tópico será tema
de outra matéria pois moradores já fizerem denúncia à CNNPV.
Com o cumprimento do
dever legislativo, Adauto deixou o tribuna encerrando de tal maneira o ano da Câmara
legislativa.(foto:Tiago Santana)
ADAUTO É BOMBARDEADO EM SUA 1a VISITA À CÂMARA
Reviewed by Jorge Schalgter Leal
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14:14
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